Observo Larise enquanto ela resolve seu dever de Matemática.
A garota decide pegar o SmartPhone que repousa ao lado dos cadernos e abandona, por alguns minutos, a caneta. Ela gosta de se aventurar nos sites adultos quando está sozinha em casa. Está enganado quem disse que apenas meninos têm esses hábitos. A adolescente procura durante alguns minutos o modelo mais atraente para seus olhos e neste momento vale lembrar que o tal precisa parecer com Anastácio para ajuda-la na criatividade. Geralmente escolhe um vídeo solo com no máximo cinco minutos de um homem bem dotado, em todos os ângulos, e assiste todo.
De olhos fechados, está pronta para reproduzir na memória tudo que viu e se colocar na cena como protagonista.
De repente um som lindo, diferente de tudo que seus ouvidos já escutaram, invade o ambiente roubando-lhe a atenção.
A música extrai dela todos os desejos mais escondidos e intensos. Espasmos começam a percorrer seu corpo, logo ela toda é tremedeiras. Os dedos da mão esquerda, que seguram o lápis, deixam-no cair, seus olhos pesados de desejo reviram-se e cerram-se com frequência. O som invade seu corpo fazendo com que realize movimentos antes voluntários e agora involuntários.
Posso dizer que nem Lúcifer seria capaz de produzir som tão hipnótico quanto aquele que possuía o corpo de Larise.
Internamente ela grita por sexo e dessa forma não consegue tirar a imagem de homem nu da cabeça. A sensação é boa e desesperadora ao mesmo tempo. Ela dirige-se ao quarto dos tios e após mexer no cesto repleto de roupas sujas encontra uma cueca que parece ter ficado muito suada e está ali há dias, pois além de úmida apurou o cheiro de suor em muitos por cento. A garota reconhece o perfume do tio entranhado na peça íntima, e mais do que isso, reconhece o cheiro do suor dele.
Esquecida do pudor capaz de frear determinadas atitudes, deita ao lado que ele deita, pousando a cabeça no travesseiro que ele costuma usar. Tira a camisa branca de algodão e o short rosa; leva a cueca até o nariz, aspira o odor que ela exala, morde exatamente a parte da frente. A mão direita, com dedos longos e unhas curtas, percorre a pele sedenta por um toque. O corpo grita pelo sexo oposto. Por um segundo, imagina um homem pervertido e viril colocando as mãos e os dedos em todas as partes, acariciando com a língua e a boca.
"Tio, tio, titio, ai tio, ui", ela diz enquanto geme, "Ai, ô,.." e funga como se lhe faltasse a respiração.
A mão percorre dos seios até a barriga. Os dedos compridos e magros apressam-se em ir até o umbigo, depois mais adiante indo meter-se dentro da calcinha de algodão.
Ela cheira e aperta a cueca entre os dedos, tem vontade de socá-la dentro de si e lamenta por não ser possível.
A música lenta fica mais rápida, de maneira gradativa, e cada vez mais faz Larise desejar um homem. As notas invadem o juízo dela tornando-o sensual, agressivo, instintivo e perigoso.
Absorvo cada gota do perfume delicioso e pego para mim toda a energia que sai de seus poros.
Os instantes vão passando e ela perde a noção do tempo, entrega-se completamente à música e deixa que a presença simulada do tio lhe prenda no mundo de fantasia sexual.
Logo o que resta é: ela completamente frustrada, (porque sente-se culpada, por ter-se entregado daquela forma, por ter agido como agiu, por ter pensado as coisas que pensou) seu corpo suado, uma coxa de cama molhada com seu prazer que escorreu entre as pernas (e inevitavelmente atingiu a peça de cama), um quarto vazio e silencioso porque enfim a música parou.
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Como toda boa e velha juventude, a virgem é um pouco dissimulada de maneira que está sempre aprontando alguma coisa, porém, deixa que os tios se enganem com a imagem criada por eles, e alimentada por ela, de uma adolescente responsável que sempre sabe o que fazer e que por ser tão ponderada nunca faz besteiras. Digo apenas que ela não costuma dar "ponto sem nó" e dificilmente deixa vestígios do "delito" na cena do "crime". A quem diga que "puxou" a mãe.
Fim da masturbação.
Larise levanta-se e vai até a sala, olha as horas em um relógio suspenso na parede, vê que está próximo da tia chegar. Com um pouco de sorte conseguirá lavar a coxa de cama e ela secará rapidamente na secadora, mas é óbvio que Daniela perceberá, pois não há criatura mais detalhista do que ela.
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"A garota lembra bem de certa vez em que Daniela fez um escândalo porque não encontrava a escova de cabelo.
Era de manhã bem cedo quando a menina acordou atordoada porque a tia batia como uma louca na porta do quarto.
- Larise! Larise!
- Oi tia. - Larise está com aspectos de quem acabou de levantar.
- Onde está minha escova de cabelo? - Daniela está furiosa. - Você sabe que não gosto que mexam nas minhas coisas e sabe que se mexer tem que, pelo menos, devolver elas para o mesmo lugar.
- Desculpa tia. Acabei esquecendo de devolver.
- Esquecendo?! Larise eu não sei o que faço com você. Passei horas procurando essa escova! Estou com o quarto bagunçado porque tive que tirar tudo do guarda-roupa! Quando você chegar da escola, arrume tudo!
- Ok, tia.
A lembrança se desfaz como um alerta para concertar as coisas"
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A saída é trocar a roupa de cama e inventar uma mentirinha.
"Imagina. Quem vai entender?", a adolescente pensa alto.
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Diário da Luxúria (COMPLETO)
RomanceLarise está perto de completar dezoito anos e tudo que deseja é ter Anastácio como presente de aniversário. Aos dezessete ela enfrenta todos os problemas hormonais típicos de adolescentes da sua idade. Escondida, já bisbilhotou o homem de todas as f...