O Filho Da Minha Madrasta. (Degustação)

Capitulo Um.

-Ariana

-Papai, eu não quero ir embora. -Digo para o meu pai, estou cansada de dizer isso a ele.

Toda vez é a mesma coisa, sempre tem mudanças e eu as odeio.

-Ariana, eu já disse! Que é pro seu bem...

Deixo ele falando sozinho, já que não adianta dizer o contrário do que ele pensa, eu sei que uma hora o outra, ele vai entender meu lado.Vocês devem tá se perguntando o porque da discussão, papai disse que iremos se mudar para São Paulo, não é isso que quero, sou do Rio de janeiro desde quando nasci, sim, nasci e cresci no Rio, aí simplesmente meu pai arruma uma mulher e já quer mudar de vida.

Deixa eu me apresentar, sou Ariana tenho dezoito anos logo faço dezenove anos, terminei o ensino médio, estou fazendo faculdade de moda, mas amo ser bailarina... E um hobby, desde criança eu amo dançar balé, a dança é o que mais me acalma, eu fico viajando e sonhando com vários momentos bons que nunca aconteceu, talvez aconteça em outra fase da minha vida.

Me ajuda muito, eu paro de pensar na dor que estou sentindo em meus pés  e só deixo me levar pela música e sonho, sonho e música, a arte é a minha melhor amiga, sempre foi. Me apeguei mais na arte e na moda quando minha mãe morreu, lembro-me de quando mamãe me fazia pensar em outras coisas só para não poder focar nas dores, não é fácil ficar nas pontas dos pés, ainda por cima se equibrar corretamente.

Não trabalho com isso, mas eu amo quando me chamam para dançar em eventos, faço de graça, porque eu amo, simplesmente porque amo e também era o sonho de minha querida e amada mãe.

Saio dos pensamentos bons, lembro que tenho que terminar de contar para vocês, as coisas ruins.

Por meu pai estar de casamento marcado iremos ter que se mudar para São Paulo.(Revirei os olhos agora)

Estou a caminho do aeroporto com minha amiga, sim ela veio e vai passar uma semana comigo, antes das aulas começar.

Graças a Deus ela está no terceito ano do ensino médio, já acabando também. Ela é mais nova que eu um ano e alguns meses, por tanto, ela tem dezessete anos.

Enfim estamos no avião indo para a casa enorme de papai. Espero que a mulher que ele arrumou não pegue no meu pé!

Ela não é minha mãe de verdade, minha mãe morreu quando eu tinha quinze anos, é, eu sofri demais, fiquei um mês sem comer direito e ainda não superei.

Lembrar que aquela mulher que me deu todo o amor e carinho quando estava na solidão, na parte mais dolorosa da minha adolescência, dói demais, quando eu precisava ela estava lá para dar seu colo, colo de mãe é confortante, muito macio. Todos os dias quando eu acordo, sinto sua falta.

Quem supera? Ainda mais a morte de  mãe, não dá!

Uma hora e meia de viagem foi até rapido, estou entrando em casa sem ao menos ajudar o motorista carregar minhas coisas, aliás, ele é pago para  isso, deve ser por isso que as pessoas que trabalha para o meu pai, me odeia.

Não finjo simpatia, muito menos para empregados. Sei que um dia devo precisar de algum deles mas até lá, que se dane!

Muitas vezes me sinto sozinha, eu sei porque eu sou assim, a gente recebe aquilo que tem, desde do dia em que ela morreu eu não sou mais aquela menina amorosa e encantadora que eu era, não me julguem, mas se quiser julgar também, não ligo.

A solidão tem sido minha melhor companhia, mesmo tendo milhares de pessoas comigo.

(......)

-Filha não te contei que minha mulher tem um filho de 21 anos, não o trate mal, por favor, papai só te pede isso.