Capitulo 7

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–Hanna Rogers, por que diabos você não está lá em...
Ela entra gritando no meu quarto. Na hora que vemos Angel, saímos um pra cada lado. –...baixo, desculpa gente, não queria atrapalhar vocês, já to saindo... Eu fui me afastando tanto, por estar com vergonha, que acabei tropeçando no meu chinelo e caindo em cima da poltrona. Eles começam a rir demais da minha cara, que já estava corada e nem quero imaginar em que nível de vermelho está, eu provavelmente teria "50 tons de vermelho" em meu rosto.

–Vem cá, Han, eu te ajudo. Leon me levanta e só vejo a Angel saindo e fechando a porta. Assim que vejo ela fechando a porta, escuto um "Ei quietos, vocês não vão entrar aí agora!" e começo a rir daquilo.
–Do que você está rindo? -Leon me pergunta sem entender nada.
–Da delicadeza da Angel, escuta só! Levanto o dedo pra cima, como se apontasse para o teto, e a Angel continuava discutindo com sei lá quem, e então ele começou a rir junto comigo.
–Ela é delicada como você. Ele diz aquilo rindo e na hora que ele diz isso, faço cara de emburrada.
–Eu sou puro amor tá? Não sei nem do que você está falando. Reviro os olhos e cruzo os braços. Naquela hora os dois estavam jogados na poltrona, porque ao invés de me ajudar, ele só se jogou ao meu lado e ficou por ali, junto comigo.

–Ah com certeza é sim!! Me desculpe, estou enganado, todas as patadas que eu já levei, na verdade não eram de você, eram da sua irmã gêmea má, que por acaso é tão idêntica à você, que uma toma o papel da outra!! Exceto por uma coisa, você é um "amor de pessoa" e ela não, ela é como uma bruxa. Ele diz amor fazendo aspas e depois começa rir de mim de novo.
–Bom, obrigada pelo elogio já que existe bruxas tão boas, Hermione por exemplo. -Digo rindo e percebo que ele não esperava essa resposta. Ele faz uma cara de pensativo e alguns segundos depois diz:
–Não, você tá mais pra Dolores mesmo. Meu rosto que antes tinha uma expressão de vitória, automaticamente modificou-se para algo bem zangado olhando para os olhos dele, tento me levantar.     –Uau, essa foi a pior ofensa que eu recebi na vida. Ainda zangada, tento sair de perto da poltrona, ele puxa o meu braço, fazendo com que eu caia de novo.
–Você não vai sair daqui não. Ele diz ainda segurando meu braço.
–Ah mas eu vou sim!!
Eu digo gritando, por estar realmente brava com aquela comparação.
–Não você não vai não.
Ele continua sereno, como se nada tivesse acontecido, e isso acaba me deixando ainda mais irritada. Concordo em ficar, sem esperanças de conseguir me soltar e cruzo os braços. Em seguida ele concorda comigo.
–Vamos descer então? Ele diz levantando e estendendo a mão.
–Vamos Pettigrew. Na hora que eu digo isso, ele me olha com uma cara de fúria e então eu saio correndo e dando bastante risada, nisso ele vem correndo atrás de mim pelo corredor.
– Não acredito que você me chamou de RATO e também de TRAIDOR. Ele diz gritando enquanto corre atrás de mim, e desviando de tudo e todos que via pela frente (mesmo assim ele trombou em varias pessoas, que eu sinceramente não sei o que estavam fazendo lá no corredor, e em algumas cadeiras)
–Sai Leon, você me chamou de megera. Eu digo quando desço as escadas correndo.
– E você me chamou de rato traidor! Ele continua tentando me pegar mas eu sou uma boa fugitiva. Em seguida passo correndo para o jardim, mas já estou cansada demais para continuar correndo dele, já sinto minhas pernas tremerem e meu fôlego super acelerado. Me jogo em uma das cadeiras que tem no jardim e coloco minha mãos como se estivesse me protegendo, olho entre meus dedos e o vejo se aproximando pronto para se jogar em mim.
–Não, não se joga não, eu to desprotegida. Ele me olha e assim que eu termino de falar, sinto o corpo dele em cima do meu, ele está rindo e fazendo cócegas em mim, e percebo que não vou sair dessa situação, então começo a tentar me defender mas todas as minhas tentativas são derrubadas por ele que consegue segurar as minhas mãos apenas com uma de suas mãos.
–Chega, minha barriga tá doendo. Eu digo num tom de Súplica, quase que implorando para ele parar com as cócegas.
–Então fala que você gosta de mim. Ele parou de fazer cócegas e está me encarando com uma de suas mãos em meu rosto. Eu não consigo consigo responder, o que ele quer dizer com isso? tudo pra mim? tudo em que sentido? realmente ele é um dos meus melhores amigos, mas talvez seja mais que isso... eu não sei o que responder, eu estou perdida demais em seu olhar para responder qualquer tipo de coisa. Ele me olha e continua acariciando minha bochecha, sinto queimar toda a região em que ele passa sua mão, como se com o seu toque entrasse em combustão com a minha pele, sempre fico corada mas dessa vez é diferente, é como se tudo ao nosso redor estivesse em câmera lenta. Ele percebe que estou em estado de choque, e fala em seguida:
– Não tem pressa. Eu vou te esperar.
Seus olhos estão fixados nos meus, eu estou sem chão, eu não sabia que era possível sentir tantos sentimentos ao mesmo tempo, nem sei descrever o que estou sentido... ele continua falando.
– Hanna? você está aí ainda? ei, calma era uma brincadeira, não precisa ficar me olhando assim.
Eu continuo em choque. Não sei o que fazer, nem responder. Eu sei que ele falou que era brincadeira só para eu não me sentir pressionada, mas eu sei que não é brincadeira, eu sei que ele realmente queria que falasse aquelas palavras, mas eu não consigo, eu não... Posso.

O Amor É Uma Merda...Ou NãoOnde histórias criam vida. Descubra agora