Capítulo 7 - Postais italianos

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Roma era a cidade dos meus sonhos. Amanheci o dia em terras italianas. Eu e Sebastian pegamos o voo de madrugada, quase de manhã, em torno das 4 da manhã ou algo assim. Não era uma viagem longa.

Colocamos nossas malas na casa de um amigo dele e prometemos que pegaríamos lá depois do jantar.

O percurso da viagem era muito divertido, apesar do trem ser rápido andaríamos mais de avião. É um pouco confortável, tinha menos filas e poderíamos pegar voos de madrugada. O plano da viagem era bem apertado, ele disse que poderíamos perder uma cidade ou outra no caminho.

Sairíamos da Itália depois do jantar e iríamos para a França. Ele disse que queria aproveitar a noite francesa comigo, que infelizmente isso significava que viraríamos a noite. Ele prometeu que deixaria que eu fizesse compras pela tarde quando acordássemos e tirar fotos na Torre Eiffel ainda de dia.

Depois do jantar iríamos para Londres, mas aí nós dormiríamos lá. Aproveitaríamos o dia nos pontos turísticos, comeríamos fish and chips. E depois seguiríamos para Berlim, com o mesmo cronograma.

O último destino era Amsterdã. Por ser o último dia de viagem ele disse que poderíamos aproveitar a noite ir de manhã de volta para Bucareste e poderíamos dormir o dia inteirinho no domingo. Segunda-feira seria meu primeiro dia de trabalho na Cernat Company.

Eu estava exausta só de pensar no cronograma, enquanto tomava um cappuccino e olhava as pessoas irem de um lado para o outro.

- Não come muito, guarda a barriga pro almoço, vai por mim. – Sebastian interrompeu meus devaneios me fazendo olhar para ele com os olhos arregalados de susto. Ele tomava apenas um café e me olhava nos olhos.

- Estou me perguntando até agora porque você colocou Amsterdã por último já que ela está mais distante de Bucareste em relação a Berlim. A rota não era meio que... Circular? – Mudei de assunto bruscamente. Eu estava tentando comer o mínimo possível, por mais que minha barriga roncasse não satisfeita só com aquele pão na minha frente. Pensar em macarronada, comida e coisas do gênero não estava me fazendo muito feliz.

- Sol, estamos falando de Amsterdã. Você vai querer fazer de tudo lá. – Ele piscou um olho para mim e começou a ler um guia da cidade que falava sobre comida, pontos turísticos e dava uma breve aula de história falando sobre o Império Romano.

- Vai me deixar fumar maconha? – Perguntei dando uma risadinha seguida de um longo gole no cappuccino. Aquele lance era uma piadinha interna, eu queria provoca-lo. Sebastian levantou os olhos. Eu amava quando ele me olhava de baixo para cima, estava claro aquele olhar ameaçador, aquele olhar de mau, de quem está próximo a fazer coisas terríveis comigo.

- Vou pensar no seu caso. – Foi tudo o que ele disse. Eu encostei na cadeira e dei um último gole tentando puxar o máximo de chantili possível. Segundo ele, eu não iria fazer nada de errado.

- Quer conhecer o que primeiro? A gente podia ir ao Vaticano também, vai lá que a gente vê o papa. – Fiz que sim com a cabeça enquanto ele propunha uma série de coisas, museus e tudo mais. Eu amava o clima renascentista daquela cidade, tudo misturado com antiguidade clássica e tudo mais.

Eu queria sair correndo daquele café e conhecer o máximo que eu pudesse.

- Vamos fazer o seguinte. A gente conhece o máximo possível daqui agora de manhã e depois do almoço a gente vai para o Vaticano, ok? – Fiz que sim com a cabeça e ele fechou o folheto, colocando no bolso da calça.

- Ok. – Ele fez sinal para o garçom e pediu a conta. Eu realmente estava distraída com a movimentação das pessoas do lado de fora. Sebastian me disse que iria me levar para uns pontos legais que turistas geralmente iam menos e que maioria das pessoas eram italianas, eu notei que eram pela forma na qual faziam barulho e se comportavam.

Sebastian [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora