Capítulo 2 - Um sonho para mim

71 3 0
                                    

28/01/16

Já eram 7:30 da manhã quando fui acordado por um grito estridente vindo do andar de baixo

"Allaann, vamos acordar logo se não você vai se atrasar!!!"

Era a minha tia, Carla. Ela não é muito alta, cabelos curtos e castanhos, usava naquela manhã uma camiseta vermelho e uma calsa jeans. Eu moro com ela desde que eu tinha 2 anos, após os meus pais sofrerem um acidente na estrada.

Mal consegui abrir os olhos. Pulei da cama as pressas quando vi que meu despertador, que pelo visto não funcionava, marcava 7:33, ele estava numa escrivaninha beje ao lado de minha cama. Corri ao banheiro, como eu já estava no chuveiro, aproveitei para escovar os dentes e dar aquela enxaguada para despertar. Sai do banheiro e fui me trocar no quarto, pois era lá que ficava o meu armário. Vesti uma camiseta toda preta com uma caveira branca estampada na lateral, e uma calça toda preta também. Como vocês podem ver pela foto a cima, eu tenho um estilo um pouco "emo". Deve ser por isso também que não consigo novos amigos.

Desci as escadas correndo, fui até a cozinha. Minha tia estava sentada lendo um jornal e tomando café. Muitos falam que ela tem o papel de "mãe" comigo, mas parece mais de "pai".

Me sentei ao lado dela e comecei a comer um ovo mexido, que por sinal estava uma delícia. Reparando no relógio, e vendo que eu estava mais atrasado do que nunca. Minha tia pegou-me pelo braço, me levou até a porta e literalmente me chutou para fora de casa.

 Minha tia pegou-me pelo braço, me levou até a porta e literalmente me chutou para fora de casa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Por pouco eu não perco o ônibus. Me sentei ao lado de um gordão, não que eu tenha preconceito mas ele estava comendo um hambúrguer, e estava todo sujo de ketchup. Finalmente chegou no ponto que desceria, era bem em frente ao campus, já que os ônibus são os principais meios de transporte para os alunos chegarem até aqui. Fiquei durante uns 10 minutos lá em frente, criando coragem para entrar. Puxei fôlego, e falei pra mim mesmo.

"É agora ou nunca"

O campus onde estudava era uma grande área arbórea com cerca de 8 edifícios espalhados pelos campos. Tinha restaurantes, academia, um vasto estacionamento, quadras e diversos dormitórios. Entrei logo no primeiro prédio, que além da minha sala, a coordenação também ficava lá. Não quis ficar muito tempo nos corredores, então me apressei e fui logo para a sala de aula.

Não demorou muito para a professora chegar na sala. Ela era baixinha, quase anã, gordinha, usava óculos fundo de garrafa e tinha lá pros 50 anos. Eu estava sentado na última carteira da terceira fileira, pois sempre que posso eu fico um pouco afastado dos outros.

"Bom dia turma, o meu nome é Fabiana, e darei aula de inglês à vocês"

A nova professora se apresentou sem uma única expressão facial, parencia até que estava morta. Percebemos que a professora é chata quando ela passa matéria na primeira aula do primeiro dia de colégio. Foi-se assim durante o dia inteiro, cada vez mais matéria foi escrita no quadro branco. Como todas as vezes, não consegui prestar atenção nas aulas, as letras começaram a se mexer e se embaralhar entre si. E era exatamente isso que eu temia...

One Reason to DreamOnde histórias criam vida. Descubra agora