Capítulo 33 - Mulher desconhecida

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Algum tempo atrás...

*

 Oliver

Estou correndo por um jardim magnífico ao lado de dois pequenos meninos, ambos mais novos que eu. Eles parecem me conhecer muito bem, pois sua intimidade ao falar comigo soa como se nós três fôssemos muito próximos.

Passo rapidamente ao lado de uma roseira espinhosa e sem querer eu me esbarro na mesma.

– Ai.

Olho para o meu pequeno braço e noto que o mesmo agora se encontra arranhado.

– Oliver! – Um dos meninos exclama.

Logo o que tinha cabelos loiros cacheados se aproxima de mim e segura o meu braço.

– Você fez dodói.

O pequeno menino se aproxima do meu recém-machucado e gentilmente o beija.

– Mamãe diz que beijo sala dodói.

Sorrio para tranquilizá-lo e o mesmo retribui o sorriso contente.

– Gabriel, vá chamar a mamãe. – Diz o outro menino.

– Mas...

– Agora.

Então o menininho de cabelos loiros me olha tristonho e sem dizer uma palavra ele sai correndo do jardim.

– Você está bem?

Olho para o sério menino de cabelos castanhos e sem dizer uma palavra eu afirmo com a cabeça.

– Papai vai ficar uma fera se souber que você se machucou de novo por brincar conosco.

Noto o semblante cansado do jovem menino, e sem pensar muito nos meus atos eu ergo a minha mão e acaricio os seus cabelos.

– Obrigado. – Ele diz baixinho.

Então eu afasto a minha mão e sorrio para ele. Em seguida somos interrompidos por um breve grito feminino.

– Oliver! – Exclama uma linda mulher correndo em minha direção.

Logo ela se ajoelha em minha frente e me acolhe em seus braços, depois ela me afasta e segura o meu pulso gentilmente.

– Como isso aconteceu? – Pergunta preocupada.

– Ele se esbarrou em uma das roseiras.

Então a mulher lança um olhar de repreensão para o menino de cabelos castanhos.

– Quantas vezes eu já disse que não é para vocês brincarem no meu jardim? É perigoso, e vocês sabem o quanto o vosso pai fica bravo quando o Oliver se machuca.

– Desculpa mamãe.

Os dois meninos olham arrependidos para a bela mulher, e ela ao ver o olhar de ambos, estende a mão e os chama para um abraço.

– Eu desculpo vocês, mas só se me prometerem que não virão mais aqui sem a minha permissão. Vocês prometem?

– Sim.

Então ela nos abraça em conjunto, e após se afastar, ela segura os seus cabelos loiros e os enrola em um coque.

– Quem quer ajudar a mamãe a regar as flores?

– Eu! – Respondemos em uníssono.

Então a bela mulher abre um grande sorriso enquanto nos encara com os seus brilhantes olhos azuis.

O Doce Aroma da TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora