Ora ora ora...

77 2 0
                                    

50 anos antes
Benelle narrando:
Ok, nada pra fazer, novamente nada pra fazer, "benelle não saia de casa" "não mexa nas minhas coisas" "hoje reunião da corte vampírica não saía do seu quarto" "tire essa pulseira do seu braço antes que eu corte ele" blá blá blá
Como ele quer que eu fique aqui por mais tempo? Eu tenho que visitar Derik, preciso tomar sangue, não vou ficar aqui o resto da minha eternidade
Peguei minha capa coloquei no meu braço e fechei delicadamente a porta do meu quarto, ja que não tinha como eu sair pela janela ja que não havia nenhuma. O Castelo estava vazio eu olhei rapidamente pelo corredor e o mesmo estava só
Nunca entendi porque tantas regras ali, ou pelo menos porque tantas regras comigo, era pra me transformar em uma vampira sem graça ou para me usarem futuramente em algo?
Fala sério ja não chega ser morta aos 18 agora tenho que passar meus anos morta morando em um porão?
Dracula provavelmente deveria ter avisado algum criado que não era permitido minha saída, mas eu iria mesmo assim, eu tinha duas opções;
1- subir 26 escadas até chegar no alpendre (único lugar com janelas abertas)
2- passar por alguns cômodos até chegar na porta dos fundos
Tenho que admtir que o caminho 1 seria mais divertido mas eu optei pelo dois.
Andei pela sala onde Isabele (oitava vampira mais antiga) estava tocando piano, creio que ela percebeu minha presença mas não ligou porque continuou tocando então eu passei e não disse nada, subi uma escada até chegar na cozinha, nela Fernando matava algum ser que não consegui identificar, os gritos eram tão altos que ele não sentiu minha alma passando, so faltava chegar na sala de armas e abrir a porta mas quando eu estava atravessando de um lado para o outro, percebi Morgana vindo.
Morgana é a vampira mais esperta que existe ela é traiçoeira e inteligente uma péssima combinação para minha fuga, tentei voltar, mas se voltasse provavelmente eles me pegariam e se Dracula descobrisse eu seria torturada por duas semanas recebendo apenas algumas gotas de sangue por dia o necessário para sobreviver, mas não o suficiente para matar a fome, então a única opção era entrar na biblioteca antes que ela me visse.
Eu abri a porta da biblioteca, flutuei até a última estante dela, que ficava mais afastada possível da porta e fiquei escondida la olhando Morgana passar, mas quando ela deu um passo a mais, resolveu entrar. Morgana examinou o local e eu torci naquela hora pra ela nao sentir meu cheiro, por sorte Morgana apenas olhou o local e saiu fechando a porta e trancando...
Ótimo trancando a porta... de um modo ou outro agora eu estava presa e o pior com um monte de livros velhos
Mas tenho que admitir que durante uma meia hora foi bom ler alguns, mas depois disso eu não aguentava mais ver nenhuma palavra, até que passando a mão sobre uma prateleira um livro me chamou a atenção, aquele era um dos únicos que vinham em sua capa uma espécie de brinquedinho na forma de um símbolo eu olhei aquilo e pensei: Tão humano...
Retirei ele e sentei em cima de uma das estantes ficando no topo e li ele ali, mesmo não aguentando ver mais letras e letras, talvez valesse a pena
Ele falava sobre o clã dos lobos, o que me assustou pensei que lobisomens nem eram citados em histórias, enfim o livro dizia que quando todos fossem mortos, por alguma doença, por velhice, ou por assassinato, o último a morrer teria a força de todos que se foram e isso servia para todas as criaturas, eu estava fascinada pela leitura, quando a porta destranca e em menos de 3 segundos Dracula estava do meu lado, ele sorria com os dentes vermelhos e eu naquele momento queria realmente estar morta
Atualmente:
O uivo ficava cada vez mais alto e mais perto, se eu não quisesse morrer o único modo seria correr até que todos vampiros morressem e so sobrasse um, mas enquanto isso os que sobreviveram tentariam matar um ao outro e eu sabia disso quando senti um pedaço de Madeira sendo afundado em meu pescoço

A filha do DráculaOnde histórias criam vida. Descubra agora