Sonhando Incondicionalmente.

Jantar com a família.

Kathellin Narrando:

Depois do banho, coloco um short jeans verde curto, uma blusa cinza e longa. Deixo o cabelo solto, calço meus chinelos e saio do quarto deixando Luan só de toalha. Tenho que admitir que ele fica uma delícia assim.

Passo no quarto de Laura e mando ela se arrumar. Desço e vou pra cozinha, arrumo tudo na mesa com a ajuda de Rodolfo. Faço uma sobremesa rápida, palha italiana.

Escuto o barulho da porta e logo em seguida o furacão Bruna está me abraçando. Minha reação é gritar.

Bruna: Sua louca. Você sumiu.

Eu: Com licença que você foi quem sumiu lá de casa.

Bruna: Ok. Admito. Mas só não ia por conta do meu curso de teatro.

Eu: Ah. E eu não podia vir pra cá por conta da escola.

Bruna: Como vai meu sobrinho? - Pergunta acariciando minha barriga.

Eu: Vai bem. Mexendo nas piores horas.

Bruna: Ele nunca mexe comigo!

Eu: É raro ela mexer. Só mexe com o Luan ou quando falamos do Luan.

Bruna: Sério?

Eu: Sim. Se eu falar que o Luan é só meu, ela mexe. É por isso que eu acho que é menina.

Bruna: Então quer dizer que podemos ter uma menina ciumenta na família?

Eu: Sim.  - Luan aparece.

Luan: Amorzinha. Meus pais chegaram. E a Laura tá sem graça. Vamos lá?

Eu: Sim. - Pego a mão dele e o acompanho até a sala de jantar.

A Dona Marizete e o Seu Amarildo me olham. Dona Marizete parece não gostar de mim de começo.

Luan: Mamusca, Mone, essa é a Kathellin, minha namorada. E esse ou essa é Manuella ou Daniel, Nosso bebê - Luan levanta minha blusa expondo minha barriga.

Eu: Prazer. Nossa, é um sonho conhecer vocês. - Estendo a mão. Eles me encaram e seu Amarildo sorri e me abraça.

Amarildo: É finalmente um prazer conhecer a garota que conquistou meu filho.

Eu: Que isso. Eu que acho um prazer conhecer o senhor e a senhora. Eu sempre quis conhecer a família Santana.

Amarildo: E agora você é parte dela.

Eu: Que isso. Nem é pra tanto.

Amarildo: É pra tanto sim. Você tá grávida de um neto nosso. Pra mim já faz parte a família.

Eu: Obrigado. - Olho pra Dona Marizete. - E pra senhora? Já sou da família pra senhora Dona Marizete? - Luan e Amarildo olham pra ela.

Marizete: Me chama de Mari. - Sorrio.

Eu: Será que eu posso te dar um abraço? - Ela fica me olhando e finalmente sorri.

Marizete: Pode. - A Abraço. Um abraço acolhedor. Abraço de mãe. - Seja bem vinda a Família minha querida.

Eu: Obrigado.

Luan: Vamos comer?

Eu: Uai. Você num disse que não ia comer se eu não falasse o que era?

Luan:  Mudei de idéia.

Amarildo: Normal. Vive com fome.

Eu: Verdade. Vamos comer? Espero que gostem. Foi eu que fiz. - Sentamos a mesa e Rodolfo serve. Fico ansiosa vendo a reação deles.

Luan: Nossa, amor. Isso ta bom. Que trem é esse?

Eu: Carne ao molho madeira.

Amarildo: Nossa. Concordo com o Luan. Esse trem tá bom mesmo.

Bruna: Nossa. Eu vivo de dieta, mas hoje vou repetir.

Laura: Olha. Eu não sabia que você sabia cozinhar.

Eu: Amor, tem muitas coisas sobre mim que você não sabe baby. - Ela faz uma cara.

Luan: Come amor. Ta bom.

Eu: Eu agradeço os elogios, mas eu só consigo comer depois da opinião da Dona Mari.

Marizete: Tá muito bom. Depois me passa a receita.

Eu: Claro. Depois te passo a receita. Vamos comer.

Comemos. Preciso admitir que está realmente bom.

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Depois de jantar, estamos sentados no sofá comendo palha italiana. Luan está se arrumando pro show. Eu ei de ficar em casa com a família. Estão me mimando por conta do bebê e perguntando coisas. Bruna e Mari estão acariciando minha barriga.

Amarildo: Já escolheu nome?

Eu: Já. Se for menina, será Manuella. Se for menino Miguel, Gabriel ou Daniel.

Amarildo: Manuela. É o nome da minha mãe.

Eu: Eu sei. Já gostava do nome, depois que descobri isso, só aumentou minha vontade de por Manuela. Só que se soletra diferente.

Marizete: Como?

Eu: M. A. N. U. E. L. L. A.

Amarildo: Também fica bom. O que você acha que vai ser?

Eu: Menina. Ela reclama quando falo do Luan. Tem tipo ciúme. Mexe quando não falo que o Luan é dela ou dele.

Amarildo: Com certeza é ela.

Marizete: Quando eu tava grávida da Bruna, ela mexia só com o Amarildo.

Eu: O bebê também é assim. Mexe muito quando eu falo Manuella. Se eu pergunto ela mexe.

Bruna: Serio?

Eu: Sim. Manuella. Filha, mexe pra vovó e pra tia Bruneca. Manuella. - Ela mexe.

Bruna: Ai. Eu senti. Você sentou mãe?

Marizete: Sim. - A van buzina. Luan desce.

Luan: Depois do show te vejo. Tchau gente. Tchau amor. - Ele me da um beijo. Quando levanta, o bebê começa a mexer de um jeito violento.

Marizete: Gente.

Eu: Ui. Luan, volta. Volta.

Luan: Que?

Eu: Acalma sua filha antes de ir. Ela está com raiva que você a ignorou. - Ele abaixa e encosta a boca na minha barriga.

Luan: Calma filha. Papai volta.

Eu: Ela num tá mexendo porque cê ta indo. Ela tá mexendo porque você nun falou com ela. Então trate de se desculpar.

Luan: Desculpa filha. Papai nunca vai esquecer de você. Eu te amo pequena. Depois papai tá de volta. - Ela para de mexer. - Pronto. Tchau amor. - Ele me da um beijo, da um beijo na minha barriga, na mãe e na irmã e sai.

Marizete: Ela fica irritada quando o Luan ignora ela hein.

Eu: Nem me fale. Isso quando nascer vai ser apegada ao pai que nem abelha a mel.

Marizete: A Bruna era assim com o Amarildo. Hoje em dia é assim com o Breno.

Bruna: Mãe!

Marizete: Que foi? Não menti. - Rimos.

Passamos o resto da noite conversando. Depois eu subi com a Laura e fui dormir. Estava cansada.