Olá sou Misaki praticamente uma garota comum, tenho cabelos ruivos e heterocromia nos olhos o que os torna um pouco peculiares se comparados a maioria. Apesar dessa minha característica realmente lhes afirmo que não tenho mais nada de diferente da maioria. Meus pais trabalham em sua própria empresa, o que como já devem ter imaginado os torna "ricos" financeiramente, digamos, por conta disto tenho vários amigos falsos e esse acaba sendo um dos motivos pelos quais evito sair e ter contato com outras pessoas, digo para mim mesma que é para evitar a falsidade mas para falar a verdade nunca me sinto muito bem perto das pessoas. Quando saio de casa é para ir a biblioteca, amo ler, é como se fosse uma parte de mim, me tira da realidade me levando a outra menos dolorosa, é como uma linda e perfeita viagem entre universos. Agora mesmo irei para lá.
-Mãe vou para biblioteca. -Digo enquanto a mesma olha fixamente para a sua papelada, escrevendo várias coisas nela de forma rápida e apressada.
-Certo -Ela resmunga sem me dar atenção, é sempre assim, será que ela não percebe que sinto falta dela cuidando de mim e sendo uma verdadeira mãe?
-Não vai nem ao menos me dizer para tomar cuidado? -Pergunto mas ela apenas continua escrevendo, e me ignora. - Não vai ficar nenhum pouquinho preocupada?
-Quando sair tranque a porta e porfavor não dê trabalho a bibliotecária. - Ela diz mais uma vez não se importando e ignorando minha pergunta.
Saio batendo a porta fortemente em uma falha tentativa de mostrar que estou com raiva mas apenas sou ignorada como sempre. Será demais pedir que alguém se importe comigo? Que alguém me veja? Talvez eu esteja invisível demais para que isso venha a ocorrer:
-Olá Misaki-chan, como vai? - Amara pergunta sendo falsa como de costume, ela não se importa comigo mas ainda sim insiste em fingir.
-Teve um bom dia Misaki-senpai ?- Shiro pergunta no mesmo tom de falsidade que a amiga.
-Sim estou ótima e vocês como vão?- Digo falsamente, odeio ficar sozinha por isso prefiro a companhia delas, sem falar que odeio machucar as pessoas.
-Melhor agora Misaki-senpai. - Elas dizem juntas, às vezes ambas são tão irritantes. Me sinto mal por pensar isso delas mas ainda sim não consigo parar estes pensamentos.
-Misaki-chan você vai com a gente no shopping sexta à noite? - Amara pergunta brincando com uma mecha de seu cabelo.
-Não sei, tenho que ver se tenho um tempo livre. - Minto, não iria fazer nada na sexta assim como nunca faço todos os dias.
-Deve ser difícil ter uma família incrivelmente rica e famosa não é? - Ela responde fazendo aquilo que eu mais odiava. Eu sabia que elas eram minhas amigas apenas por interrese mas ainda sim odiava quando elas falavam daquele jeito da minha família.
-Se eu pudesse trocar de família com você, eu não teria dúvidas quanto a minha decisão. -Shiro diz com uma expressão assustadora e possessiva.
-Bom...e-eu... Tenho de ir. - Digo continuando meu caminho.
-Mas já Misaki-senpai?-Shiro questiona, ela sempre foi mais grudenta comigo comparada a Amara.
-Podemos ir com você Misaki-chan?-Amara pergunta com um brilho nos olhos como se desejasse muito aquilo.
-Sinto muito se eu pudesse levaria vocês mas são assuntos de família extremamente importantes. Até mais, fiquem bem. - Digo apressando meu passo, quanto mais rápido conseguir chegar na biblioteca melhor.
***
Chego na biblioteca e sento em um lugar afastado de todos assim como sempre fazia, pego um livro e entro em meu próprio universo.
Depois de muito viajar por vários universos (de livros claro), lembro-me da realidade e que infelizmente tenho de voltar para casa. Não odeio os meus pais nem nada do tipo, apenas odeio o fato de não significar nada para eles, odeio ser invisível aos olhos deles mas tão visível aos olhos dos outros. Volto para casa e já estava de noite, não almocei nem fiz nenhum lanche mas já estava acostumada com isso. No caminho todo estava me sentindo observada, não sei bem o porque mas parecia que alguém estava me seguindo, porém sempre que me virava para trás nunca via nada, então tentei ao máximo ignorar esse pensamento.
-Cheguei. -Digo como se alguém se importasse, o que nunca aconteceu comigo.
-Pai como foi no trabalho? -Pergunto bem animada, ele passava o dia todo longe de casa trabalhando por tanto estava feliz em vê-lo.
-Legal. - Ele disse com um ar de tédio enquanto digitava algo em seu notebook.
-Mãe estou com fome. - Digo enquanto a mesma continuava escrevendo, ela nunca se cansa?
-Vá fazer algo. - Ela diz, ela nunca cozinhou nada para mim desde pequena, nem sei porque esperava que hoje fosse diferente.
Fui para a cozinha e fiz um sanduíche rápido e logo subi para meu quarto. Fiquei lendo alguns mangás por um curto tempo até me lembrar de tomar banho, perco a noção do tempo muito rápido quando estou entretida.
Depois do banho voltei a minha leitura, não sei dizer o que eu mais amava nos mangás se era o fato de serem tão fascinantes, tão belos e criativos, ou se era o fato de que eles eram um rápido portal para fora da realidade, como se fossem meu pequeno e delicado guarda-roupas para Nárnia. Estava perdida na história quando ouso meu pai me chamar, rapidamente dirijo-me a sala para ver o que estava acontecendo.
-Aconteceu alguma coisa? -Pergunto um pouco assustada, eles nunca me chamaram para conversar antes por tanto me peguei pensando que seria algo demasiado importante.
-Nós recebemos um tipo de proposta de trabalho irrecusável e iremos viajar por duas semanas, se cuide. -Dizem e saem sem me dar um tchau apropriado, ótimo agora sim estou realmente sozinha. "Será que estou?", essa pergunta de repente apareceu em minha cabeça e novamente me lembro daquela estranha sensação de estar sendo observada, com medo volto ao meu quarto e tranco a porta. Deito-me na cama e começo a encarar minha pilha de mangás um tanto pensativa.
-Achou mesmo que poderia escapar de mim? - Ouso uma voz rouca e grave falar atrás de mim próxima a meu ouvido.
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✞ Meu Doce Psicopata✞ ⇒Jeff The Killer⇐ (Versão Antiga, Cancelada)
Fanfiction♡Capa feita por @Francielli_ ♡ "-Porque está triste? -Ela pergunta. Do que essa garota está falando? Penso, me confundindo ainda mais. - Seus olhos. Quem os olha diretamente poderia dizer que você não sente nada mas bem lá no fundo, mesmo que bem es...