drugs [oRiginal]

06|| Never Ending

eu não consigo sentir meu corpo agora
Eu estou separado do aqui e agora - Never Ending

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Justin havia injetado uma dose de heroína na veia da menina, o que fez com que ela ficasse mais "alegre" e calma,  mas pouco tempo depois do rapaz sair de perto do local afastado o efeito alegre que a heroína proporcionou a garota, estava passando e agora a morena chegará a pior fase que a heroína pode trazer, a fase da depressão, e justamente nessa fase os homens a levaram para um tipo de galpão.

A menina chorava e implorava por clemência, ela se arrependia de ter abandonado a mãe em uma fase difícil onde ela mais precisava do apoio da filha, ela chorava por saber o quão egoísta foi, ela chorava por ter se envolvido com um marginal, ela chorava por ter confiado em alguém tão ruim.

Um dos homens estava tirando a parte de baixo da roupa e se aproximando da garota, ele tinha um sorriso malicioso no rosto, e os dentes que faltavam em sua boca deixava aquele sorriso mais tenebroso do que já era para Phoebe.

A menina se encolhia e rastejava para trás na tentativa falha de se afastar daquele homem, mas o corpo da menina se embateu com um par de pernas, a morena olhou para cima vendo um outro homem, a garota sussurrou um "por favor" mas nem um dos dois pareceu se importar.

O homem que estava sem as roupas de baixo puxou a garota pelas pernas e se posicionou em cima dela a imobilizando, a menina soluçava alto e tentava se mexer mas suas tentativas eram em vão.

"Nós vamos ser bons com você princesa, nos vamos ser tão bons" O homem sussurrou no ouvido da garota que estava em prantos de baixo dele.

Ele passou a mão pelo corpo da garota e passou a depositar beijos no mesmo, o homem abriu as pernas da garota e se posicionou no meio delas, ele adentrou na garota fazendo com que a mesma gritasse e chora se.

As estocadas do homem foram ficando mais ferozes com o tempo e quando ele se cansava o outro homem que ali estava ficava no seu lugar, e esse era o interminável ciclo, quando um se cansava vinha o outro.

A menina suplicou e gritou por todo o tempo que aquele sofrimento durou, até que os dois monstros se cansaram e deixaram a menina lá, sozinha com seus pensamentos e com o medo que a consumia.

A garota se encostou em uma parede e abraçou a si mesma, lágrimas vinham a todo momento, e ela nunca conseguiria descrever o quão suja se sentia após aquele ato. A menina começou a arranhar a própria pele, ela queria tanto que a dor em seu coração ficasse mais suportável e a única forma era machucando seu exterior.

Com dificuldade a garota se levantou,  ela encostava nas paredes e em alguns objetos que tinham naquele galpão, até que chegou no centro da boca de fumo, a menina ainda estava nua mas ela não conseguia ligar para isso a única coisa em que ela pensava era a forma com que fora traída e usada. Alguém triscou na menina fazendo com que ela se assustasse. Ao se virar viu uma mulher magra, com os cabelos loiros e finos, a mesma possuía um olhar triste, que fez a menina se perguntar se ela também havia passado por tal barbaridade.

A loira lhe estendeu um cobertor, e a morena o pegou e passou em volta do seu corpo, ambas sentaram no chão frio e ficaram paradas olhando para o horizonte.

As duas pensavam na dor que sentiam, ambas pensavam no seu sofrimento, pensavam se um dia aquela dor passaria, se um dia elas seriam salvas daquele inferno, se um dia as memórias ruins seriam tiradas de suas mentes e elas finalmente seriam libertadas do seu inferno que eram suas mentes e suas memórias.