Capítulo 2

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Hope Belucci

Após assistirmos Barbie, Rachel foi se preparar para deitar e eu fui colocar Lindsay na cama com meu pai. Ela estava animada com a casa nova, e não parava de falar no tal cãozinho que ganharia. Meu pai sorria largamente com a euforia de sua filha caçula e eu só podia me sentir feliz por ele. Se ele estava bem, eu também estava.

Foi uma luta para fazê-la dormir, a garota não parava de falar sobre o cão, sobre a casa, sobre seu novo colégio, sobre sua nova cidade, céus! Quando finalmente seus olhinhos se fecharam e ela dormiu, meu pai olhou para mim com aquele famoso olhar "finalmente!". Ele apagou a luz do abajur, fechou as cortinas e saímos do quarto juntos.

— Pode deixar sua mala no chão do quarto, amanhã pedimos para Babi arrumar as roupas em seu guarda-roupas. — Sugeriu ele do lado de fora.

— Eu prefiro arrumar sozinha. Eu dormi o vôo todo e não estou cansada, então vou ficar arrumando minhas coisas por aqui mesmo.

— O resto das coisas chegarão amanhã. Alguns bens materiais que nós não conseguimos nos desfazer.

Eu sabia que ele estava incluindo aquela mesa de bilhar dele. Era uma bela mesa, e ficaria maravilhosa na área externa da casa, mas aquele diabo pesava demais! Ela estava bem conservada, apesar de já ter quatro anos de uso, e meu pai era o fera na sinuca! Eu sorri distraída e depositei um beijo em seu rosto.

— Boa noite, pai.

— Boa noite, Hope. — Eu andei até o fim do corredor e quando toquei a maçaneta ele me chamou. — Filha.

— Sim?

— Obrigado. — Agradeceu ele sem graça. — Eu sei que foi um sacrifício enorme pra você se afastar da Analu e da Natalie, e deixar nossa casa para trás. Eu agradeço por você ter sido tão compreensiva, e... Se quiser chamá-las para passar o feriado aqui, eu pagarei as passagens.

— É sério isso? — Me empolguei. Sim, sim, sim! Trazer as meninas para cá seria perfeito! Elas iriam pirar ao verem a casa!

— É sim.

— Obrigada, pai! E não se preocupe quanto ao tal sacrifício, eu faço de tudo pra te ver feliz. Você e a Lind são a minha família.

Ele sorriu envergonhado e eu retribui o gesto, então entrei no quarto.

Analu e Natalie eram minhas irmãs de outra mãe, praticamente. Eu conhecia Analu desde o terceiro ano do ensino fundamental, e desde que ela jogou pudim no cabelo da Charlotte Margot eu nunca mais desgrudei dela. Natalie veio no ensino médio, ela era russa e eu a mantinha por perto só pelo sotaque maravilhoso que ela tinha.

Então surgiu o trio parada dura. Hope, Ana e Nath.

Analu fazia sucesso no colégio desde sempre, com seus cachos ondulados ruivos e pele coberta por delicadas sardas ela tinha um corpo magro e definido após tantos anos de handebol, e por onde ela passava deixava os meninos babando.

Natalie se adaptou rápido à nosso colégio. Bonita e carismática, logo fez amizade com toda a West College e já era a queridinha dos professores. Ela tinha cabelos loiros quase platinados e olhos castanhos, sempre foi regrada na dieta e por isso tinha um corpo magro igual ao daqueles de modelos da victoria's secrets. Ela fazia parte do grupo de teatro e dança do colégio e sempre amava aparecer no jornal da escola. Ela sim sabia fazer o seu melhor close.

Não que eu não me destacasse com elas... Meus cabelos loiros escuros e minha pele branca levemente bronzeada destacavam meus olhos azuis. Também não tinha vergonha do meu corpo, eu tinha uma cintura finíssima, quadris largos, um bumbum empinado e seios generosos.

A Filha do meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora