Eventos Proibidos

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Eventos proibidos

Ainda que eu faça uma face, seria apenas um disfarce,
a menos que Galgar seja necessário, eu não seria tão errôneo.
Não precisa nem mesmo ver a quem humilha,
Quantas vezes ja não fui errôneo e parvo nesta ilha.
Mas nunca fui tão errôneo quanto sou agora,
Nunca fui tão nojento,
Nunca fui tão ardil,
Tão perdido,
Tão eloquente
Tão ridículo...
Nunca havia de ter econtrado em mim tanta confusão,
tanto descontentamento,
tanta falta de atitude,
é um grito em silêncio sem nenhuma plenitude.
Mas sempre fui errôneo,
e quem não é?
mas agora reles?! nunca antes,
Agora estar intrínseco na alma, no intelecto,
no instinto,
no mas profundo parafuso que lacra o meu ser,
o meu estilo,
o meu agir.
Como se isso fosse interessante com esse mesmo ser,
com esse mesmo estilo,
com esse mesmo intelecto
e com esse mesmo agir
uma vez eu tive vinte e agora apenas dezessete,
como se uma vez eu não tivesse uma sobra que anda do meu lado e também tem mesma idade,
quanta atrocidade
e o quanto ela é ridícula tão ridícula quanto eu,
e o quanto ela furta,
furta tanto quanto eu
e o quanto ela gosta de tudo isso e fica subentendido no olhar
e o quanto ela é vil,
o pior,
pior é estar a viver tudo isso
saber,
sentir,
analisar e também ser vil, literalmente vil.

(Cosme Teixeira)

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