— Er... - O ouço dizer nervoso, mas sem descobrir meus olhos — Você pode pegar uma toalha no quarto ao seu lado por favor? Pode entrega-la em meu quarto lá em cima. Segunda porta a direita.
Antes que eu pudesse dizer algo ouço passos apresados subindo a longa escadaria e uma porta batendo. Já poderia tirar a mão de cima de meus olhos. Quando o faço, olho para meu lado esquerdo e vejo um quadro, então entrando lá, abro um armário onde as toalhas provavelmente poderiam estar e então acho uma pilha das mesmas enfileiradas por ordem de cor e tamanho. Para provocar um pouco pego uma toalha cor de rosa e fecho a porta do armário me retirando do quarto e subindo as escadas, com medo de escorregar pelo caminho de água que ele havia deixado, as vezes Nathaniel poderia ser inconveniente. Mas também fofo.
Fico em frente a porta de seu quarto e antes de bater na porta respiro fundo, colocando uma mecha de meu cabelo atrás da orelha e então bato na porta delicadamente, esperando sua resposta. Então a porta de abre em um movimento brusco e uma mão sai do pequeno espaço que havia entre a porta e o batente. Jogando a toalha rosa em suas mãos, a porta fecha novamente, em um movimento brusco ecoando um barulho ensurdecedor pelo resto da casa. Posso ouvir um xingamento alto provavelmente vindo de seu irmão mais velho que já cursava faculdade em uma cidade próxima daqui.
Desisto de espera-lo e volto a descer as escadas chegando na sala e me esparramando pelo sofá cinza extra largo.
Que falta de educação a minha. Penso retomando a minha postura diária. Estou fazendo uma visita a um amigo.
Me levanto do sofá com a missão de sair dali o mais rápido possível, percebendo uma coisa que até então não havia notado, ele estava me observando.
— Você por um acaso é um psicopatia que pretende me matar ainda hoje? — Digo me virando para a sua pessoa. — Por que se for tenho que ir embora agora mesmo. — Solto um riso fraco.
— Na verdade só estava esperando você ir embora para finalmente começar a chorar. — Diz tentando brincar. Mas como disse, tentando.
— Tudo bem, já estou indo então. — Vou em direção a porta encostando na maçaneta.
— Porque você veio aqui? - Sinto minhas mãos soarem e meu coração bater mais forte, me fazendo corar.
- Nada não. Só esquece que eu estava aqui — Digo com medo de me virar e ele pensar que estava nervosa.
- Sério, porque você veio aqui? Queria me ver, pra você sabe... — Ele da o sorriso malicioso mais nojento que vi em toda a minha vida.
—Claro que não! - Me irrito me olhando para ele com fúria. - Vim ver seu irmão, mas já vou indo — Abro a porta quase saindo por completo — Passar bem! - Bato a porta ao sair.
Como ele pode achar isso de mim? Eu não sou suas negas para ele me tratar assim. Totalmente ridículo.
Pego a chaves do meu carro na minha bolsa o abro me sentando no banco sem fechar a porta, botando a chave na entrada mas sem ligar o carro.
Ur, que nojo de Nathaniel. Penso, como ele pode pensar que posso ter tão baixa a esse ponto.
Então em um tempo menor do que um segundo, meu corpo é jogado para trás me forçando a deitar sobre o banco e logo sinto uma mão tocando meu rosto depois minhas coxas descobertas.
— Quem é... - Não consigo completar minha frase por conta da minha boca estar coberta.
— Então gatinha, é o seguinte — Uma voz que familiar invade meu aparelhos auditivos e seu bafo me faz arrepiar por completa.— Você me da o que eu quero e talvez eu não conte pra ninguém.
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Cartas Para Meu Amor (HIATUS)
Roman d'amourUma pequena carta poderia fazer alguém se apaixonar? Desde o primeiro momento em que ele a viu, com aqueles cabelos longos voando conforme a brisa do verão, ele chegou a conclusão de que aquele seria seu amor verdadeiro o qual iria se casar. Mas s...