Capítulo 3

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Boa noiteeee. vamos conhecer mais um pouco do Rafa e da Kamila?

Enjoy



Eu achei na dança uma forma de escape. Passava horas no quarto que havia transformado em estúdio. Dançar tem um efeito terapêutico, provoca sensibilização, reações e questionamentos em mim. Cada movimento tem um significado e eu deixo minha dor extravasar através dos movimentos.

Desliguei o aparelho de som e me dei conta que meu telefone tocava. Olhei no visor e abri um sorriso quando vi o nome do Rafael na tela. Depois do dia da festa não havíamos tocado no assunto do que havia acontecido. Ele me tratava com todo respeito e parecia mesmo preocupado comigo.

- Delegado.

- Agora não, nesse momento apenas Rafael. Tudo bem com você?

- Estou bem e você? Alguma notícia da Gabi?

- Infelizmente não. Não sabia que sentiria tanta falta dela. Isso está me consumindo. Mas liguei para te convidar para sair um pouco e conversar. Estou precisando.

- Acho ótimo, onde vamos?

- Esteja pronta. Em meia hora estarei aí.

- Ei, espera...- ouvi o bip do telefone, ele havia desligado. Corri para o banheiro e tomei um banho rápido. Não sabia para onde iríamos então vesti uma calça jeans e camisa de seda azul, coloquei um scarpin de salto alto. No rosto apenas batom e rímel. Em exatos 30 minutos o interfone tocava avisando que ele havia chegado.

Quando cheguei a portaria ele estava encostado no carro, um volvo xc60 branco. Vestia uma camisa polo azul que fazia seus olhos pareceram mais claros do que eram, e calça jeans. Nesse momento pensei em como polo e jeans poderiam ficar tão bem em alguém?

Quando me viu ele desencostou do carro abrindo a porta para que eu entrasse.

- Oi, delegado. – recebi o seu beijo em meu rosto e entrei no carro.

- Pronta para se divertir?

- Onde vamos? – perguntei curiosa assim que ele colocou o carro em movimento. Uma música do Legião urbana começou a tocar, "Tempo perdido." – adoro essa música.

- Eu também. Vamos a um Boliche.

-Boliche? Ah não, eu não sei jogar.

- Não se preocupe, vou te ensinar. –levou a mão para trás do meu banco e tirou de lá um saco de Tnt. - para você. Não faz essa cara, vai adorar.

Abri a sacola e havia um par de tênis próprio para boliche. Cor de rosa pink. Começo a rir descontrolada.

- Pink? Rafa sério?

Ele deu de ombros.

- Era pink ou cinza, e odeio cinza. Não combina com você.

- Como sabia meu número?

- Sou um cara observador.

Chegamos rápido ao Barboliche que ficava perto da minha casa. Estranho eu nunca ter percebido. Talvez porque não gostava de boliche. Entramos no bar e fomos direto para uma mesa reservada.

Rafael pegou a bola com mãos habilidosas mostrando a intimidade que tinha com o jogo.

- Boliche é um jogo que você precisa derrubar aqueles pinos com essa bola. – reviro os olhos para ele que pisca para mim. - coloca os dedos assim.

- Olha o tamanho de suas mãos, não vou conseguir. – ele realmente tem mãos grandes.

- A sua bola tem exatamente o tamanho dos seus dedos. E não tem nada a ver com força ou preparo físico, é só habilidade. Claro que vai se sair bem.

Minha perdição - degustação.Onde histórias criam vida. Descubra agora