The Mistress (50 Tons de Cinza) CONCLUIDA

Capítulo 10 (Atualizado)

Damien POV

Eu acordo vendo estrelas quando Phoebe se vira e acidentalmente acerta o joelho nas minhas bolas.

Ow! Nunca vi uma pessoa se mexer tanto dormindo quanto ela essa noite. Não que eu tenha alguém para comparar. Antes de conhecê-la eu nunca realmente passei a noite com uma mulher, sim, nós compartilhávamos a cama, mas assim que elas dormiam, eu dava o fora de lá e nunca mais as via novamente.

Canalha? Pode apostar! Se eu me importava? Nenhum um pouco. Dizer que eu usava as mulheres para meu prazer era pouco. Eu era o rei de apenas uma noite e do sexo casual.

Isso tudo mudou quando conheci Phoebe.

Um clube BDSM era o ultimo lugar que achei que fosse encontrar o amor da minha vida, mas também nunca pensei que estaria em um clube BDSM, muito mesmo que me tornaria o Rei do Subsolo, que é como chamamos o clube verdadeiro.

Eu nasci em uma família comum, mãe, pai e um irmão mais velho. Quando eu estava no jardim de infância perdi minha família. Me lembro que era quarta, dia de fazer pintura com os dedos. Fiz uma grande pintura da minha família e então esperei na escada para virem me buscar. Meus pais pegavam meu irmão na escola e depois a mim, quatro quadras a frente. Estava um dia chuvoso e nessa pequena distancia de uma escola para a outra, um motorista bêbado bateu ao lado do carro da minha família. Meu pai e irmão morreram na hora e minha mãe os seguiu um dia depois.

Eu tinha quatro anos e estava sozinho no mundo.

Pulei de orfanato para orfanato e como sempre arrumava confusão, acabei em uma casa separada, para crianças problemáticas, onde os supervisores nos usavam de saco de pancada. Aos 12 anos eu comecei a bater de volta, mas não tem muito que um garoto possa fazer.

Eu lembro um dia, quando eu tinha 14 anos e ele me bateu pra caralho, foi o suficiente para me fazer fugir, coloquei todas as minhas coisas em uma mochila e andei quilômetros embaixo de chuva, até conseguir entrar escondido em um trem, então vim parar em Seattle e depois de andar quase o dia todo, parei para descansar atrás de um bar. Fiquei quase duas semanas andando durante o dia para arrumar o que comer e dormindo atrás do bar sem ninguém saber que eu estava ali.

Então um dia o dono do bar, Jefferson Blackwell, me viu e perguntou o que eu estava fazendo ali e pela primeira vez em anos, eu falei a verdade. Disse que eu morava ali e se ele tivesse algum problema com isso que fosse pro inferno porque eu não me importava. Ele riu e me disse para entrar, só então descobri que não era um bar e sim um clube. Ele me alimentou, me deu roupas limpas e ouviu minha historia, então me levou para sua casa e eventualmente me tornei membro de sua família. Ele e sua esposa já tinham uma filha recém nascida e alguns anos depois tiveram um menino. A vida foi perfeita por uns anos até a noite que Jeff teve um ataque cardíaco enquanto dormia. Tinha apenas 57 anos. Quando ele morreu e seu testamento foi lido, fiquei sabendo que ele havia me deixado o clube e muito dinheiro. A mulher dele mudou de volta para a costa leste para ficar perto da família dela e novamente eu estava sozinho, mas dessa vez eu já tinha 21 anos, sem contar o dinheiro e um clube.

Pouco tempo depois eu tinha transformado o clube em uma maquina de fazer dinheiro.

Entrar no papel de dominador foi fácil e logo eu estava conhecido no mundo BDSM, tive tantas submissas que perdi a conta.

O dia que coloquei os olhos em Phoebe foi uma sexta-feira, eu tinha acabado de investir em uma companhia de construção com o dinheiro extra do clube e para celebrar escolhi duas submissas para uma cena. As duas estavam amaradas, cada um em um X (Cruz de Santo André) e quando estava escolhendo o que iria usar, Charles entrou, eu o conhecia há anos e era a única pessoa que se atrevia a me interromper durante uma cena.