Besos de Fuego - Livro 01

Epilogo

- Teve algum outro amor antes do papai, mamãe? – Manuela perguntou ao ver a expressão serena da mãe observando o pai e os irmãos mais novos brincando no gramado do parque.

Anahí mordeu o lábio inferior e fitou Alfonso a sua frente brincando com Isadora e Théo.

Sua vida mudara da agua para o vinho com a chegada daquele mecânico de olhos verdes em sua vida. Após uma noite intensa, soube que ele seria o único homem capaz de lhe proporcionar os melhores orgasmos para o resto de sua vida. Demoraram um tempo até assumirem um compromisso e logo veio o casamento, e com ele, Manuela que já estava com dezessete anos. Anos mais tarde vinha Théo, hoje com nove e Isadora com cinco anos.

- Seu pai foi o único homem que conseguiu fazer com que eu mudasse radicalmente. – ela suspirou e fechou os olhos, e logo encarou a filha – Eu provei muitos sabores antes do seu pai, mas quando bati os olhos nele e saboreei o doce pecado, não consegui mais sobreviver sem.

- Se pudesse mudar o destino, escolheria outro no lugar do papai? – Manuela indagou curiosa, virou um pouco o corpo para olhar a mãe que estava sentada ao seu lado no gramado.

- Eu faria com que ele tivesse entrado em minha vida muito antes. – Anahí falou com um sorriso e os olhos fixos no corpo de Alfonso - Mas foi bom tudo o que vivi e não me arrependo. – agora ela voltou o olhar para a filha - Provei todos os sabores, gostos até encontrar um excepcional e deseja-lo apenas pra mim. E é algo que eu digo a você filha, antes de decidir que irá casar, dividir o resto de seus dias com alguém, dormir e acordar com a mesma pessoa do seu lado, não hesite em arriscar e provar, saborear. Até encontrar algo que te faça sentir viva, diferente, que te complete.

- O meu número, da mesma forma que você encontrou o seu?

- Exato. Mas tudo com muita segurança, é claro. – a loira alertou - É o mais importante.

- Não vejo a hora de iniciar a busca pelo meu numero, o meu encaixe perfeito. – Manuela sorriu maliciosa e Anahí a acompanhou.

- Pois então comece. – incentivou-a piscando para a adolescente - Transar é algo maravilhoso, excepcional. O momento que você abrir as pernas e permitir que um pau esteja enterrado em você, não vai mais conseguir parar. – Anahí negou movimentando a cabeça - Desejará aquilo todos os dias, até não poder mais.

- Não é muito cedo para... – a menina gesticulou com as mãos.

- Querida, você está com dezessete anos. Eu na sua idade já andava por aí escolhendo a dedo em qual eu estaria rebolando. Aproveite enquanto é nova.

- E se eu não gostar? Se minha primeira vez for horrível e ficar traumatizada?

- Não ficará, acredite. A minha foi péssima, não consegui chegar ao orgasmo. Voltei no cara, ordenei que repetíssemos e soltei-me. Comandei tudo, deixei meu instinto selvagem gritar mais alto. – Anahí percorreu os olhos pelo parque e paralisou em um garoto que deveria ter por volta dos dezoito anos, não mais que isso, desceu o olhar para entre suas pernas – O que acha daquele mulato? – ela passou a língua nos lábios – Parece ser grande e saboroso.

- O que é grande e saboroso amor? – Alfonso perguntou, acompanhando o olhar da esposa e da filha.

Anahí piscou para Manuela e levantou-se parando de frente ao marido, deu uma rápida olhada para os filhos pequenos que sentavam-se ao lado da irmã e sorriu maliciosa.

- Você meu amor. – tocou-lhe nos ombros, pousando uma mão em cada lado do corpo do moreno - Grande, saboroso, único e espetacular. O meu numero, encaixe perfeito. – ela então ergueu uma de suas pernas, pressionando seu quadril no dele.

Alfonso deslizou as mãos até as nádegas da loira e as apertou.

- Vamos embora, necessito conectar-me em meu vicio novamente. – ele falou com a voz rouca.

Anahí o encarou, olhou para a filha sobre o ombro, que rolou os olhos.

- Eu fico com os pirralhos, a casa está liberada até as seis da tarde. E a noite será minha vez de provar aquele mulato gostoso bem ali. – ela sorriu apontando para o garoto.

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