Capítulo 1

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Oiiiii, saudades de vocês, pensei em esperar um pouco para postar a história da Kamila, mas não consigo ficar longe. Ainda não vou estipular um dia certo para postar, e espero que gostem e se apaixonem por esse casal assim como eu, e por favor não esqueçam de votar e comentar.

Enjoy

Kamila

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Kamila

Há momentos na vida em que nos sentimos desamparados, no fundo do poço, quando pensamos não ter mais salvação, sem uma gota de esperança.

Então, alguma coisa acontece, tão grande que não se pode entender, e tudo muda para sempre.

Nossos olhares se cruzaram e eu o reconheci imediatamente. Rafael, o noivo da minha melhor amiga Gabriela. Se ele está aqui significa que ela deve estar bem. Quase posso respirar aliviada.

Ele leva o dedo aos lábios em um gesto quase imperceptível, mas eu entendo pelo seu olhar o que é para eu fazer. Tento não demonstrar nenhuma reação.

Continuo a dançar no palco como quase todas as noites tenho feito. Essa foi a única forma de evitar que eu entrasse para a exploração sexual, dançar até a exaustão. Passei a fingir que poderia me adaptar a essa vida.

Sou vítima de tráfico humano, fui sequestrada em um cruzeiro em que eu estava com minhas duas melhores amigas. Fiquei alguns dias lutando contra o destino, tentei fugir várias vezes, o que só me trazia alguns hematomas, e muita dor de cabeça.

Descobri que para onde fui levada, as mulheres não poderiam atender os clientes se tivessem machucadas, pois eles não sabiam de nossa situação, então eu fazia questão de apanhar. Era melhor que ter que me entregar ao algum desconhecido por alguns poucos dólares. Mas minha tática não funcionou por muito tempo, logo fiquei sabendo que seria levada para um lugar sujo onde os homens não se importavam com mulheres machucadas. Então achei melhor aceitar e seguir o meu destino.

Uma noite eu ouvi que iriam contratar uma dançarina para uma boate de luxo que servia de fachada para o comércio sexual, enquanto eu limpava uma das salas que servia de escritório para um dos chefes pude ouvir o que falavam, então eu mesmo correndo risco de apanhar por me intrometer em uma conversa, falei que sabia dançar e poderia resolver o problema deles. Foi assim que vim parar aqui e consegui me livrar de ter que me prostituir.

Fiz balé quando criança, aos 12 anos passei a fazer dança contemporânea, dança de salão e quase me profissionalizei. Só não segui carreira por causa do meu pai. Ele sempre dizia que isso não serviria para nada. Toma essa, papai a dança salvou sua filha de virar uma prostituta.

Eu me resguardava no fato de render mais dinheiro para eles dançando do que fazendo programa. Eu não era fácil de controlar. Na verdade, dei muito trabalho para eles. Até deixei um cliente desacordado certa vez quando apliquei um golpe crave maga que a Gabriela me ensinou a algum tempo.

- Paola, tem um cliente que quer passar a noite com você. Então vai se arrumar, e não demore.

- Max, temos um trato. Nada de clientes lembra? - Eu sabia que era o Rafael, mas eu não podia dar na cara, eu tinha visto ele conversar com o responsável pelos programas que por sinal era o Max, mas tinha que recusar como sempre fiz. Ou desconfiariam que algo estava errado.

Minha perdição - degustação.Onde histórias criam vida. Descubra agora