As Terras Conquistadas

Capítulo 3 - A Viagem

Lina continuava sua caminhada em direção a saída da cidade que havia em volta do Castelo do Magos, a cidade era toda construídas com casa grandiosas, nenhum mago era dito como pobre, apenas alguns eram menos ricos que os outros. A cidade não estava movimentada como sempre, a maioria dos habitantes da cidade estavam dentro do castelo ainda, provavelmente conversando sobre os acontecimentos.

Já conseguia ver onde o amontoado de casas terminava, pela primeira vez ela estava saindo daquela cidade sem se preocupar em ser vista ou caçada por algum guarda, olhou ao redor e a cidade estava vazia. Continuou andando com tristeza, apesar de tu sua liberdade tão esperada, justo naquele momento ela não queria ir. Ela queria o trono, finalmente iria poder controlar os magos, mas Ilan a proibiu de seu tão sonhado sonho.

Lina estava com a cabeça quando viu um pequeno brilho no chão, mais sorte que a estrela que iluminava as terras conquistadas. Ela então se aproximou para observar mais de perto, o brilho começo a se mexer e como um felino distraído, Lina passou a seguir a luz. Não demorou muito passos para ela perceber que a luz se tratava de um pequeno feitiço vindo de uma criança de mais ou menos oito anos, a julgar pela aparência, era um menino de cabelos brancos e olhos verdes claros, era uma aparência incomum, Lina nunca tinha visto alguém tão jovem com cabelos brancos. A mão do pequeno garoto estava completamente iluminada e emitindo aquela pequena luz que Lina notou. O garoto sorriu, aquele sorriso foi reconfortante para ele que passou as últimas horas vendo olhares desconfiados e raivosos. Então o garoto fez um sinal com a mão chamando Lina, e correu para adentro de um beco que estava do seu lado.

Lina achou estranho, mas decidiu seguir o garoto, afinal aquele sorriso foi agradável e pareceu confiável, e o que de pior poderia lhe acontecer após aqueles momentos horríveis que vivei de puro desespero. O garoto entrou em becos e atravessou ruas, não demorou muito para Lina se sentir perdida com a sensação que nunca mais sairia daquela cidade, ela não conhecia a cidade direito, o que conhecia ela observou da janela do seu quarto, não costumava andar pelas aquelas ruas. Depois de alguns minutos seguindo o menino que apenas a chamava com a mão e sorria, ele finalmente entrou em um estabulo.

- Oi? Garoto? – Lina chamou pelo menino do lado de fora do estabulo. Mas o garoto não respondeu. Ela esperou alguns segundos indecisa, mas logo decidiu entrar. O estabulo parecia abandonado, era feito de madeira que parecia estar seca e velha, Lina teve medo que um vento pudesse derrubar aquele lugar a qualquer momento.

O menino estava mais ao fundo do estabulo acariciando um unicórnio, o animal tinha pelos negros, e seu único chifre era metálico e cheio de pequenas runas, em seu lombo havia uma sela. O garoto parecia ter muita intimidade com o animal.

- Oi garoto! Porque você me chamou até aqui?

O garoto olhou para Lina sorrindo novamente, e a chamou novamente para perto e ela se aproximou, ele pegou a mão de Lina e fez o que acariciasse o unicórnio. – Ele é lindo. – Afirmou Lina finalmente sorrindo, nem se lembrava da última vez que tinha sorrido. Lina então observou a mão do garoto, e nela tinha uma runa desenhada. – Você é bruxo?

- Majestade, suba logo, antes que Ilan mude de ideia. – Disse o garoto, calmamente. Lina achou estranho a calma que o menino falou aquela frase, se fosse outro, falaria de forma mais apressada. – Então você fala? – O menino apenas fez um sinal consentindo com a cabeça.

- Para onde nós vamos? – Questionou Lina subindo no animal. – Nós não, você vai... daqui a pouco eu chego lá, ainda tenho algumas coisas para fazer na cidade. – Lina recebeu a resposta com estranheza, então o menino tocou no chifre do unicórnio antes mesmo que ela pudesse reagir e as pequenas runas brilharam. E o cavalo começou a correr. – ESPERA! – Gritou Lina segurando as rédeas para não cair, mas logo percebeu que ela não controlava o animal e as rédeas estava ali apenas para ele segurar.