Cena 12 - O início do terror

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Chris e seus companheiros haviam sido surpreendidos por uma criatura mais assustadora que todas as outras até aquele momento. Mais que isso, Jill e ele haviam descoberto naqueles últimos minutos que o líder da equipe Alpha dos S.T.A.R.S., Wesker, estivera o tempo todo trabalhando para os responsáveis por aquele incidente, a Corporação Umbrella. Como se não bastassem essas surpresas, Barry parecia estar ciente das ações do capitão e estranhamente havia algo mal resolvido entre os dois, considerando o resultado daquele infeliz encontro.

As paredes outrora brancas e o chão daquele lugar estavam rebocados de verde. O local onde deveria haver um elevador em manutenção na verdade revelara um elevador de carga onde havia um enorme tubo com paredes de vidro carregado com um estranho líquido esverdeado. Durante a troca de tiros entre Wesker e Barry o tubo fora danificado. Em seguida o trincado em forma de teia de aranha explodira em milhares de cacos revelando a criatura em seu interior. O monstro saíra e imediatamente fizera sua primeira vítima, o ex-capitão dos S.T.A.R.S., Albert Wesker. O sujeito que poucos minutos antes havia se esquivado dos tiros de Barry não tivera a menor chance de sequer pensar em algo antes de ser empalado pela enorme e afiada garra do monstro. Agora a criatura se voltava para os outros presentes no local.

Tateando o chão à sua volta Chris encontrou uma das pistolas de Jill que havia caído na confusão. Sem pensar em mais nada apontou para a criatura e atirou. Algo lhe dizia que aquele monstro não cairia facilmente como os zumbis que haviam enfrentado anteriormente. Além disso, aquele lugar era pequeno e estreito demais para que tivessem chance de se mover em caso de um confronto direto. Havia pouca munição e em poucos segundos os disparos cessaram. O sujeito olhou para a mulher diante de si enquanto o monstro se aproximava.

—Jill, precisamos dar o fora, não temos chance – berrou.

—Mas Barry... - respondeu ela olhando para o outro soldado ainda caído ao chão.

—Não temos tempo e não temos armas. Não vamos ter chance, precisa vir – continuou ele esticando a mão para a parceira. Antes que a mulher pudesse responder algo novamente o som de um enorme estrondo ressoou pelas paredes, o disparo de outra arma de calibre muito maior que as pistolas de antes, o som da Magnum de Wesker. O tiro atingiu em cheio o peito da criatura que cambaleou para trás. Outros dois disparos, dessa vez atingindo outros pontos do monstro. Um quarto tiro atingira um pequeno painel na parede fazendo a grande porta do elevador fechar-se com o monstro dentro.

—O que aconteceu? – perguntou Jill encarando os outros. Wesker começara a rir.

—Esse é um elevador particular com duas únicas paradas. Com a volta da energia ele irá parar no último andar, onde Tyrant estará esperando pelas vítimas que chegarem até ele...

—Maldito – disse Chris encarando o sujeito – você sabia de tudo todo o tempo...

A conversa fora imediatamente cortada pelo som de diversos disparos vindos de longe, não apenas os tiros de pistolas, mas pela sequência, disparos de metralhadoras. Todos ficaram em estado de alerta, mas o ex-líder adiantou-se novamente.

—Já estamos todos mortos. Eles já chegaram...

—Eles quem? – perguntou Jill já em pé ajudando Barry e se levantar.

—A equipe de limpeza da corporação. Logo não haverá qualquer prova ou testemunha do que acontecera aqui. Logo nós seremos apenas memórias.

* * *

Sem dizer nada Chris levantou-se e foi até o soldado loiro caído. Havia um corte enorme abaixo do peito do sujeito e o vermelho do sangue misturava-se com o líquido verde no chão por toda parte. Chris ajoelhou-se ao lado do vilão e o encarou nos olhos, em seguida esticou uma das mãos tentando ajudá-lo a se levantar. Wesker apontou com a Magnum para a cabeça do ex-subordinado sem qualquer intenção de ceder à tentativa de auxílio.

Resident Evil: Primeira AçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora