7. Never say never

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[Lauren POV.]

Eu acordei mais cedo do que o horário que coloquei meu celular para despertar, mas não foi por vontade própria, foi porque o aparelho simplesmente berrava insistentemente.

Sentei-me bêbada de sono em minha cama, remexi a minha mesa de cabeceira até que senti o meu telefone, e puxei-o ao meu ouvido:

- Alô?

- Lauren? É Brad. Você não tem que vir para o trabalho hoje. Um cano estourou na loja, temos de arranjar alguém para limpá-la. Amanhã estamos de volta ao trabalho, ok? - Meu gerente Brad falava.

- Sim, senhor. Amanhã nos vemos. Boa sorte com o cano. Adeus, senhor. - Eu respondi de volta. Eu desliguei o telefone e o coloquei de volta à minha mesa de cabeceira.

Eu odiava meu chefe. Ele poderia parecer uma boa pessoa, mas com toda a honestidade, ele era um idiota egoísta que constantemente tentava me fazer falhar. Vendia eletrônicos para ele, e ele sempre me enviava os clientes mais mal-humorados para ver se eu me estressava, para ele gritar comigo por isso mais tarde.

Ele também sempre me pedia para trabalhar mais do que o meu horário normal, e eu não tinha escolha a não ser aceitar. Se eu não precisasse de dinheiro, eu já teria saído desse emprego.

Acabei decidindo que não teria mais como voltar a dormir, então me desenrolei dos meus cobertores e me levantei. Vesti uma calça de moletom cinza, mas continuei com a camiseta azul que eu estava vestido, coloquei um casaco vermelho e botei meu telefone no meu bolso, indo para a sala de estar.

De alguma forma, eu consegui esquecer que eu tinha uma menina gata dormindo no meu sofá, e eu soltei um grito de surpresa quando a ouvir fungar assim que pisei na sala. Uma vez que eu me lembrei de Ally, eu ri da minha idiotice, e fui acordar a garota mais jovem.

Eu gentilmente cutuquei o ser que estava deitado um pouco enrolado em duas almofadas do sofá, com a cabeça apoiada no descanso de braço.

Ally se sentou abruptamente, um pequeno grito escapando de seus lábios, e eu rapidamente me sentei ao seu lado e a saudei:

- Bom dia!

Ally piscou sonolenta antes de esfregar seus olhos. Ela não respondeu de volta, simplesmente fechou os olhos novamente, e debruçou um pouco em cima de mim. Muito lentamente, ela foi se aconchegando a mim até que finalmente caiu sobre o meu colo, dormindo novamente. Eu ri de seus trejeitos de gatinha, não sendo capaz de parar de acariciar seus cabelos como se fosse uma gata. Corri meu polegar suavemente sobre a parte de trás de sua orelha. Parecia aveludada e macia.

Seu ouvido se contraiu um pouco, me assustando.

- F-faz cócegas.

- Eu nunca achei que iria querer um gatinho, mas você é divertida! Eu gosto quando você me deixa acarinhá-la.

Ally se sentou, grogue de sono e corou.

- Ally pede desculpas... E está com sono.

- Não, não, está tudo bem... De agora em diante, é geralmente nessa hora que nós vamos ter que acordar para que eu possa levá-la ao apartamento de Dinah, enquanto eu estiver no trabalho. - Expliquei à moça.

- Por que... A-Ally não pode apenas... Ficar... Aqui? - Ally perguntou, tomando seu tempo para pronunciar cada palavra lentamente.

- Porque o síndico do prédio pode vir aqui ou algo assim e ele vê-la, ou algo poderia acontecer... Como um incêndio... E então você não saberia o que fazer e você pode se machucar. É... É melhor você ficar com a Dinah. - Eu suspirei.

Uniquely Perfect » abh + lmjOnde histórias criam vida. Descubra agora