Rock Bottom // j.b · short-fic

Epílogo

Terc. pessoa

O que vocês realmente querem saber? Acharam mesmo que ia ter um final feliz? Ok, as coisas não ocorreram tão ruim assim, pessoal. A carreira de Maya foi algo estrondoso. A garota conseguiu fãs no mundo inteiro. Ganhou prêmios, discos, elogios de pessoas que nunca nem imaginaria. Comprou uma casa para a mãe, para si mesma, adotou um cachorro. A turnê da garota, que viajou mundo inteiro, teve quase todos os shows esgotados. E com isso ela deixou de ser uma menina e se tornou um mulher. Independente, madura, com pouco, mas com experiência de vida.
E bem, houve dias bons, mas também houve dias ruins. Houve dias que ela se sentiu esgotada, cansada, que ousou pegar o telefone e discar um número antigo, mas que nunca esqueceria. Foram incontáveis os minutos gastos pensando no Bieber, e como talvez teria sido se ela tivesse largado tudo para pegar o próximo vôo para a Itália junto com o garoto. Mas todo mundo sabe, ela nunca poderia ter feito isto. Seria algo errado, muito errado. Ah, quanto ao Justin, ele terminou a faculdade sim. Se juntou ao pai à empresa de Engenharia e fez uma bela carreira. Bela mesmo, de dar inveja à concorrentes. E sim, ele se casou. Com uma mulher linda, e teve 2 filhos. Maya namorou poucos rapazes, nada sério.
E sim, ela recebeu o convite. Recebeu o convite do casamento e cogitou ir, sim. Mas preferiu ficar em casa. Era um momento dele, e não dela.
Ah, e eles se reencontraram. 8 anos depois. Foi em Nova York. Num restaurante italiano maravilhoso. Ela havia ido com a mãe. Ele havia levado a família. Os dois se viram de longe, e se limitaram à sorrisos e acenos discretos. Apenas como conhecidos. Ela pensou nele todos os dias. E não houve uma noite que ele pôs a cabeça no travesseiro sem pensar na srta. Ford.
E sim, sim, sim. Ela usou a pulseira que ganhou no primeiro show de sua primeira turnê todos durante todo o tempo. Durante todos os dias, durante todos os anos. Os fãs sabiam que aquela pequena jóia tinha um significado especial para a cantora. Mas mal sabiam que ela representava o destino. Não só dela, como deles também.