Capítulo V - Medo

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Estavamos nos arrumando, eu ja estava quase pronta, faltava colocar a bota e prender o cabelo. A porta se abre e uma menina loira que aparenta ter 14 anos entra. Ela tinha uma cara de assustada, e antes que eu pudesse analisar melhor seu rosto ela abaixa cabeça e continua a andar.

A garota anda até a unica cama vazia, a que fica de frente com a minha. Tinha um corpo definido, as roupas de couro pretas e marrons realçava suas curvas. No seu cinto estava preso duas armas. Prendeu seu cabelo em uma trança de cinco pontas. Ela parecia não perceber que os olhos de todos no quarto estavam nela. Uma espécie sinal muito irritante apitou e a voz da Isabella veio logo depois.

-Garotos, a porta será aberta e quero todos vocês na frente da porta uma fila organizada.- sua voz parecia um pouco mecanizada. Como se ela fosse um robô, mas tinha uma pontada de desespero. O que fez uma careta se formar no meu rosto e despertar minha curiosidade.

A porta se abriu e fizemos a fila, sem trocar palavras. Olhei para Rafael, tinha uma expressão de confuso. Me segurei pra não rir, porque era muito engraçado.

- Me acompanhem- Isabella apareceu. Ela nos guiou ate a sala inicial. A que a vi pela primeira vez. Estava do mesmo jeito. Intocável, niguem arrumou nada não tirou as coisas que sobrou do aparador.

Paramos em frente ao espelho. Agora eu que tava confusa. Por que diabos estavamos parados de frente ao espelho. Todo mundo esperava alguma coisa. Eu não esperava nada, não, eu esperava explicações.

-Para vocês entrarem na casa e so atravessarem os espelho- ela falava com desanimo. Tipo aquelas mulheres que te atendem na cantina, de mal gosto e não gostam de trabalhar. Exatamente igual.- Vão, vão peguem suas coisas e entrem.

Um a um nos aproximamos do espelho. A garota loira tinha um claro desespero no rosto. Ela era a primeiro. Quando ela estava quase perto do espelho, parou. Começou a chorar e a gritar desesperada.

-Não, não, não eu não quero ir. Eu não vou, não quero morrer. Me tira daqui, deixa eu voltar pra minha família. Isabella, não faz isso. Por favor eu não quero, não quero- ela se ajoelhou na frente de Isabella implorando mais.

Ela continuva, sua voz quase não saia por causa dos soluços. Isabella tinha uma expressão amarga no rosto. Olhava pra ela com um ar superior. Um garoto entrou na sala, segurados por dois caras. Assim que a garota chorando e implorando, tentou de tudo para se soltar, mas claro foi inutil. Sendo assim o garoto começou a gritar também.

-Deixa ela, eu vou sozinho, não obriga ela ir. A Larissa não vai. Não é pra deixar ela ir. Minha irmã não vai. Ela não pode ir. Não deixa ela ir.- ele começou a chorar também. Estava claro o olhar a de raiva no rosto dela.

- Não, e silêncio- Gritou, e os dois se calaram, exeto pelo soluço da garota a sala ficou silenciosa- os dois vão, e se quiserem morram os dois, vai ser melhor para sua familia.

O garoto tinha um olha de ódio, os caras que seguravam ele o levou ate o espelho e o jogaram lá. Ele atravessou o espelho como se fosse água. A menina tentou correr, foi o para o corredor, mas depois de alguns gritos os dois guardas voltaram com ela. Ela se jogava no chão e se contorcia, como era mesmo o nome dela? Larissa, isso. Coitada da Larissa. Mas a jogaram para junto com seu irmão.

-Vão, vão, ja gastaram muito do meu tempo- Isabella falou. Um a um então entrou. Daniel, Marcia, quando chegou minha vez exitei, depois da cena do casal de irmãos. Eu senti uma coisa que não sentia a um tempo, medo de morrer. Fazer teatro não ia adiantar. Olhei para Isabella, ela tinha uma expressão de cansada. Rafael colocou a mão no meu ombro, e falou no meu ouvido:

-A gente vai junto.- assenti com a cabeça. Ele pegou minha mão e fomos andando ate o espelho. Dei um passo, mais um paso. De frente ao espelho so faltava mais um passo. Inspirei a máximo de ar, como se fosse o último ar "puro" que ja respirei.

Entrei minha mão ficou livre da mão do Rafael. A sensação de estar la era como se você colocasse sua mão na superfície da água. So que você sente com corpo inteiro. Não parecia que eu estava parada, ne caindo. Na verdade eu não sabia dizer. Abri meus olhos, era como estar em uma piscina, so que em vez de água metal.

Uma pressão forte se instalou no meu corpo e eu cai. Não sei com mas cai. Rafael ainda estava do meu lado (só que caido) de mãos dadas comigo. Soltamos as mãos envergonhados, fingi que nada havia acontecido. Me levantei. Tudo escuro. Fechei os olhos e abri. Não adiantava continuava escuro.

- Todo mundo ta aqui- uma voz conhecida falou.

- Sim- todos responderam.

-Tudo bem, todos que trouxeram lanternas peguem-nas- à voz conhecida era de Márcia. Vasculhei minha mochila atrás de minha lanterna. Quando a achei liguei.

Agora podia ver todos claramente. A Larissa estava abraçada com seu irmão, que eu não sei o nome. Mas agora que ela não estava de cabeça baixa pude ver seu rosto. Seus cabelos loiro presos em uma trança, pele bronzeada, olhos violetas. Uma boneca. Ostentava uma cicatriz no lábio inferior e uma logo a baixo do olho.

Seu irmão alto e forte, com cabelos curtos loiros escuros, olhos iguais os da irmã, violetas. Usava roupas pretas também. Tinha armas em sua cintura também.

Márcia estava claramente nos liderando. Rafael estava do meu lado, ele não tinha lanterna. Ao olhar melhor apenas, eu, Márcia e Daniel estavamos com lanternas na mão.

Mar falou alguma coisa e começou a nos guiar, os corredores eram quentes e abafados, eram largos o bastante, para andarmos três na frente e três atrás. Em compensação mal conseguia esticar os braços, que minhas mãos tocavam o teto. A medidas que andávamos, fui ficando mais tensa. Marcia e os dois irmãos estavam na frente. Eu, Daniel e Rafael estamos atrás. Não trocamos uma unica palavra, mas os olhares foram muitos.
A medida que andavamos, minha mente criava expectativas ruins. Aos poucos começei a sentir brisas geladas na nuca. E ver sombras com minha visão periférica. Eu estava claramente com medo, estava suando frio, minhas mãos geladas. Nunca tive medo desse modo. Presentia coisas ruins. E o simples fato de eu não saber o que esperar, piorava a situação, pois não tem como se proteger de uma coisa que você não sabe nada. O medo se instalou em mim por muito tempo.

Depois de uma eternidade andando no corredor, encontramos uma bifurcação, com mais três outros túneis. Estavamos cansados, então nos ajeitamos ali, não estava com fome. E acho que o medo casoi isso. Deitei mas não consegui dormir. Márcia se deitou ao meu lado e Larissa do outro. Me senti protegida mais protegida assim. Acabei dormindo.

Mas medo não me deixa.

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Sorry. Sério desculpa mesmo.
Não estou cumprindo com que prometo. Mas dessa ves eu juro que vou postar nos dias prometidos.
Estava sem criatividade. Mas esta ai.
Obg!!! Você que leu. Se gostou deixe seu voto ⭐. E seu comentário!
Me ajuda muito!!
Obg, e até a próxima.

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