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❝A humanidade ganhou sua batalha. Liberdade tem um país agora.❞
LAFAYETTE, MARQUES DE

"Quem disse que eu não quero?" Louis olhou dentro dos meus olhos, sério, a centímetros do meu rosto. Podia sentir sua respiração de tão perto e tinha quase certeza que ele podia ouvir meus altos batimentos cardíacos.

Entretanto, não queria responder àquela pergunta da maneira como o de olhos azuis esperaria. "Você sabe o significado da palavra revolução?" Eu inquiri, aparentando calma, como se a proximidade de Louis, sua pele quente tocando a minha e seus lábios tão lindos e umedecidos não me afetassem. Eles me afetavam e muito.

"O que?" Louis perguntou, confuso, franzindo a testa e se afastando um pouco, apesar de ainda me segurar contra a parede de folhas.

"Você sabe?" Eu insisti, já que era mais fácil para mim pensar com ele mais longe.

"Eu estou aqui, querendo te beijar, e você me pergunta sobre gramática?" Louis diz, com um sorriso incrédulo, esperando que houvesse uma negativa por minha parte. Não houve e ele perdeu o sorriso, balançando a cabeça. "Só você mesmo."

"Responda à pergunta." Eu insisti novamente. Não iria deixar escapar. Se ele fosse embora, essa seria minha resposta. Acho que ele sabia disso, pois permaneceu firme e forte.

"Significa uma mudança drástica no governo dos Estados, Hazz. O que estamos fazendo agora nesse caso." Ele respondeu, a voz carinhosa, enquanto movia uma de suas mãos para acariciar minha testa e tirar certos cachos rebeldes da minha visão.

O toque quente na noite que esfriava me paralisou por um segundo, mas logo pus-me a acrescentar. "Primeiramente, significava o caminho contínuo e sempre igual dos planetas em latim. Justamente o contrário de mudança drástica."

O major revirou os olhos com minha atitude de sabichão. "Onde você quer chegar com isso, Har?"

"Você, Louis Tomlinson de Lafayette, é exatamente como a palavra revolução." Eu declarei, com um sorriso pretensioso nos lábios. Era uma das minhas melhores metáforas e ainda me surpreendo de tê-la pensado tão rápido.

"E você, Harry Styles, não deixa de ser irritante nem por um segundo!" Louis bufou, batendo sua mão, que antes acariciava meus cabelos, contra a parede de ervas a qual eu estava pressionado.

"Uma pessoa irritante que você adoraria beijar." Eu provoquei, piscando eu sua direção e fazendo ele se aproximar novamente. Seu cheiro era inebriante e me deixava um tanto tonto.

"Talvez fazer mais que só isso, se o irritante deixasse." Ele murmurou, enquanto dedilhava, com os dedos da mão direita, meu corpo, da minha cintura até meu peitoral, me causando pequenos arrepios de prazer.

"Quem disse que ele já não deixou?" Mordi os lábios, aproximando-me dos seus. Louis fechou os olhos e eu também, mas ao invés de prosseguir com um beijo, falei:"Mas antes, quero saber o que mudou sua opinião."

Louis arfou, decepcionado. Ele esperava um beijo. Eu também queria muito um, mas não poderia me entregar para ele da maneira como me entreguei anteriormente ou seria pisoteado, deixado de lado. "Você é muito frustrante, Harry... O que me fez mudar de opinião foi ver você depois daquele dia, tão deslumbrante, tão lindo, tão sensual..." Cada palavra era pronunciada em um tom mais grave, em meu ouvido, fazendo minha parte de baixo se animar mais do que já estava, principalmente levando em conta que eu mantinha meus olhos fechados. "Agora posso beijar a noiva?" Ele perguntou, ironicamente, se afastando e olhando bem nos meus olhos, enquanto eu os abria.

Não consegui me controlar mais. Queria beijar Louis. Queria ele, de qualquer maneira. "Pode levar ela para um quarto também, se for do seu desejo."

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