O Guerreiro de Walkoren - O Reino da Morte

Capítulo 4

De pé a minha frente estava a princesa Bionda trazendo um pergaminho, o segundo selo real em tão curto intervalo, e o último entregue por uma figura ilustre, eu estava realmente começando a me sentir importante.

Peguei o documento que ela me estendia, ele informava detalhes de minha verdadeira missão, descobrir coisas que os espiões foram incapazes, três foram enviados e não retornaram, tiveram comprometida sua missão que era confirmar os rumores de que um reino independente estaria sendo criado por Rosand. O necromante alegou em carta que o sumiço dos emissários do reino poderia ser obra de criaturas da nova floresta e era ali que eu me encaixava.

Sob o pretexto de caçar as tais bestas eu seria enviado e segundo as palavras naquele pergaminho, devia agir dentro do esperado e montar meu acampamento nos arredores da floresta de modo a não levantar suspeitas quanto a finalidade de minha visita, partiria em dois dias em uma carruagem que seguiria para Lority, uma vila que ficava a três dias de meu destino, de lá continuaria sozinho em um cavalo, seguindo novas instruções que receberia e nada poderia me desviar da missão sob pena de traição aos desígnios coroa. Firmei minha aceitação no documento como era esperado de um fiel servo do reino.

Recebi também daquelas mãos delicadas, a insígnia de Espião Real, algo incomum para aqueles que não são treinados para tal e isso sugeria que estava diante de uma situação grave, mas eu era só empolgação, poderia prestar um grande serviço atuando como caçador e ao mesmo tempo espião, honrar o mestre Oafson e alcançar fama em Walkoren logo em minha primeira missão, ignorava os riscos que correria e talvez aquela tolice tenha sido importante àquele momento, pois se imaginasse as dificuldades que me aguardavam, talvez fraquejasse em minha disposição.

Poucos dias após nossa partida, no primeiro vilarejo onde estive, chegou a notícia do rapto do rei e sua filha por uma criatura monstruosa, me senti tentado a retornar e rastrear tal monstro, no entanto as palavras do pergaminho que me foi apresentado eram claras, jamais deveria me desviar da missão até que o possuidor da coroa me isentasse de tal obrigação. Segui meu caminho, imaginando o que me aguardaria em terras tão distantes, enfrentaria às bestas para as quais fui treinado arduamente ou a ganância de um mago? Ou seriam as duas coisas?

Continuava absorto em meus pensamentos e sonhos de glória quando a carruagem parou abruptamente, o som de espadas desembainhadas rasgou o silêncio da noite, saltei rapidamente para evitar ser surpreendido.