Quatro

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Quando Scott chegou em casa eu relatei do ocorrido a ele, que fez questão de se certificar se mamãe havia se alimentado bem. Nós ficamos deitados na cama junto com ela a paparicando, como ela sempre fez com agente quando estávamos doentes e ela estava achando graça da nossa preocupação, mas eu vi que ela estava achando bem divertido passar mais tempo conosco, já que não tínhamos passado quase nenhum tempo juntos desde que eu e Scott completamos 15 anos.Fomos dormir tarde, assistindo a filmes e fazendo esse tipo de programa...

***

Fui acordada pelodespertador que não parava de apitar; levantei rapidamente e optei por colocarum vestido branco com minha botina marrom e uma bolsa preta.    

    

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Assim que saí do quarto meu irmão ficou um tempo me olhando.
- Que foi? Eu não posso me arrumar um pouco não?
-Se arrumar é uma coisa, mas isso já é exagero! - ele sorriu. - Isso tudo é para alguém olhar pra você? Pois fique sabendo que quem se engraçar com você vai se ver comigo e com nossos tios, que não se importariam de vir aqui só para acabarem com a existência desse vilão...
-Pare de brincadeiras Scott... Não é nada disso! Acredito que o homem pra mim ainda não existe... - eu mostrei a língua pra ele, que sorriu.
-Acho bom! - ele colocou a mochila nas costas. - Agora vamos... Tia Clarissy me emprestou o carro.

Eu concordei; saímos pela porta, entramos no carro, ele deu partida e fomos para a escola.


***

DAPHNE YALE:

-Está melhor? - Clarissy disse assim que me sentei no sofá.
- Lucy e Scott já foram? - perguntei sussurrando.
-Sim, há algum tempo. - ela sorriu.
-Porque ela tinha que estagiar logo na Thompson's? - eu confessei. - Tem tantas empresas que precisam de estagiários...Mas não...Ela tinha que ir logo pra essa!
-Calma Daphie... - ela tentou me acalmar.
Eu não consegui evitar um sorriso.
-Era assim que ele me chamava... - eu sorri ao lembrar.
-Você ainda o ama... Depois de todos esses anos, não consegue esquecê-lo. – ela disse por fim.
Eu suspirei.
- Queria não amar - eu confessei -, mas ele me deu o maior presente que alguém poderia querer: meus filhos, meus dois tesouros... Não imagino minha vida sem eles.
-Foi por isso que voltou, não foi? - ela perguntou me olhando.
- Na verdade, - eu comecei dizendo - eu tenho que saber se ele sabe da existência dos nossos filhos e eu também quero contar para Scott e Lucy... Devo isso a eles, mas não sei como contar.
- Mas agora ele deve estar casado... - ela apertou uma das minhas mãos.
- Eu sei - eu suspirei -, mas tenho quase certeza que minhas cartas não chegaram... Tem que ter uma explicação, e mesmo que ele tenha visto e desistido de nós, tenho certeza que a avó deles vai adorar a notícia; ela sempre foi uma grande mulher... Apoiou-o em tudo e sempre quis ter netos...
-Estou com você em qualquer decisão que tomar, mas acho bom preparar o coração para o reencontro... - ela deu um leve sorriso.
Ela tinha razão, eu estava desesperada.Só de imaginar como ele devia estar...Será que havia mudado muito?Ao menos se lembraria de mim? Será que continuava um doce de pessoa?...

***


LEVY THOMPSON:

Cheguei ao meu escritório cedo como de costume; entrei e fui cumprimentado primeiramente pela secretária do meu amigo Isaac.
-Bom dia senhor Thompson! - ela disse sorridente.
-Bom dia Mharessa! - eu sorri de volta.
E logo fui caminhando até a minha sala e também fui cumprimentado pela minha secretária.
-Bom dia senhor! - ela disse amigavelmente.
- Bom dia Rosângela! - eu sorri.
Eu logo adentrei minha sala e sentei na cadeira. Fiquei um tempo perdido em pensamentos; nada me tirava da cabeça que eu conhecia aquela garota que havia se atrapalhado e derrubado meus papéis...Ela era a cópia de Daphne e por um momento pensei que fosse ela, mas ela não devia estar tão jovem...Porque eu não conseguia esquecer aquela mulher? Onde deveria estar minha Daphie?
-Oi meu amor! - Cármen disse entrando na sala, me despertando do transe que era o furacão Daphne.
-Oi Cármen. - eu disse sorrindo amarelo.
-O que você acha de marcarmos logo a data do nosso casamento? - ela disse animada.
-Não acho uma boa idéia... - eu sorri. - Sabe o que é meu bem? Estamos muito corridos aqui na empresa; que tal conversarmos sobre isso no ano que vem?
-Mas você diz isso há 17 anos... - Ela fez beicinho tentando me convencer do contrário, porém minha cabeça estava muito cheia para pensar em tais feitos.
-Calma Cármen... Ainda há tempo. - eu fui até ela e a abracei. - Você não quer um casamento dos sonhos?
-Tudo bem... - ela disse derrotada.
A verdade é que eu só havia aceitado ficar noivo da Cármen porque Daphne foi embora; e como meu pai queria muito aquele noivado acabei concordando, mas eu a enrolava sempre que falava sobre o assunto.
Logo, ela saiu da minha sala me deixando sozinho de novo com meus pensamentos. Todavia, não tive tempo de pensar muito, porque logo o telefone tocou.
"Pode falar Rosângela." – Eu mantive minha melhor pose profissional
"-Sua mãe chegou." – Ela disse rapidamente
"-Pode mandá-la entrar..." – Eu falei obviamente

"-Sim senhor!" – Ela respondeu como se estivesse no quartel e eu fosse seu comandanteAssim que coloquei o telefone no gancho mamãe adentrou a sala. -Meu filho! - ela correu para me abraçar.
-Oi mãe. - eu retribuí o abraço.
-Não queria te ver tão infeliz assim meu menino... - ela disse tristonha.
-Eu estou bem mamãe. - eu forcei um sorriso.
-Não precisa fingir pra mim. - ela me apertava ainda mais eu seu abraço. - Sou sua mãe e te conheço muito bem... Ainda é a Daphne, não é?
-Não vou mentir para a senhora... - eu suspirei. - Ela faz falta; não consegui amar mais ninguém desde que ela se foi, mas ela devia ter me enviado apenas uma carta me informando o porquê de sua partida...
-Eu sei que devia, mas me conta...Por que insiste no noivado com a Cármen? - ela perguntou me olhando.
-Por causa do papai...E além do mais eu não tenho mais a Daphne, que uma hora dessas deve estar casada... - eu abaixei a cabeça de tristeza.
-Olha, faça o que seu coração mandar e, por favor, não seja infeliz! - ela me abraçou de novo. - E, por favor, não demore a nos dar netos; seu pai já está enlouquecendo... Queremos vê-los crescer e os paparicar um pouco, porque já estamos velhos meu querido.
-Pra mim, você é a mulher mais jovem que conheço! - eu sorri e ela riu.
- Obrigada! - ela disse já se retirando, mas parou quando chegou à porta - E acredito que Daphne tenha tido seus motivos... Não a julgue sem ao menos os conhecer antes.
-Pode deixar. - eu dei um largo sorriso a ela, que retribuiu.
A mulher que eu sempre admirei tinha razão... Eu devia seguir meu coração e ele estava dizendo para esperar e procurar Daphne para saber sua versão e era isso que eu faria; correria riscos pelo amor jamais esquecido...







Meu pai é o meu chefe? | (COMPLETO NA HINOVEL)Onde histórias criam vida. Descubra agora