O Amor É Uma Merda...Ou Não

Capítulo 4

–Está tudo bem entre a gente né? -Ele me pergunta. Não consigo olhá-lo, não depois do que eu fiz, fora que eu não quero me "perder" como sempre acontece.
–Sim, por que não estaria?
–Sei lá, você saiu furiosa da sala.
– Não sai não, eu só queria dar um mergulho. -Digo como se aquilo fizesse completo sentido.
–Do nada você quis dar um mergulho?!
–Do nada eu quis dar um mergulho. Tem algum problema nisso?
–Por que você não está olhando para mim?
–Porque a paisagem é mais interessante.
–Ah... ok então não vou atrapalhar sua paisagem.

Ele sai de perto de mim e pula na piscina, senti uma leve dor no peito por falar daquela forma com ele, ele não tinha culpa! Ele não fez nada, quem fez a besteira fui eu e ele realmente não teve culpa. Mesmo assim, acabei descontando tudo nele, não que ter um relacionamento com ele seja um problema, mas eu não queria ter dito aquilo, não deveria ter dito aquilo, só conseguia pensar: "como eu sou burra, só faço bosta mesmo".
Fico perdida em meus pensamentos por um tempo até ver um dedo estalando em minha frente.
– Hanna, você está bem?- Angel me pergunta com uma expressão super preocupada, como se o mundo estivesse acabando.
–Oi, estou normal Angel.
–Tem certeza? Eu te conheço muito bem pra saber quando você está mentindo.
–Sim, Angel, eu tenho absoluta certeza de que estou bem.- Dou um sorriso super forçado, e logo vejo a expressão de "Conversaremos mais tarde" se formando em sua face.
Angel se joga novamente na piscina e eu continuo olhando para algumas árvores que tem alguns quilômetros a minha frente, Vejo por relance que Leon não para de me olhar, dou um meio sorriso e logo sinto minhas bochechas queimarem (ainda mais), me levanto e vou em direção a entrada de minha casa, preciso beber algo, assim que me levanto vejo Angel sair da piscina e vindo correndo em minha direção, logo vejo que suas intenções não são uma das melhores, saio correndo em direção a uma das árvores que tinha por ali, na esperança de me esconder, mas Angel consegue me alcançar e como uma louca, começa a me abraçar e me molhar ao mesmo tempo, já imaginava que ela ia fazer isso ... Me jogo em cima do gramado, pra tentar me desviar dela, mas mesmo assim ela se joga em cima de mim, de longe consigo escutar a risada do pessoal por causa da nossa "Briga" e assim que consigo me soltar dela, começo a rir e sento no gramado.
– Você pirou de vez?????
–Agora vai me dizer que não gostou do abraço da sua melhor amiga?.-Ela vem me abraçando novamente, dessa vez eu a abraço de volta.
–Você é muito retardada sabia?
– Sim, e como você também é, nós fazemos uma bela dupla. -Ela sorri, e me olha com um olhar de "precisamos conversar"
– É, eu sei, mas não agora.
– Hoje eu vou dormir aqui, aí você me explica tudo certinho.
– Mas quem chamou????
–Querida, essa casa é mais minha do que sua.- Dou risada do jeito que ela fala, e ela ri junto comigo.
–Eu vou lá pra dentro, preciso beber alguma coisa.
–Tá bom, eu vou voltar pra piscina.
– Beleza, vai lá.

Saio pra um lado, e ela vai pra outro, Angel e eu sempre fomos muito unidas, por mais que não fizesse muito tempo que nos conhecesse, ela me passa segurança. Com ela eu sinto que posso ser eu mesma, não preciso forçar algo que eu não sou só pra impressioná-la, é por isso que eu a amo muito, e por isso que ela é minha melhor amiga.
Chego dentro de minha casa e vou em direção a geladeira, pego o suco que imagino ser de uva, e um copo, começo a me servir, vou no armário e pego algumas bolachas para levar junto comigo e para o pessoal.
–Angel, vem aqui agora sua linda. Digo gritando e acenando para ela.
– O que você quer, garota?
–Vem logo aqui!!
–Tá, já estou indo.

Vejo ela saindo da piscina e vindo em minha direção, correndo que nem uma retardada. Assim que ela chega, olho para a bandeja que está com o suco e os copos.
–Ow seus inúteis funcionais, um de vocês pode vir aqui, por favor.
–estou indo, espera aí. Leon sai da piscina e vem em direção a onde eu estou.
–Leãozinho, leva a bandeja de refrigerante, por favor!
–Leãozinho?
–É, Leãozinho.
–Você inventa cada apelido, Han.
–Vai por mim, poderia ser pior. Angel diz e logo sai com a bandeja. Dou risada e logo saio com as bolachas e outras besteiras.
Assim que eu ia sair com as besteiras para o pessoal, Anna Aparece e me grita.
–Han, volta aqui. Olho assustada para trás, e Anna está fazendo um sinal com o dedo pra eu ir até ela.
Enquanto caminho de volta até Anna, fico tentando decifrar o que aquele olhar significava. Medo? Raiva? Preocupação? Um pouco de tudo?
– Onde você pensa que vai com todas essas besteiras?
– Pra beira da piscina ué.
– Não mesmo, eu preparei alguns lanches e um bolo pra vocês, está lá na mesa da cozinha, vai pegar.
– Tudo bem. Leon vem cá. Digo dando um leve grito para o lado.
– Tô indo. Ele responde de volta com um tom alto de voz.
Assim que chegamos na mesa da cozinha, está lá o bolo e alguns pães com algo que eu ainda não sei o que é, o mais engraçado é que a gente tinha vindo aqui há alguns minutos e não tinha nada disso.
– Leva o bolo que eu levo esses pães ok?
– Beleza.
Saímos da cozinha novamente em direção à piscina. Antes de chegarmos até ela, vejo Amy vindo em minha direção com uma expressão facial bem maliciosa, encaro Leon, que também percebeu isso, e nós ficamos nos olhando até ela chegar ao nosso encontro.
– Han, preciso falar contigo. SÓ contigo.