cartas para lúcifer

Alguem pra se confiar

Três... Dois... Um

8:00 pm

Não deixo o despertador nem tocar, finalmente sábado!

Mal consegui dormir essa noite, isso sempre acontece quando estou ansioso, afinal hoje eu tenho um encontro!Na verdade o primeiro! Já programei tudo e não posso falhar em nada, foi hiper difícil chamar a jade para sair a se não fosse o Ivan com seu conselho "pergunta se ela vai fazer algo no fim de semana, se a resposta for não você responde: agora vai" o Ivan realmente sabe das coisas!

Saindo do meu quarto sou o primeiro a entrar no banheiro, tomo "o" banho, daqueles que chega a sair vermelho de tanto esfregar seu pescoço e outras partes, meus pais ainda nem acordaram. Normal, pois de sábado todos acordam tarde

Visto uma calça jeans, uma blusa amarela que ganhei de presente no amigo secreto da família, penteio meu cabelo e estou pronto!Mas ainda é 08:40, pelo visto me empolguei de novo...

Acho melhor ir à casa do Ivan, ele deve ter mais conselhos sobre encontros

O dia parece bem tranqüilo, o som dos passarinhos que quase não se houve no restante da semana hoje fala mais alto que as motos e carros, apesar do ar ser bastante impuro hoje não há muita movimentação em nosso bairro e o cheiro de cigarro quase não se sente

Eu estou a entrar na casa do Ivan quando meu delírio matinal é interrompido por uma forte pancada em algo

- Qual o seu problema em?Por que é atrapalhado- diz ela passando a mal na testa com olhar de reprovação

-Desculpa Diane eu nem vi você – sorrindo sem jeito, então é assim que é a Diane sem maquiagem, é tão linda como uma flor que acaba de desabrochar a pureza de algo que não se corrompeu em seu olhar é algo que me hipnotiza por alguns segundos

- Tudo bem – diz ela com um cigarro a boca procurando batendo a mão em um de seus bolsos procurando um isqueiro

- Não mesmo!- digo tirando o cigarro e jogando no chão

O ato ousado me rende um soco no estomago

- Porque você não cuida da sua vida!

- Me desculpe – digo ainda recuperando o fôlego- Diane você não pode fumar, não perto de mim, eu nunca vou deixar!

- O Ivan sempre fuma e você nunca reclama, porque comigo é diferente? – Ela esta furiosa, mas a testa franzida dela, o rosto avermelhado só a deixa mais linda
- É por isso mesmo, porque é diferente, eu nunca liguei pelo fato do Ivan fumar por que ele também nunca ligou de parar, ele daqui a pouco enjoara da nicotina que da a sensação de alivio e logo vai parar de fumar, mas você não é o Ivan!

- Eu posso parar a hora que eu quiser

- Então pare

- Não quero

- Você sabe que isso mata, e você não deveria morrer, eu preciso de você

- Precisa de mim?Pra que?

- Eu não sei ao certo, mas olha – digo pegando a mão dela e levando sobre meu peito

- Você é doente!- diz ela tirando a mão rapidamente e fechando a mão pronta pra me dar um soco

- É assim só com você, eu ainda não sei o que isso significa, é a primeira vez que sinto isso, toda vez que você esta perto meu coração acelera parecendo que vai sair pela boca, então não morra até eu descobrir o que é

Ela fica me olhando por um tempo, mas logo concorda

- Alias sabe onde o Ivan esta?Já faz meia hora que estou aqui, a mãe dele disse que ele não estava em seguida fechou a porta sem que eu pudesse ao menos me apresentar