Nunca mais vou arrancar uma flor

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Na manhã a seguir Lua recebeu alta e como no mesmo dia era o funeral da Perrie, Oliver "o meu irmão" ficou com a Lua ja que nao a íamos levar e todos nós nos queríamos despedir da Perrie.

O funeral...foi triste ...foi muito triste

Milhares de fãs que choravam e cantavam as suas músicas rodeavam o cemitério.

Estava tanta gente, família , amigos , todos ainda em choque com a morte de Perrie.

Ouvi dizer que a missa foi bonita e , embora lá estivesse, não pode confirmar pois a minha atenção não estava no padre mas sim no caixão castanho à minha frente onde se encontrava a minha melhor amiga num profundo sono sem fim.

No enterro fui amparada pelo meu pai e Louis , pois mesmo não conseguindo chorar sentia que se não me segurassem ei era capaz de cair.

O primeiro punhado de terra a ser depositado sobe o caixão fora de Debbie , a mãe de Perrie que tal como eu e muitos outros , parecia não lá estar, a seguir foi Alexander, o seu pai, seguiram-se várias pessoas que a medida que atiravam a terra ia embora quando dei por mim já só eu e Zayn estávamos no cemitério. Mesmo com cova tapada depositei um punhado de terra e outro por Lua que ainda não sabia de nada, Zayn repetiu o meu gesto .

E aí caio-me a ficha, a minha melhor amiga estava morta e acabará de ser enterrada.

Zayn chorava desesperado ajoelhado sobe a cova agora tapada. Fui até ele e abracei-o por trás, fazia-lhe festas pela cabeça e passava-lhe as mãos pelas costas mas nada dizia, as palavras não eram necessárias naquele momento. Quando vi que ele aos poucos se acalmava dei-lhe um beijo no topo da cabeça em sinal de despedida e fui andando.

Parei a meio do cemitério e fiz o que o meu sempre me aconselhou a nao fazer, olhei para trás.Vi Zayn ajoelhado sobe a cova. Vi Zayn ajoelhado sobe a minha melhor amiga, morta. Quando dei por mim lágrimas escorriam pelos meus olhos, mas não fiz questão de acabar com o choro ou limpar as lágrimas, simplesmente deixei que elas escorresem.

Encontrei Louis e o meu pai à porta do cemitério e nem os óculos escuros conseguiam disfarçar as lágrimas.

No caminho para casa tive uma chuva de flashback's des de que conheci Perrie até descobrirmos da sua gravidez e embora quisesse chorar só consegui sorrir.

Aqueles momentos que passamos juntas...Ahhh aqueles momentos iam ser recordados com tanta alegria e extrema saudade. Pois mesmo eu indo para casa e estando com a minh família , acabará de deixar parte de mim naquele cemitério.

Quando cheguei a casa consegui ouvir os suspiros de frustração da minha filha fazendo-me ,também suspirar . Depois de agradecer a Oliver por ter tomado conta de Lua e de me despedir do "meu irmão mais velho" fui até ao quarto da minha filha.

O quarto de Lua estava escuro, na certa Oliver a tentará fazer dormir. A minha filha estava sentada na cama e olhava-me atentamente. Sentei-me sobe a cama e acariciei-lhe o rosto

- A madrinha?-perguntou tensa e eu suspirei

-Ela não veio , meu amor.- disse ternamente à minha filha

-Posso ligar à minha madrinha? - pediu e eu suspirei

- Querida, não vais poder falar com a madrinha.- disse e ela revirou os olhos

- É por causa dos bebês? Ela ja não gosta de mim?

-Nao é nada disso , filha. Sabes que as pessoas só vivem em quanto Jesus quiser?- perguntei e ela acentio e antes de me deixar responder disse séria:

- Jesus levou a tia Perrie?- perguntou e eu acenti. Lua começou a ficar chateada e foi até à sua estante de livros e peguou na bíblia dada por Liam e deitou-a ao lixo e depois, ja chorando veio até mim e sentou-se no meu colo

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