Hero

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                AS JANELAS LUMINOSAS das ruas do Queens em Nova Iorque impressionavam qualquer estrangeiro acostumado com a calmaria australiana. Quase três e meia da madrugada e havia uma quantidade enorme de janelas iluminando as ruas principais, mas não havia uma quantidade suficiente capaz de iluminar os becos e vielas vazias do Queens.

Por lá haviam diversas pessoas horríveis com danos morais. E o que um justiceiro, ou melhor, o mais novo super-herói da cidade iria fazer ali; bater em qualquer um como um ato de justiça? Vingar-se? Ou ser um kick-ass e tentar chutar a bunda deles e sair correndo?

Acreditei que ele estava preparado para lutar. Mas eu estava errada.

Ele era como um Kick-ass, só que mais despreparado para lutar e mais preparado para quebrar seus ossos.

Parece que estava ali intencionalmente, que estava ali apenas para apanhar.

Esses heróis, o que eles têm na mente? Chegar despreparados?

São os caras da Old Street todos os temem, e então alguém acha que pode enfrenta-los sem nenhuma teia, nenhum escudo, sem armas da Stark Industries, sem nenhum arco e fecha, sem nenhum potencial ou capacidade de vencer essa luta.

Não imite o arqueiro verde, tal herói.

O tal herói no mínimo lê muitos quadrinhos, e ingeriu quantidades absurdas de álcool ou de algum outro elemento, que o deixou louco deste jeito.

Ele se comunicou com alguém no rádio.

— Eu vou fazer o que é preciso fazer, Gideon!

Tenho uma certeza que se comunicava com algo eletrônico, uma inteligência artificial, um robô!

Ele entrou no beco onde haviam os caras perigosos e o famoso Martínez.

Ele se posicionou atrás de uma lixeira, o cheiro era horrível mas o odor do medo dele era maior e mais perceptível.

Não sei porque não foi por cima dos prédios, no caso, das comunidades hispânicas pertencidas ao governo.

Por que ele foi pelo beco? Não faz sentido.

Todos os heróis vão por cima, visualizam a área, rezam, tem crises de existenciais, se perguntam por qual razão eles estariam ali, mas ele não se questionou a nenhum momento, não recuou. Seguiu em frente, determinado.

Sua respiração era ofegante, seu suor cheirava morangos com caramelo. Perceptível era seu nervosismo, mas seu ódio ultrapassava seu medo e seu nervosismo.

Respirou fundo fechando os olhos. repetia algum mantra a si mesmo. Abriu os olhos ao mesmo tempo os serrando, pegou seus facões especializados para isso, limpados para isso, brilhavam, e espelhavam o reflexo do que havia em volta, olhou para a espada que refletiam seus olhos verdes furiosos.

— Martínez! - gritou de onde estava.

Os comparsas dele olharam para o tal herói rindo. Martinez e seus comparsas discutiam e riam sobre o garoto.

— O que você quer aqui? - ele só não disse pirralho, pelo fato de o garoto ter por volta de um metro e setenta, oitenta.

— Martínez tem que morrer! Martínez precisa ser eliminado!

Os comparsas dele quase foram pra cima do tal herói, se Martínez tivesse impedido.

— Hey, cara, você parece estar chapadão! Não é daqui da quebrada, não é? É melhor vazar. Vou dar um desconto, porque hoje eu não to pro crime.

SUPERNERDOnde histórias criam vida. Descubra agora