Chapter Three: This is the beginning

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1.    Não é uma continuação, é o que aconteceu antes do primeiro capítulo.

2.    Aqui é como eles se conheceram e o que o Louis fez pra se aproximar do Harry.








SKYFALL~ SKYFALL

O rapaz estava no meio de seu trajeto diário de casa para a biblioteca. Ainda era cedo, o céu não era claro, nunca era em Holmes Chapel, mas ainda podia ir tranquilamente até a biblioteca sem o risco de encontrá-la fechada. Ele continuou a caminhar quando sentiu a estranha sensação que persiste ao longo de algumas semanas. Ele virou para trás, tendo a impressão que alguém estava o observando, mas teve apenas a visão da rua deserta com a neve sobre a calçada que começara a derreter. Retomou seu caminho ficando um pouco irritado.

Já estava ficando cansado, sempre a mesma coisa, nos mesmos dias, na mesma hora e no mesmo lugar. Enquanto ele ia ou voltava da biblioteca, sentia alguém o observando e quando se virava, não tinha ninguém. Talvez você esteja ficando paranoico, pensou consigo mesmo. Com isso na cabeça, ele entrou na biblioteca e por lá ficou durante horas.

SKYFALL~ SKYFALL

O arcanjo se encolheu atrás de uma das colunas do prédio quando o rapaz se virou. Ele ficou lá por mais alguns segundos para então poder voltar a espiá-lo. Saiu de trás da coluna e o observou retomar seu caminho para a biblioteca.

Ele sabia que o que estava fazendo era errado. Espionar um humano desse jeito, mas ele não podia evitar. Desde o primeiro dia que o viu, fazendo aquele mesmo trajeto, não conseguiu tirar os olhos do menino. Ele estava correndo, com uma pasta – que o arcanjo apostava que era de partituras, após certo dia o garoto ter derrubado algumas no chão – e um tipo de diário de couro nas mãos, um grosso casaco, uma touca preta que impedia seus cachos se descabelarem com o vento e um olhar aflito em seu rosto (provavelmente estava atrasado com alguma coisa). O arcanjo deveria se sentir atormentado com a visão, mas achou o rapaz... Encantador.

Ao ver aquela criatura tão adorável, se pegou voando lentamente em direção ele, como se tivesse o puxando. Quando percebeu que estava voando sobre uma rua, consideravelmente movimentada, ele voltou rapidamente para seu esconderijo. Aquela foi a primeira vez que o vira. O personagem de seus sonhos, o motivo de seu carinho e seu maior desejo.

Ele se sentou na coluna atrás no prédio e encostou sua cabeça na mesma. Ele não sabia o que fazer. Não podia parar de pensar no rapaz um minuto, não aguentava mais vê-lo a distancia, mas não podia falar com ele. Já tinha pensado em simplesmente esquecê-lo, seguir sua vida como se o garoto nunca tivesse nascido. Mas não importava onde ele estava ou o que estava fazendo, nos mesmos dias e na mesma hora, ele se via escondido atrás de algum prédio o esperando passar.

Já estava se tornando uma obsessão. Deveria existir uma lei no mundo dos humanos contra esse tipo de perseguição. Se bem que eu não estou o perseguindo, pensou o arcanjo. Ele estaria perseguindo se fosse atrás dele aonde quer que ele fosse, era apenas uma "feliz coincidência" ele estar sempre no mesmo lugar que o rapaz.

Isso o deu uma ideia... Não, para com isso, já esta ficando doentio. Mas talvez, apenas talvez, essa ânsia e desejo que ele sentia de ver o garoto era apenas por que ele tinha hora e lugar marcado para vê-lo passar. Se o arcanjo "o acompanhasse" (perseguir é uma palavra muito forte), talvez isso diminuísse um pouco... Certo? Ele sabia que tentava mentir para si mesmo, mas não tinha ninguém parar tentar enganar, tinha que ser ele mesmo.

SKYFALL~ SKYFALL

Harry saiu de sua casa arrastando o saco de lixo pelo quintal. Abriu a lata e com esforço o jogou lá dentro. Assim que colocou a tampa em seu lugar ele sentiu novamente aquele arrepio na sua nuca descendo sua espinha. Harry virou-se rapidamente e pensou ter visto um vulto entrar em um beco entre as casas de sua vizinhança. O rapaz ficou pálido e congelou em seu lugar. Ele nunca tinha tido essa sensação estranha em sua casa e também nunca tinha chegado a ver um vulto. O que faria? Iria atrás dele? Correria para sua casa? Ligaria para a polícia? Ele não fazia do tipo inconsequente ou dramático, então entrou em sua casa como se nada tivesse acontecido e por lá ficou... Por um bom tempo.

Skyfall | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora