- Melanie Fischer Green, volte aqui imediatamente! Sou seu pai e estou falando com você. – Os gritos vindo da sala fazem eu largar o bolo que estava ajudando Susan a fazer e ir correndo para a sala.
- Eu odeio você, odeio! Nunca vou te perdoar, pra mim você morreu! – Chego a tempo de ver Melanie gritar com o pai no topo da escada e sumir correndo corredor a dentro.
Leonardo passa as mãos no cabelo, gesto que ele sempre faz quando está nervoso. Faz dezoito anos que vivo com este homem e continuo achando ele lindo. O tempo parece que não passou pra ele, só o deixou mais charmoso, seus cabelos e barbas antes louros agora estão com alguns fios grisalhos, o porte atlético é o mesmo, ou seja sua idade só fez com que a mulherada caísse em cima, até as amigas da minha filha falam dele.
- Ei meu amor – Minha voz chama sua atenção fazendo – o me olhar. – O que foi isso? - Ele senta-se no sofá.
- A sua filha Laura. Ela é a culpada por esses cabelos brancos na minha cabeça. – Me aproximo dele e beijo seu queixo.
- Nossa filha você quis dizer? – Pergunto em tom de deboche – O que aconteceu?
- Peguei Melanie aos beijos com o filho do Nicolas. - Ele suspira pesadamente – Gritei com ela, dei um susto naquele moleque filha da puta, a coloquei dentro do carro e trouxe direto pra casa. – Ele completa com a voz cansada.
Eu já sabia que estava rolando algo entre o Benjamin, filho mais velho dos nossos amigos, sou amiga da minha filha e ela havia me contado, o grande problema aqui é meu marido não pode sonhar com isso.
- Amor, Mel tem dezessete anos e isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Deveríamos agradecer por ser com um garoto que conhecemos.Ele é de uma boa família, além de que não vejo problema em eles namorarem. – Digo por fim.
- Mas ela é minha princesinha. – Ele resmunga – Não quero perdê-la ou vê-la sofrer.
- Ei, ela continuará sendo sua princesinha mesmo quando tiver trinta anos. Ela vai sofrer porque isso faz parte da vida, não podemos protegê-la do mundo Léo!
Ele se solta de mim e caminha até o meio da sala, passa as mãos no cabelo repetidas vezes.
- Porque eu não tive dois filhos homens meu Deus? Porque? – Rio alto com sua pergunta.
- Não aguentaria duas réplicas suas por aí Leonardo. Eric me deixa com o coração a mil sempre que apronta.
Dou a volta no sofá e massageio suas costas sob a camisa.
- Vai lá em cima e peça desculpas por se comportar como um neandertal com sua filha. Vocês dois tem o mesmo gênio e se amam mais que tudo, quer mesmo que ela vá pra faculdade sem ao menos se despedir de você? – Toco em seu ponto fraco.
Na semana passada recebemos a notícia de que nossa princesa havia passado na Universidade de Columbia e iria morar perto do campus assim que o ano virasse, vindo apenas nos ver aos finais de semana.
- Você tem razão. – Ele diz após suspirar pesadamente. – Te amo. – Diz pegando minha mão e beijando-a. – Venha aqui.
Dou a volta e quando estou próxima ele me puxa, o que me faz cair em seu colo e gritar com o susto. Ele vai distribuindo beijos pelo meu pescoço e me entrego ao seu toque.
- Léo, aqui não. – Digo quando sinto seu toque sob a minha coxa. Ele faz uma cara de cachorro que caiu da mudança e acabo não resistindo, o beijo.
- Caramba, vocês não tem quarto? – Ouço a voz de Eric, nosso filho mais novo e tento me soltar do abraço do Léo, porém ele me segura forte.
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O Executivo
RomancePara ele o que importava era apenas a conta bancária e o que o dinheiro poderia comprar. Para ela o essencial era invisível aos olhos. Leonardo Green é um executivo de sucesso, dono de uma grande corporação de tecnologia. Ele acredita que amor é...