Stalker Shinigami

Uchiha Itachi!

 Não somos anjos e nem demônios Ita, somos apenas humanos incapazes de proteger quem amamos. -a voz dele me sobressaltou e abri os olhos quando Hidan ao meu lado apertou meu braço, e moveu os lábios de forma que apenas eu pudesse ver.

-Sharigan. -eu sabia mesmo antes dele me avisar, mas assenti e fechei os olhos novamente me controlando, lembrar-me dele geralmente me descontrolava.

-Está passando mal Uchiha, quer algum remédio? -a voz preocupada dela me fez sorrir.

-Não estou, mas consideraria em ficar se você cuidasse de mim. -a ouvi bufar e já esperava por mais uma de suas frases ácidas.

-Curso computação e não enfermagem Uchiha, então por favor se for morrer faça-o bem longe de mim, não quero ser acusada de assassinato, não que o seu não me agrade.

-Ai cara essa doeu. -Hidan ao meu lado brincou. -Quer um pirulito Suelyn? -ele ofereceu e diferente do que eu esperava sua voz soou estranhamente animada.

-Sério? De quê? -abri meus olhos consciente que tinham voltado a íris escura tão comum a minha família e a observei sorrir calma e conversar tranquilamente com Hidan como se eu não estivesse bem no meio entre eles.

Era descaradamente irritante a forma com a qual ela tratava o Hidan desde que o apresentamos a ela na ultima aula. Ele havia faltado a primeira semana de aula quase toda por causa da mudança do seu namorado (agora noivo), mas sabia por intermédio de Deidara tudo sobre ela, e como todo os outros, estava louco para conhecê-la. O surpreendente foi que assim como ouve com Sasori está pareceu extremamente receptiva ao Hidan, e diferente de como tratava o resto de nós, com ele era o oposto, chegando as vezes até a parecer outra pessoa, e isso era o que mais me intrigava, e deixava todos os meus instintos em alerta. A forma como ela me tratava as vezes era muito suspeita, era como se ela quisesse manter uma distância segura entre nós, não fora poucas as vezes que peguei-me perguntando-me se ela lembrava-se de algo, se não sabe realmente quem sou.

Quando a vi no campus pela primeira vez fiquei totalmente em alerta, e todos ao meu redor perceberam a minha mudança, naquele momento porém não lhes expliquei o que estava acontecendo, eu precisa investigar, saber exatamente o que ela fazia ali. Sousuke Suelyn, eu me lembrava bem dela para não achar aquilo completamente suspeito, ela estava sentada junto a uma moça de longos cabelos preto azulados, um loiro inquieto e um outro rapaz engomadinho, e enquanto passava me dei conta dos olhos lilases da moça e do rapaz, me indicando que eram da mesma família. Não precisou de muito trabalho para descobrir que o loiro se chamava Uzumaki Naruto e que a menina de cabelos escuros era sua namorada Hyuuga Hinata, o engomadinho era Hyuuga Neji seu primo, e ela agora já não era mais Sousuke Suelyn e sim Hyuuga Suelyn, filha adotiva de Hyuuga Hiashi. Quase ri aliviado, pois era uma coincidência infeliz aquela criança está ali, que nos encontrássemos de novo depois de tantos anos. E durante um período inteiro a vi sentada ali com eles almoçando no mesmo lugar, felizes como se o mundo ao redor deles não existissem, presos em sua própria bolha de felicidade.

Não esperava tê-la em minha turma, e me pus novamente em alerta por causa dela, quando esta entrou na sala com o capuz sobre a cabeça completamente desconfiada. A adaga já estava em minhas mãos em seu primeiro passo em minha direção, e eu só estava esperando o momento certo de a parar, mas essa passou reto e se sentou ficando escondida na ultima cadeira do canto da parede e em momento algum retirou o capuz, ou sequer fez qualquer movimento em minha direção ou de qualquer outro, pouco se importando com nossa existência ali. Passei a aula inteira a observando, e Deidara já me olhava de esgueira por causa da adaga em minha mão, e passou a chamar ainda mais atenção para si, provavelmente para que ninguém me observasse. Ela estava quieta, prestava atenção na aula mas evitava ao máximo ser vista, então escondi a adaga novamente na presilha do pulso e não me contive em provocá-la ao avisar ao professor que tínhamos uma moça na sala. Mas me arrependi imensamente disso quando ela tirou o capuz e expôs para todos sua beleza. Ela parecia ingênua, e estava claramente envergonhada por ter toda aquela atenção sobre si, mas respondeu a altura a provação do professor Orochimaru sem deixar se abalar. Não que eu concorde com Oroshimaru, no caso, sua piada de mal gosto, porém quando ela me chamou para me agradecer pelo que eu tinha feito por ela em sala eu não me deixei perder a oportunidade de cantá-la, e o sorriso que essa me deu ao me responder me desarmou por completo e me fez quase sorrir deliciado com a oportunidade de te-la entre meus lençóis aquela noite, e poder desvendar os últimos anos desta, enquanto me contava tudo entre os suspiros de prazer. Pisquei atordoado com o dinheiro na mão, e a olhei partir enquanto Deidara atrás de mim quase se engasgava de tanto rir, mas parou me observando quando fiz o mesmo.