Capítulo - XXI

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– Meu amor – ela disse se aproximando de Enzo. – Mamãe ficou tão preocupada com você – ela o abraçou, o enchendo de beijos.

Quando a Dra. Garcia retornou ao quarto pela segunda vez depois que Enzo havia acordado, Alfonso já sabia que Enzo receberia a alta, já era tarde e Enzo já havia ficado um bom tempo em observação.

– Seu filho está em excelentes mãos – disse a Dra. Garcia assinando a alta de Enzo, enquanto Alfonso observava o menino, Anahí ainda estava preocupada com seu filho, já que da última vez em que Enzo ficara de observação, assim que ele recebera alta, tivera outra crise, e esse era o problema das crises epiléticas, não havia como saber quando elas aconteceriam, não havia como prever como seriam ou quanto tempo durariam, e isso a assustava.

– O Dr. Herrera é um dos nossos melhores residentes, ele terá um futuro incrível na medicina, eu não me surpreenderia se ele ficasse mais famoso que os pais, ele tem 23 anos, e já fez mais pela medicina do que muitos médicos experientes que eu conheço, é uma pena que o tenham afastado das pesquisas por causa da suspensão, ninguém conseguirá avanços tão significativos.

– Avanços significativos os quais eu não terei créditos por isso – disse Alfonso. esse era o lado ruim de ser um médico residente.

– Você não me disse que era um gênio das pesquisas – comentou Anahí.

– Porque não sou, apenas dei sorte nas pesquisas que fiz.

– Você é extremamente modesto Dr. Herrera – disse a Dra. Garcia.

– Você quase me fez acreditar que você era um médico comum Dr. Herrera – disse Anahí, e Alfonso não podia negar que a voz dela o chamando de Dr. Herrera, soava extremamente sexy.

– Um médico comum com o sobrenome que ele carrega? Isso seria impossível – disse a Dra. Garcia, e era isso o que Alfonso detestava, ele detestava que as pessoas esperassem demais dele, simplesmente porque ele era um Herrera Rodriguez, ele detestava sempre ter que ser o melhor em tudo, detestava não poder errar, e detestava que seus pais fossem médicos tão excelentes.

Assim que Alfonso colocou Enzo no assento do banco de trás do carro de Anahí, se virou para ela, que estava de pé ao seu lado, ainda dizendo que Alfonso não precisava se preocupar, que conseguiria ir dirigindo seu carro.

– Eu vou dirigindo – ele disse antes que ela recomeçasse a falar. – Amanhã cedo eu volto para pegar meu carro.

– Isso não é preciso – ela bocejou. – Eu consigo ir dirigindo meu próprio carro – disse se arrependendo de ter entregado a chave para Alfonso.

– Podemos nos ver amanhã? – perguntou Alfonso assim que estacionou o carro de Anahí na vaga dela. – Ainda precisamos acertar algumas coisas – disse assim que desceu do carro.

– Eu não sei, amanhã é meu dia de folga e eu queria passá-lo com o Enzo – ela disse saindo do carro.

– Podemos fazer alguma coisa os quatro juntos, porque também precisamos acostumá-los com essa ideia.

– Eu sei – ela admitiu, sabia que precisava incluir seu filho naquela mentira e tinha menos de uma semana para fazer isso. – É que quando as crises acontecem eu fico com medo de sair com ele, e ele ter outra crise – ela explicou.

– Se isso acontecer eu estarei por perto – ele tentou tranquilizá-la.

– Eu sei, ter você por perto realmente me tranquiliza, mas eu prefiro ficar com ele em um local mais tranquilo, talvez assistindo algum desenho que ele goste...

– Ótima ideia, te espero às 12h00 no meu apartamento, almoçaremos e depois conversaremos – ele a interrompeu.

– Eu não...

Mentiras (finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora