Capítulo 1

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Nunca liguei muito para o que as garotas pensam, aliás, são todas iguais, todas dão chilique de vez em quando, todas estão quase sempre stressadas, todas são frágeis e deixam o sentimento falar mais alto do que a consciência. Nunca consegui entender porque as garotas não conseguem aprender com os próprios erros, elas sempre saem com caras que a convidam para sair depois da segunda tentativa, não aceitam a primeira para não parecerem fáceis demais, e depois de seis meses há um ano, quando elas já estão profundamente apaixonadas, elas levam um pé na bunda e sofrem feito condenadas. Depois de meses de esforço, quando finalmente conseguirem esquecer o cretino, vem outro babaca e faz a mesma coisa.

Mas é ai, é daí que eu não entendo, como elas conseguem cair na mesma armadilha sempre? Como elas são tão ingênuas a ponto de se deixar levar exatamente da mesma maneira várias e várias vezes? Como meu Deus, como? Porque elas dão ouvido aos sentimentos? Porque teem facilidade de se apaixonarem? Entendo que elas até possam achar que o cara possa ser diferente, e que ele possa ser o "amor" da sua vida, mas na boa, se ele realmente tivesse gostando de verdade da garota, ele fazia diferente, fazia de tudo pela garota, planejava surpresas por cima de surpresas, convidava para jantar, para ir ao cinema, para passar o final de semana com ele, assim como aconteceu com a maioria dos casados.

Eu sinceramente nunca acreditei em amor, jamais acreditei que uma mulher possa fazer um homem se sentir único ou o mais feliz do mundo. O mínimo que acho que um ser humano pode se obter, é a paixão. Ahh paixão, aquela que prende um rapaz. Que o faz achar que não existe no mundo mulher igual a sua.

Mas é ai, é daí que tem que prestar atenção, a humanidade pode apaixonar-se várias vezes. A paixão pode acabar com o passar do tempo, e não é qualquer tolo que sabe disso.

                           ***
  
Numa tarde ensolarada como aquela, nunca imaginei que teria que assinar tantos formulários,  ser empresário tinha suas vantagens, mas também tem época que se torna insuportável. perdido em meus pensamentos ouço uma batida na porta.
- Entre - responde entre as batidas.

- Com licença senhor Johannes, vim entregar os formulários que seu pai me pediu.

- Ah sim, traga-me eles aqui por favor - pedi com delicadeza.

ela colocou a pilha de papel na minha mesa e reparando bem nela falei :

- Você a nova gerente aprovada pela seleção produzida pelo RH certo?

- Sim Sr. Johannes -  falou com ar de que sentia orgulho de si mesma

- Parabéns, reconheço que tenha sido muito difícil ter chegado até aqui. Garanto que concorrendo vaga aqui na consílios tinha pelo menos vinte ou mais concorrentes.

- Tinham vinte e sete Senhor.

- E você obviamente a mais esperta de todas, por ter conseguido passar pelos quinze testes. - falei reparando bem na cor de seus olhos, que se resumiam em um castanho claro quase hipnotizador.

- Me esforcei bastante - falou a jovem sem querer se gabar.

- Sei bem como é, hmmm, seu nome é? - não consigo esconder a curiosidade.

- Natasha sr. Natasha Lavinya de Lamonzier.

- Pois bem, sei que já me conhece,  mas como eu fui bem educado - não consegui conter um leve sorriso - vou me apresentar mesmo assim, sou Andrey Johannes de La Torre, filho do dono das empresa. - quis deixar bem claro que quase tudo ali era sob meu controle.

Ela sentiu, e fiz um gesto para que ela saísse da sala e ela se virou e seguiu caminho até a porta, e me flagrei reparando no leve ligado de seus quadris.

Ela se foiOnde histórias criam vida. Descubra agora