Capítulo 02

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- Sr. Green? – Tiro os olhos da tela do computador e pouso na minha secretária que acaba de entrar na minha sala.Ela era gostosa e isso não podia negar. Há um mês eu tentava não reparar na sua beleza , mas era praticamente impossível. Laura era o tipo de mulher que atraia a atenção dos homens: Pele alva, cabelos escuros e compridos, boca carnuda e um corpo com curvas femininas que ela parecia não notar. Percebi que ela me olhava de maneira estranha, devia ser pelo fato de eu a estar encarando.

- Diga Srta. Fischer. – Merda! Minha voz saiu mais rouca do que eu imaginava.

- Tem um senhor aí fora e ele disse ser...

- Posso saber o que tem de tão importante para não querer receber ninguém maninho? – Jonas, meu irmão mais novo entra na sala interrompendo a Laura, o que a deixa bem sem graça.

- Perdão senhor, era exatamente sobre isso que vim lhe falar, que tinha um rapaz lá fora que dizia ser seu irmão, liguei várias vezes, porém o telefone estava dando ocupado e por isso resolvi entrar.

Olho pra o telefone e percebo que deixei fora do gancho.

- Não tem problema, o telefone estava fora do gancho. Aliás, desculpe a falta de educação do meu irmão. Laura, esse é meu irmão Jonas e Jonas essa é minha nova secretária Laura Fischer.

Vejo meu irmão se aproximar dela e beijar sua mão.

- É um prazer conhece-la Laura, posso chama-la assim? Se soubesse que o meu irmão tinha uma secretária linda desse jeito teria vindo antes. – Ela cora ao seu comentário.

- O prazer é meu Sr. Green, pode me chamar pelo meu nome eu prefiro assim. – Oi? Perdi alguma coisa aqui e só percebi agora? Porque ela nunca me disse isso?

- Sem formalidades princesa, pode ser só Jonas pra você. – Ele pisca e ela ri. Sinto meu sangue ferver.

- Pode retirar-se Srta. Fischer. – Digo frio, ela olha pra mim sem entender o tom de voz que usei e se retira.

- Precisava ser ignorante assim Léo? – Meu irmão diz e tenho vontade de socar a cara dele.

- Não enche meu saco. O que quer aqui? – Pergunto diretamente. Jonas é meu irmão mais novo e minha cópia, mas adora uma farra e não está nem um pouco preocupado com a vida desde que papai banque seus luxos.

- Um emprego. Papai veio com aquele velho papo de que preciso criar responsabilidades e ba blá blá..e enfim aqui estou eu.

- Vou ver o que consigo. – Respondo impaciente.

- Ah qual é Léo! Olha o tamanho desse Império aqui, sabe muito bem que pode me arrumar um emprego.

Realmente eu posso, mas quando penso no trabalho que esse moleque vai me dar, eu desisto.

- Vou ver a necessidade de um dos setores e encaixo você.

- Demorou maninho. Se aqui nesse prédio só tiver gostosas como a sua secretária, eu estou no paraíso. – Ele pisca pra mim.

- Sem gracinhas com minha secretária Jonas. – O repreendo.

- Não vai me dizer que está fodendo a garotinha? – Ele pergunta irônico.

- Claro que não e já chega desse assunto, preciso trabalhar.

- Sim senhor Green. – Ele diz me reverenciando e sai.

Viro minha cadeira pra vista lá em baixo e me permito colocar meus pensamentos em ordem. O que está acontecendo comigo? Durante esse mês eu só transei com garotas morenas e de olhos claros e a cada vez eu imaginava Laura em minha cama no lugar de cada uma dessas mulheres. Nesse um mês que trabalhamos juntos percebi o quanto ela fica nervosa com a minha presença, sempre que falo ela se intimida e prefere ficar calada, quando lanço alguns olhares em sua direção ela fica nervosa e eu imagino que ela deve ser virgem, por isso o comportamento retraído para uma garota de vinte e quatro anos.

Escuto batidas na porta e respondo um 'entre', mas não me viro.

- Senhor Green, desculpe interrompê-lo. – Ouço sua voz aveludada e imediatamente fico em alerta.

- Pode falar Laura. – Boto ênfase no seu nome.

- Vim entregar um papel com a avaliação do meu trabalho, o RH que me entregou. – Então eu me viro e aí aproveito para admirá-la, ela usa uma saia preta de couro, que vai até a altura dos joelhos, camisa branca e sapatos pretos, seu cabelo solto e a maquiagem leve, as bochechas estão coradas.

 – Então eu me viro e aí aproveito para admirá-la, ela usa uma saia preta de couro, que vai até a altura dos joelhos, camisa branca e sapatos pretos, seu cabelo solto e a maquiagem leve, as bochechas estão coradas

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- Traga até aqui. – Ela caminha em minha direção e aproveito para admirar suas pernas torneadas.

- Gostaria de aproveitar para me desculpar pelo ocorrido de instantes atrás, sei que o senhor não gosta de ser incomodado e é minha função garantir isso. – Ela fala séria.

- Não foi sua culpa Laura, meu irmão é petulante. Gostaria de dizer que estou muito impressionado com seu trabalho em apenas um mês, prezo muito isso. Quero dizer que não é porque somos chefe e funcionária que não podemos ser amigos, quando não se sentir satisfeita com algo tem todo direito de falar, como seu nome por exemplo.

Ela me fita envergonhada.

- Tentarei ser o mais transparente possível senhor Green. – Ela aperta os lábios.

- Pra começar pode me chamar de Leonardo, ou Léo como preferir. Aqui está o papel preenchido para que devolva ao RH. – Quando estendo o papel para que ela pegue nossas mãos se encostam e eu sinto uma sensação estranha, ela rapidamente se afasta.

- Obrigado Leonardo. – Ela sorri – Posso ir almoçar agora ou ainda precisa de mim para algo?

- Pode e inclusive irá almoçar comigo, faço questão. – Vejo seus olhos se arregalarem e seu corpo tensionar.

- Não precisa se incomodar Senh..Leonardo. – Vejo que ela está fugindo.

- Não gosto de ser confrontado Laura, vamos. – Pego o paletó no encosto da cadeira e faço um gesto para que ela vá na frente e prontamente sou atendido.

Nos encaminhamos até o elevador e percebo que ela está nervosa.

- Srta. Fasolo, estou indo almoçar com a Srta. Fischer, cuide de qualquer imprevisto que houver. – Me dirijo a recepcionista do andar, que lança um olhar curioso em direção a minha secretária, mas ignoro completamente.

O elevador apita anunciando que chegou ao nosso andar.

- Vamos Laura? – Faço um gesto para que ela entre primeiro e ela o faz, nossos olhares se cruzam pelo espelho e começo a perceber que ela sente o mesmo que eu. Esse almoço será interessante.


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