SUPERNERD

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A VIAGEM DE TREM tem sido longa e cansativa, ele tem visto paisagens consideradas maravilhosas de Nova Iorque, mas Kyle não se interessou, ao menos se importou. Elas não o fizeram pensar, o fizeram parar para analisar que essa cidade parece ser tão pequena por expansão territorial, mas ela cresce sem parar, ela evolui, ela é a revolução. Isso o fez questionar sobre qual o motivo de um assassino querer matar um assassino, ao menos que ele não seja um assassino, e seja sim a vítima!

Mas talvez isso seja improvável, ele obrigatoriamente precisava fazer uma ligação para Kean urgentemente.

Ele rapidamente desceu na próxima estação, não vira o nome ou ouviu a voz irritante da mulher falar, apenas se levantou e saiu esteárico. Ele tinha uma pista, uma grande suspeita!

Ligou para Kean no exato momento, caiu na caixa de mensagens, ele ignorou esse aspecto e continuou a ligar, ligou mais de sete vezes, caramba!

— Por que não atende essa merda, Kean?! – Kyle, que já era por sinal um estressado, estava mais estressado. Podemos dizer que ser detetive investigativo não era a profissão adequada, que sua terapeuta, Alexia, indicaria. Mas quem é ela na fila do pão? Absolutamente ninguém! Quando Kyle Dylan coloca algo em sua cabeça ele vai até o fim, ele não desiste. Até porque não conseguiria, ele tem algo com conclusões, tudo precisa estar concluído, ele não pode ver nada de errado, ou alguma injustiça, tudo precisa estar perfeito ao modo dele!

Mas é por esse motivo, claro, que seu irmão fez ele ir em uma terapeuta duas vezes por semana, pelo seu stress pós-trabalho, pela sua ansiedade de conclusão, por tudo! Ele precisava se acalmar! Mas até parece que Kyle Dylan tomaria calmantes, ele nunca faria isso, muito orgulhoso para tal ato.

Ele queria jogar o telefone da ponte onde se encontrava, merda, onde ele foi parar?! Ele tentou mais uma vez ligar para o irmão, provavelmente em algum encontro que arrumou pela internet, via sites de namoro, porque o imbecil é tão desesperado que não consegue arrumar uma namorada decentemente.

— ALO?! – Kean disse rigorosamente do outro lado da linha.

— Imbecil! Não atende a merda das ligações, por quê?! – Kyle disse nervoso e estressado, como sempre.

— Eu estou ocupado! – Kean falou baixo.

— Não está fazendo nada de importante! Então venha me buscar, eu estou numa ponte, no meio do nada! – ele ordenou analisando o lugar.

— Eu 'to – Kyle o interrompeu.

— Não me interessa! – Kyle gritou – Eu tenho informações importantíssimas sobre o caso do sangue, eu descobri algo MUITO VÁLIDO! – o irmão gêmeo disse agitado, mas precisamente nervoso!

— Cara, eu não –

— Kean, essa mulher está com a vida sexual tão precária que precisou sair com você, então venha me buscar! Porque eu realmente me importo com você! – Kyle disse, mas por um breve momento Kean pensou ser seu pai. Eles eram idênticos, isso irritava Kyle.

— VOCÊ NÃO SABE ONDE VOCÊ ESTÁ! – Kean gritou de onde estava e isso assustou a elegante moça atrás do mesmo.

— Eu vou ver a localização! – ele entrou em seu aplicativo para se encontrar. Ele precisou desse aplicativo após se perder tantas vezes procurando pistas ou suspeitos, então literalmente cansou de ter contato audiovisual com as pessoas, e decidiu partir para a modernidade tecnológica.