Grunge

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14 de Abril, Quarta-feira,
Queens, Nova Iorque,
11:45 AM

O GRITO do professor de teatro ecoava por todo auditório fazendo com que os alunos insuportáveis se calassem, que era o que o professor Thompison queria já há algum tempo.

A aula de teatro do professor Thompison era a terceira mais agitada, e que os alunos consideravam desnecessárias, tirando Tracy Evans, que era a rainha do teatro.

A aula de teatro era a terceira mais desnecessária, chata e mais agitada, primeiramente, espanhol com a professora Shirley, um saco de mulher colombiana que parecia querer lesionar apenas para fazer os alunos dormirem, e em segundo, por aula mais agitada e comentada, as palestras sobre "relações sociais, sexualidade, gravidez na adolescência" com o professor de educação física, Pete Berlin, um italiano medíocre, careca, magrelo que parecia ter prazer em irritar e ferrar seus piores alunos, e ignorar os bons, típico professor comparado aos dos padrinhos mágicos, que sempre esta procurando uma falha, um defeito, para julgar e humilhar.

Esses três professores continuavam na escola por apenas dois motivo, odiavam tanto adolescentes que ninguém sabia o motivo de lesionarem, e por continuarem odiando adolescentes e fazendo a vida deles um inferno todos os dias.

Absolutamente ninguém estava animado com a peça que o professor iria escolher, até porque o professor não escolhia peças já existentes, ele mesmo as fazia e as projetava, porque para ele, suas peças eram muito boas para a Broadway.

— OKAY, ALUNOS INSUPORTÁVEIS! – o professor falou subindo no palco – Dessa vez não vai ser uma peça apenas, será diferente. – os alunos sussurravam entre si – CALEM A BOCA, ANIMAIS!

— Obrigado! – ele disse quando os alunos pararam de falar – Bom, retomando, eu não montarei nenhuma peça, eu não as dirigirei, não será eu, serão vocês! Vocês vão escrever o roteiro, montar o cenário, cuidar da maquiagem, das roupas, de tudo! E eu não quero absolutamente NENHUMA peça existente, vocês iram criá-las.

Todos se assustaram, mas talvez um dos maiores sonhos de Tracy estaria se realizando, ela finalmente iria atuar!

— PRESTEM ATENÇÃO NOS GRUPOS, SE NÃO PODEREM FICAR COM A PESSOA QUE VOCÊS NÃO GOSTAM, NEM APRECIAM, ENTÃO VÃO MORRER DE DESGOSTO E EU VOU TER QUE INVENTAR UMA DESCULPA RIDÍCULA PARA A COORDENAÇÃO SOBRE SUA MORTE!

— Esse professor é sempre assim? – uma garota loira com bochechas rosadas se aproximou de Tracy.

— Ah – Tracy se assustou – Oh, assim como? – ela franziu as sobrancelhas.

— Assim, desse jeito! – a menina disse fazendo caretas tentando se expressar melhor.

Tracy riu, mesmo estando desanimada – Você quis dizer dramático?

— Exato! Af, muito chato isso! – Tracy estava achando a menina bem legal, mas qual o problema dela com dramáticos? Tracy é uma dramática.

— Qual o problema com dramáticos?! – Tracy indagou elevando um pouco a voz.

— Nada! É, que, sei lá, eles são meio chatos por causa das dramatizações!

— SAI DESSA AULA! – Tracy disse, a menina riu.

— Você é nova? Porque nunca te vi por aqui! E olha eu conheço bastante gente! –Tracy disse puxando mais assunto.

— Ah, eu sou nova sim! Cheguei sexta-feira! – respondeu a garota.

— Po, que dia merdinha para uma novata! – Tracy disse rindo, a novata assentiu rindo.

— Eu sou – no mesmo momento o professor Thompison gritou o nome de Tracy chamando-a para vir à frente.

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