Nossa menininha

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Luan narrando:

A noite passou e minha hora de ir pra SP está se aproximando. Minha pequena está me encarando.

Eu: Que foi? - Pergunto olhando pra ela pelo espelho.

Kathellin: Tu tá muito escroto com essa faixa e essa roupa. Tipo, escroto mesmo.

Eu: Sei que cê gosta. - pisco um olho.

Kathellin: Por que eu ainda tô namorando você mesmo?

Eu: Porque eu sou um puta de um gostoso.

Kathellin: Esqueceu de dizer que é um puta gato. E me pega de um jeito, que meu senhor amada Cristo. Me deixa louca. - Ela se abana com as mãos.

Eu: Viu porque você ainda tá comigo. Você num vive sem meu Jr. 

Kathellin: Cruzes, Luan. Só fala merda.

Eu: Num menti. Mas vem cá. Ocê num gostou da minha roupa né?

Kathellin: Não. Tá feio, estranho, esquisito. Resumindo, tá horrível.

Eu: Calma. Não precisa exagerar. Me ajuda a me arrumar então.

Kathellin: Okay.

Eu: Okay. - Ela me senta na cama e começa a mexer nas bolsas procurando roupa. Fico quieto enquanto ela me arruma. To me sentindo um rei.

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Depois de um tempo, Kathellin diz que acabou de me arrumar.

Eu: Posso ver?

Kathellin: Pode. - Ela sai da minha frente dando visão pro espelho. Nossa. Ela me arrumou mesmo. Sei que parece bem coisa de viado, mas ela pranchou meu cabelo, e prendeu a parte de cima em um coque. A roupa que ela escolheu é completamente diferente do que sou acostumado, mas ficou bom. Uma camisa de botão preta, uma calça jeans e um tênis.

Eu: Nossa. Amor. Tô bonito, num tô?- Ela abraça meu preços.

Kathellin: Tá um gato.

Eu: Então me da um beijão. Daqueles de cinema. - Ela ri, mas me beija. - Hmm. Só. Vou. Voltar. Na. Segunda. A noite. - Digo entre um beijo e outro.

Kathellin: Segunda de manhã vou no Rio com a Bruna. Vamos confirmar se é Manuella mesmo.

Eu: Tenho certeza que sim. Nossa Manuella.

Kathellin: É. Manuella. Eu só fico triste porque não tem nome de anjo pra menina.

Eu: Como não? Angel.

Kathellin: Eu já pensei nisso. Mas seu pai tá tão feliz com Manuella.

Eu: Também gosto, mas não podemos juntar os dois?

Kathellin: Como assim?

Eu: Angel Manuella.

Kathellin: Sei não hein, Luan.

Eu: Pensa. Agora deixa eu ir, se não fica tarde e vou acabar cancelando o show.

Kathellin: Vai. Vou te levar no portão.- Pego minha bolsa e a mão de Kathellin. Me despeço de todos.

Eu: Bom, tchau. - Abraço minha pequena e dou um beijo nela.

Kathellin: Só esse beijinho mixo. Vai nem sentir saudade. - Diz fazendo bico.

Eu: Tá. Vem cá.

Kathellin: Também não quero mais.

Eu: Para de graça. Eu sei que cê quer. - A puxo pela cintura e a Beijo. Ela bota a mão no meu peito e me empurra de modo que eu bata de costas no carro. - Será que dá tempo de uma rapidinha dentro do carro.

Kathellin: Não. Agora vai. - Ela me da vários selhinhos e mordidas no lábio.

Eu: Se você parar de me provocar eu vou.

Kathellin: Tá. Parei. Vai. - Ela me empurra.

Eu: Se cuida e cuida da nossa menininha ai dentro. - Dou um beijo em sua barriga. - Tchau filha.

Kathellin: Ela vai sentir sua falta e eu também.

Eu: Também vou. - Entro no carro.- Cuidado na estrada você e Bruna.

Kathellin: Okay.

Eu: Okay.

Kathellin: Okay. Dirige com cuidado amor.

Eu: Okay. Eu te amo.

Kathellin: Te amo.

Eu: Ah, vou fechar bastante meus olhos enquanto tiver fora e sentir saudades.

Kathellin: Pra que?

Eu: Uai. É que se eu fecho os meus olhos te imagino nua. - Ela cerra os olhos pra mim.

Kathellin: Antigamente você falava que se fechava os olhos imaginava a gente. Hoje em dia diz que se fecha os olhos me imagina nua. Evolução né queridinho?!

Eu: Uai, as pessoas precisam evoluir.

Kathellin: Tu num vale nada hein. Agora vai. Tchau. Te amo.

Eu: Te amo. - Saio com o carro. Eu amo ela demais.

Vai ser difícil ficar longe dela. Cada dia que passo perto dela, me apaixono mais e mais. Depois que a Manuella nascer, vai ser mais difícil ainda ir pra longe delas. Nunca pensei que um dia eu ia estar apaixonado por uma garota de quinze anos com a mentalidade de uma criança de cinco anos em alguns momentos e de uma mulher experiente em outros. Agora temos nossa filha. Espero, espero mesmo que seja menina.

Me veio a cabeça a idéia de ser menino. E se for? Eu não sei como seria ter um menino em casa. Eu sou acostumado a ter mulheres em casa. A Bruna, minha mãe, a Joana, minhas fãs, a Kathellin.

Bom, vou me concentrar na estrada.

Ligo o rádio. Sei que parece idiota, mas coloco o som do coração da minha filha batendo na ultra. Amo esse som. Me faz perceber que ela realmente esta ali. Acho que  todo cara fica assim.

Sonhando Incondicionalmente. Onde histórias criam vida. Descubra agora