Capítulo 9

8.1K 504 91
                                    

 Os dias passaram voando, é tanta correria que nem tive tempo de me adaptar direito e já estou no meio do furacão. Sr Douglas tem andado tão ocupado quanto eu, e isso é até bom, assim consigo manter meus pensamentos em ordem.

Depois do primeiro almoço em conjunto com as meninas, sempre que possível nos reunimos e repetimos a dose. Juliane continua fugindo do chefe, sempre dar um jeito de sair e chegar antes ou depois dele, ela acredita que é melhor assim.

Graças a Deus a tão esperada sexta feira chegou, preciso terminar esse relatório para poder ir para casa ter meu merecido descanso, nessa correria toda acabei por não almoçar direito e só comi biscoito e suco. Olho no relógio e vejo o quanto está tarde e nem havia percebido, preciso me apressar caso contrário não conseguirei terminar no tempo em que o Sr Douglas solicitou. As horas vão passando sem que eu possa me dar conta, minha cabeça começa a latejar e meus olhos estão ardendo, resolvo dar uma pausa e lavar o rosto, estou quase finalizando.

Quando me levanto sinto minhas mãos geladas e meus pés fraquejarem, minha vista escurece e perco o sentido caindo no chão.

Por Douglas...

Esses últimos dias tem sido de pura correria, graças a Deus estamos cheios de trabalho e isso tem me ajudado bastante, assim não fico pensando a cada momento em Vanessa, em como ela tem uma boca atrevida e apetitosa e menos ainda no seu rebolado.

Quase não temos tido contato ultimamente, com o andamento de duas contas abertas na empresa todos os setores estão em trabalho frenético para conseguirmos reerguer duas grandes empresas que abriram falência e que agora estamos recolocando-as no mercado com a marca DR Enterprise.

Olho para o relógio e percebo que já passam das 21:00, nossa! Como o tempo passou depressa, resolvo olhar pela câmera, meu coração dá um pulo com a cena que vejo, corro imediatamente.

Do lado de fora, vejo Vanessa caída no chão, uma sensação estranha passa por mim como se aquela imagem falasse muitas coisas, quase uma dor.

- Vanessa! Acorda, fale comigo. – Ela não se mexe, pego ela em meu colo e a levo para o sofá em minha sala.

- Srta Wanzeler, vamos lá, acorde. – Tiro seus cabelos do rosto, e começo acariciar chamando por seu nome. Aos poucos vai retomando a consciência.

- Que susto que você me deu menina, me diz, o que aconteceu?

Vanessa ficou olhando para aqueles olhos cinzas e tentando se recuperar, nunca mais havia tido queda de pressão, a correria dos últimos dias misturado com a falta de alimentação adequada deve ter causado isso.

- Desculpa Senhor – Tentou se levantar, mas mãos fortes a detiveram.

- Srta Wanzeler, não estou brigando com você, quero realmente saber o que aconteceu para você estar desmaiada no chão da sua sala.

- Foi somente uma queda de pressão, as vezes acontece isso comigo, não me dei conta do horário e assim não me alimentei corretamente.

- Juntando a correria desses dias acredito que isso tenha contribuído certo? Vamos fazer assim, vou te levar ao hospital, assim você poderá ser medicada e descansar.

- Não é necessário Sr, já estou melhor.

- Então eu te levo em casa, afinal seu expediente já acabou há horas. Vamos?

- Tudo bem então, mas não é preciso se preocupar, estou de carro e consigo ir.

-Negativo, deixe sua chave comigo que peço ao meu motorista para levar.

Vanessa ainda tentou argumentar, mas percebeu que era uma causa perdida, ninguém contraria esse homem.

Descemos pelo elevador e a todo momento fiquei ao lado de Vanessa, algo me chamava para ela, algo que ainda não consegui decifrar, nesse momento ela parecia tão frágil que parecia ansiar por proteção, não se parecia em nada com a pessoa determinada e de personalidade forte de todos os dias.

Chegando no estacionamento entrego as chaves do carro dela ao meu motorista e a acompanho até meu carro. Vamos o caminho todo em silêncio, ela está de olhos fechados como se estivesse dormindo, paro o carro em frente a seu prédio e fico observando seu rosto. Ela abre os olhos e dá de cara com os meus, ficamos assim por uns momentos até que percebemos e nos afastamos.

- Vamos, eu acompanho você até seu apartamento.

- Não é necessário, sério mesmo, o Senhor já fez muito me deixando até aqui. Obrigada mesmo.

- Se prefere assim, tudo bem. Tenha um bom descanso Srta Wanzeler, se cuida.

- Obrigada, bom descanso.

Fiquei olhando até sua silhueta sumir de vista, não sei o que essa mulher está fazendo, mas estou parecendo aqueles adolescentes cheios de hormônios... E isso definitivamente não é bom, não mesmo, preciso resolver isso.

# Desculpa a demora meninas! Aos poucos estou me organizando... Em breve postarei com mais frequência. Curtinho mais está aí! Espero que gostem!!!

}=,���j�k

Meu Chefe ControladorOnde histórias criam vida. Descubra agora