8 Capítulo

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Eu tinha tudo esquematizado só não tinha pensado no mais obvio: COMO MATAR O MARRETA SEM SER DESCOBERTO... Vou ter que pensar em uma maneira, de ter a ajuda de alguém, assim que cheguei no presídio já fui observando tudo, não via ninguém que eu pudesse confiar, teria que ganhar a confiança dos policiais, me colocaram em uma cela que estava vazia mas tinha duas camas desarrumadas, talvez eu tenha problemas aqui, todos fomos encaminhados a uma cela especifica pelo tipo de crime e o grau de periculosidade, os presos comuns daqui provavelmente estão no horário de almoço ou banho de sol, eu terminei de por a roupa horrível do presidio e coloquei a antiga na caixa para eles recolherem depois disso me revistaram e revistaram a cela, um policial parou do meu lado ouvi ele dizer " se cooperar pode ter o que quiser aqui, mas cuidado as câmeras ficam ligadas até a meia-noite" assim que ele falou isso, uma sirene muito alta tocou, e um policial gritou " cada um em sua cela sem cerimônia ou eu cancelo o banho de sol de amanha" tudo os presos foram entrando nas celas e eu estava deitado na única cama que não estava bagunçada, quando olho pra frente meus olhos brilham bem a minha frente estava Quilate, um homem que junto com 5 homens tomou todo o complexo reinou por cinco anis fez um legado matou mais de 300 policiais e depois resolveu tirar férias, foi pego em Possos de Caldas, na cama com duas coelhinhas da Playboy, ele foi preso sorrindo, e mesmo daqui de dentro ainda comanda o complexo
Quilate: meu colega Polegar - ele sorriu - a casa caiu pra você parceiro?
Gabriel: não eu me entreguei - também sorri - tenho assuntos pendentes aqui e acho que você vai adorar me ajudar
Quilate: Marreta - os olhos dele brilhava ele olhou pro companheiro de cela e sorriu - amanhã você vai descobrir o que puder sobre o marreta e me fala - o rapaz acentiu e foi deitar em sua cama - me conta como foi que se entregou
Gabriel: tive que inventar a maior história pra conseguir sair do morro ai fui pra delegacia e... - eu contei tudo pra ele e ele ria em algumas partes e em outras ele me chamava de louco, falei pra ele sobre o que o policial me falou e ele disse que seria uma ajuda, precisávamos ou mandar ele pra solitária ou conseguir que os companheiros de cela dele fiquem do nosso lado, teríamos longos dias pela frente.

Passagem de tempo - 5 dias

Advogado: Bom Gabriel, eu sou seu novo advogado seu irmão me explicou a situação e agora eu quero que me fale a verdade, não posso tentar te manter aqui dentro sem saber o real motivo.
Gabriel: dois motivos acerto e família
Advogado: você quer fazer um acerto aqui dentro por causa da sua família?
Gabriel: Quase isso, tem um cara aqui que ajudou a matar minha mãe, e eu deixei minha mulher me esperando lá fora
Advogado: então arruma um jeito rápido de resolver suas coisas aqui dentro porque em um mês você será julgado se a sentença for dada e você fizer depois pode ser que não saia tão cedo.

Gabriel: não é tão simples assim, eu preciso conseguir chegar até ele, se fosse fácil assim eu já teria feito - ele me explicou mais algumas coisas e eu falei mais algumas coisas pra ele também e ai voltei pra minha cela, expliquei pro Quilate o que havia acontecido e combinamos de hoje após a 00:30 nós iriamos circular pelo presidio atrás da cela do marreta.... E assim foi feito achamos a cela dele e o bonito não tinha companheiros de cela, entramos na surdina e amarramos um pano na boca dele pra não fazer muito barulho, amarramos as mãos nas costas e depois amarramos um lençol no pescoço assim que ele despertasse iria se enforcar sozinho e seria difícil descobrirem que fomos nós, saímos rapidamente e fomos dormir...

Passagem de tempo - 4 dias

Hoje seria meu julgamento, ninguém ficou sabendo que eu tinha envolvimento com a morte do marreta, alguem desamarrou as mãos dele antes que o achassem, eu estava me preparando para o meu julgamento e saber quanto tempo terei que ficar aqui.

Depois de muito falar, depois de me interrogarem diversas vezes, interrogarem moradores da minha antiga favela, interrogarem policiais o Juiz bateu o martelo.

A CariokiinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora