capítulo 6

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Entrei em minha sala morrendo de vergonha, acabei de fazer papel de boba, aliás, de esquecida.

Até que não foi tão ruim assim, Andrey era bem divertido, no fundo, estava até ansiosa para que o dia terminasse logo. Não deu cinco minutos e Lúcia invade minha sala sem ao menos bater. E lá vem ela de novo, com aqueles blá-blá-blá típicos dela.

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Enquanto estava dentro do elevador esperando chegar no andar de minha sala, não parava de pensar no quanto Natasha era incrível, desde a primeira vez que a vi durante a seleção, notei algo bem diferente nela, não sei bem o quê, mais me atrai de um jeito inexplicável.

O elevador parou, e assim que abriu, fui rumo a minha enorme sala. Sentei diante do computador e tentei me concentrar nos afazeres, mas minha cabeça só se volta à mesma coisa sempre, aquela que roubou minha consciência. Mas o que diabos estava acontecendo comigo? porque não consigo parar de pensar nela? não, não, não pode ser, será que estou ficando apaixonado? Ah não, não vem com essa! não vou deixar sentimentos tomarem conta de mim, não mesmo.

Mas e Natasha? Estaria sentido mesmo? Estaria pensando em mim neste mesmo segundo? E se eu tentasse fazer valer a pena?

*

- Não acredito que além de está saindo com ele você está o mudando! Ele só pode estar completamente apaixonado. Miga sua louca, um gatooo, ricooo, Poderosoo ao seus pés, virei sua fã número um. - Lúcia quase não parava de falar, deixe-a gastar toda a energia que ela tinha na língua.

- De uma vez por todas criatura, eu não estou saindo com ele e nem pretendo, para de ser idiota, eu mal o conheço, só estou ajudando. - soltei sem pensar, sem medir as palavras

- Calma Nath, eu só estava curiosa, é que desde que você chegou ele anda tão mudado.

- Ele quiz mudar por conta própria, eu não tenho nada haver com isso, só estou ajudando, como amiga de verdade deve fazer, não ficar pensando besteiras e sair falando o que não sabe. - ela me deixou estressada.

- Amiga me desculpa, é que as vezes eu... - a interrompi de imediato.

- Lu, por favor - supliquei - estou com uma baita dor de cabeça pode me dar licença?

Ela me olhou desconfiada e ao mesmo tempo culpada, pois sabia que o motivo da dor tinha sido dela.

- Tudo bem, desculpa tá. melhoras.

Dirigiu-se a porta olhou para mim mais uma vez e saiu, finalmente deixando-me em paz. As vezes ela me perturba demais , ultrapassa os limites. Até parece, Andrey nunca iria querer algo comigo, nem mesmo usar, como ela mesma diz, ele não faria isso porque teria que cruzar comigo sempre, passamos o dia todo no mesmo prédio, claro que nos veríamos várias vezes durante o dia, e mesmo assim eu não seria tão baixa a ponto de deixar um cafajeste me usar, tenho muito respeito e terei que ter muito cuidado com ele, pois não sei o que se passa na mente dele.

Ouço batidas na porta e peço para que entre. Era Mark, o outro genrente que trabalha no andar de cima, ele trabalha na Consilios há oito anos. Admiro a sua força de vontade, pois eu mesma em menos de uma semana quis existir.

- Oi minha linda! - como sempre encantador.

- Oi Mark, como você está?

- Melhor impossível minha flor, vim apenas saber como vão indo as coisas, se precisa de algo.

- Agradeço sua preocupação, mas está tudo bem obrigada.

- Claro, pelo que eu soube esta sim. - arqueou as sobrancelhas.

Ela se foiOnde histórias criam vida. Descubra agora