Capítulo 1: A vida é Estranha

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- Onde estou? O que está acontecer? - Acorda num lugar estranho, floresta talvez, sem saber onde estava, pois é um sítio que não lhe era conhecido. - Eu estou presa numa tempestade? Como cheguei aqui?...e onde é "aqui"? - levantou-se assustada.- Espera...Consigo ver uma casa junto ao mar...eu estarei segura se eu conseguir chegar lá...

Enquanto Elena caminhava até a casa, não conseguia ver nada, queria conseguir ver alguma coisa, mas só sentia o vento a fechar-lhe os olhos e a percorrer nela...na verdade ela queria era chegar o mais rápido possível, estava com medo, só conseguia ouvir a chuva e a trovada que se fazia...

- Finalmente cheguei...está mais confortável aqui dentro, mas gostava de encontrar algum interruptor da luz, nem tenho o telemóvel para ligar o flash - diz, Elena, como medo de aparecer alguma coisa ou alguém

A casa era como aquelas que desenhamos no primeiro ciclo, um quadrado, uma porta e duas janelas, entrou e nem pensou do que poderia acontecer, ou se estivesse alguém lá dentro...só queria entrar. A casa não estava mobilada, sem memorias de alguém que lá estivesse estado. 

- Wooow, o que está acontecer? - Olhou para uma das janelas e um enorme remoinho vindo em direcção do mar estava a destruir tudo o que lhe aparecia em frente e de repente um barco que rodopiava veio em direcção a casa e destruiu-a.- Woow, isto foi tão surreal. - Acordou, ela, na aula de fotografia.- Ok...eu estou em sala de aula...está tudo bem...eu estou bem! -  diz, tranquilizada - Eu não cai no sono, e... tenho quase a certeza que isto não foi um sonho...Estranho. - apanhou a caneta que deixou cair enquanto estava a entrar neste "submundo" a ouvir o professor. 

 Alaric Wood, ele é um homem elegante, atraente, carismático, sempre com aquela postura de professor, pouco sorri, mas ela não ficava indiferente em olhar para ele, cabelo castanho, olhos azuis, uma pele limpa, bem é um homem que gosta de cuidar de si.

Começa a olhar para a mesa..sempre desarrumada, câmara fotográfica, o seu estojo, lápis espalhados,  folhas desenhadas, desenhos que não se percebem e uma fotografia que tirou para um concurso que o professor pediu para ela entrar, ele diz que ela é muito boa a fazer fotografia, mas Elena acha que não, diz-se ser muito insegura de si, e de facto a fotografia que ela tirou não está algo que realce, ela não sabe se vai ainda concorrer ao concurso, não tem tido tempo para fotografar.

- Eu amo a minha câmara analógica...Eu devia tirar uma fotografia rápida agora. - Diz Elena

- Então, se alguém quiser questionar o retrato como narcisismo moderno, esses podem voltar...Shhh, acreditem, Elena, fez o que vocês, crianças chamam de "selfie"... A palavra idiota para a maravilhosa tradição fotográfica. E a Elena, ela tem um dom. - ouvesse o flash da fotografia. - Claro que, como todos deviam saber, o retrato tem sido popular desde o início dos anos 1800. A vossa geração não foi a primeira a usar imagens para as lindas selfies que vocês tiram. Desculpem se pensavam isso. Não resisti em dizer isto. O ponto é que o retrato sempre foi um aspecto vital da arte e fotografia, até aos dias de hoje. Mas Elena, já que adoras tirar fotografias nas aulas sem a minha autorização, claramente que queres participar na conversa, podes fazer o favor de dizer-nos o nome do processo que deu à luz o primeiro auto-retrato?- pergunta, professor enquanto limpava as lentes dos óculos na blusa.

- "Ele está a perguntar a mim? não sei o que dizer...lembro me de termos estudado isto numa aula pratica..." - diz Elena para ela. - Eu sabia, mas neste momento, não me lembro. - meio assustada com medo da resposta do professor

- Sabes ou não Elena?...Há algum idiota nesta sala que saiba? - pergunta, o professor, zangado por Elena não saber a resposta.

- Louis Daguerre, foi um pintor francês que criou um processo que deu aos retratos um estilo reflexivo, como um espelho. -"A "inteligente" da turma tinha que falar, Caroline...rica e arrogante, uma esnobe, cabelos loiros e curto, está constantemente a tentar deitar a baixo e a perturbar, não só a Elena, mas a outras raparigas da escola, como a Anna. Filha dos donos de uma galeria de arte, e isso faz com que ela seja sempre pressionada a ser a melhor, independente de em quem tenha que pisar."

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