E lá estava Beatriz, novamente, no meio daquela roda.
Ela sorria, mas tudo que ela queria era só desaparecer.
Todos sorriam, discutiam, e falavam com a pobre coelha.
Ela sentia dó de si mesma. Ela estava ferida e continuava sorrindo, apenas para preservar a felicidade de todos.
No meio daquilo tudo, na realidade, ninguém era feliz.
No fim, é cada um com sua solidão, mas de alguma maneira que preferem disfarçar do que aceitar o óbvio.
Sorrisos quebrados. Todos de máscaras. Essas armaduras, só protegem um ser frágil...
- Ei Beatriz! - alguém sussurrou e uma muvuca se formou ao seu redor.
- O que foi? - ela perguntou ainda sorrindo e mostrando seus admiráveis dentes brancos.
- Como era mesmo aquela piada? - Sr. Sapo perguntou.
E todas da roda começaram a comentar .
- É verdade!
- Simmmm a piada!! Conta conta!
Beatriz respirou fundo.
E sorriu.
Contou até três mentalmente
E contou a piada pela milésima vez naquele mês.