Meu Chefe Controlador

Capitulo 10

Por Vanessa....

Ao entrar no apartamento, me recosto na porta fechada e me dou conta do quanto estou cansada, não era para menos ter passado mal desse jeito, passar o dia nessa correria e ainda por cima não me alimentar corretamente, ter um chefe extremamente gostoso e estranho na sala ao lado é de fazer pirar qualquer cabeça...

Resolvo tomar uma ducha quente para tentar tirar essa coisa ruim de meu corpo e relaxar ao menos por uns instantes, tiro minhas roupas, pego meu celular, coloco uma música e vou até o banheiro, me perco na quantidade de tempo que eu fiquei ali, relaxando e pensando na vida, só sei que a tensão ainda está presente, como se faltasse algo para que eu pudesse me ver realmente relaxada, saio d banheiro e coloco uma camisola de oncinha e deixo meus cabelos enrolados na toalha, pego meu celular e vejo três mensagens de número desconhecido, abro e meu coração dispara...

Desconhecido: Como se sente agora? 22:01

Desconhecido: Está tudo bem com você? 22:15

Desconhecido: Se não responder dentro de 5 minutos estarei indo até ai. 22:22.

Olho no relógio e vejo que já são 22:25 e me questiono sobre responder ou pagar pra ver. Resolvo responder, afinal é bom evitar conflitos, me questiono como uma pessoa tão bonita por fora pode ser tão arrogante dessa forma, não teve nem a delicadeza de assinar as mensagens, apesar de eu saber pela forma de expressão.

Vanessa: Quem é você Srº Estranho? E como conseguiu meu telefone?

Desconhecido (Douglas): Não se faça de inocente Srta Vanessa, sabe muito bem quem sou eu, e porque demorou tanto para responder? E para ficar claro, eu sempre consigo o que quero.

Vanessa: Realmente não sei quem poderia ser, se identifique por favor?

Esperei a resposta e sem perceber estava com um sorriso no rosto.

Douglas: Pelo visto a senhorita tem muitos contatos certo? Só isso explicaria o fato de não saber quem esteja falando a você e perguntando sobre seu bem estar em tão pouco período de tempo...

Vanessa: Ah claro, Srº Douglas... Como não imaginei antes quem seria né? Alguém que consegue meu número do nada e manda mensagens a essa hora da noite, realmente só poderia ser o Srº.

Douglas: Sem ironias senhorita. Porque demorou tanto a responder? Já estava a imaginar que teria passado mal novamente e sem ter quem a socorresse.

Vanessa: Não tem com o que se preocupar Srº, demorei pois estava tomando um banho, como a agua estava relaxante e meu corpo tenso acabei por demorar um pouco mais. E não se preocupe, tenho quem me socorra.

Preferi por dizer somente isso sem explicar sobre dividir apartamento com Juliane, mesmo porque eu não preciso dar explicação da minha vida a meu chefe.

Douglas: Certo senhorita, espero que fique bem. Tome um remédio e se possível descanse. Use seu final de semana com moderação. Dê notícias.

Vanessa. Obrigada, sempre vivo de moderação Senhor. Até logo.

Por Douglas.....

Quando senhorita Vanessa demorou a responder eu já estava prestes a cometer a besteira de ir atrás dela, pouco me importava o que os outros iriam pensar a respeito, naquele momento eu queria somente saber se algo sério havia acontecido.

Eu não sabia o porquê, mas sentia a necessidade de protege-la... Quando ela disse que havia quem a socorresse foi incontrolável uma pequena dor, um sentimento estranho que senti com essa resposta. Por fim resolvi encerrar a conversa, afinal não sou pai e nem mãe dela para ter que me preocupar, se os próprios não faziam isso não seria eu a ocupar esse papel, mesmo porque amor paternal está muito longe do que sinto quando vejo aquele traseiro rebolar...

Abaixo o copo de uísque que estava bebendo no criado mudo e resolvo tomar um banho.
Entro em baixo da ducha e começo a refletir sobre o dia, sobre como me abalou a imagem daquela mulher jogada no chão, deve ser simplesmente o instinto de proteção que sempre me acomete por lembrar que nunca tive quem me socorresse verdadeiramente... Ao menos não da forma que sempre precisei, ou mesmo que sempre quis e achei precisar um dia.

Saio do banho e visto uma box branca para somente após me deitar, costume que adquiri em minha juventude, dormir somente de cueca, e graças aos céus não há ninguém para me perturbar por conta disto. Depois de alguns minutos rolando de um lado para outro finalmente consigo adormecer.