Imaginária (Conto)

A polícia

Foi uma reviravolta no orfanato, a polícia vasculhava todos os lugares e a menina estava preocupada pois o cheiro se tornava mais forte.

A ruivinha de chica apareceu na janela e levou Hellein para o pequeno bosque próximo ao lugar, antes de Patrick Jim um investigador policial, entrar.

No bosque havia uma casa na árvore, uma corda em formato de escada levava até o alto. De lá ouviram o zunir de ambulâncias e murmúrios de lamentações.

A casinha era bem feita e escondida entre os frondosos galhos, um tamanho de três por quatro e dois de altura formavam a pequena construção. Havia apenas uma porta e um alçapão que dava para a parte superior, não tinha móveis, lá Hellein se achou.

Tudo agora fazia sentido, o orfanato, os móveis e a casa na árvore era aonde morava antes do acidente, menos o quarto que estava muito diferente - mas era sua casa.

Morava com sua mãe, o pai nunca estava, viajava como farmacêutico.

Seus avós paternos tinham uma organização filantrópica, para crianças com AIDS.

Os pais morreram e usaram o lugar para esse fim, mas porque não via seus avós? porque estavam viajando naquela noite? - eram respostas que não sabia.

- Como vamos comer? - perguntou Hellein.

- Tá tudo certo amiga, trouxe bastante bolacha e água, até arrumar outro lugar.

Os dias foram passando e acabando os alimentos, não tinha como descer ainda, a polícia estava a procura e fecharam todo o perímetro.

Na inocência de criança e com os fatos ela não raciocinou, se a ruivinha de chica era imagem da tua cabeça, então ela fez tudo aquilo!

Pensou, pensou e se deu conta que ninguém poderia vê la, e pediu para que descesse e fosse a cozinha buscar água e mais bolacha.

- Não amiga eu sou real, você...

Um barulho de vozes despertou a atenção e Hellein como conhecia o lugar abriu o alçapão escalando em sua amiga, que seu avô materno fez, assim como a casa em que estavam e a cadeira talhada entre outros.

Patrick foi o primeiro a subir, mas logo desceu.

- Não à ninguém, vamos pessoal precisamos vasculhar outras árvores.

O tempo passou e resolveram sair do esconderijo, a noite já estava alta, e Hellein viu algo engraçado sua amiga engolir os comprimidos.