Capitulo seis

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*segunda*

Eu tinha voltado, tinha retornado aquele lugar mágico, sorrio e meu motorista me deixa no local de gravação, hoje seria o episódio do ensaio da peça da escola, sempre que treinava sozinha, ria muito, só queria ver com Rugge.

"Bom dia, bom dia" - diz o diretor animado - "estão todos com uma cara ótima" - olho ao redor, apenas eu e Rugge faríamos essa cena rimos e negamos -"começamos  em 20 minutos, já pros camarins"

Eles geralmente construíam um pequeno deck atrás das câmeras onde ficava o estande de maquiagem e a cortina que usávamos como provadores. Assim que estávamos vestidos como Luna e Matteo nos apressamos pra começar.

"Oi furacão, pronta para ser a minha Julieta?" - sorrio e concordo

"Oi Romeu, sim pronta" - ele sorri com a cabeça baixa e vamos até o banco.

"3...2...1 ação" - escuto o click da claquete e início.

"Oh meu Romeu, Romeu quem o trouxe aqui?" - aperto meus lábios, eu já sabia sua resposta.

"Meus pés" - começo a rir e lá se vai uma cena errada, foco e respiro fundo, recomeço.

"Oh meu Romeu, Romeu quem o trouxe aqui?" - meus pés.

"Meus pés" - ele diz apontando para seus pés.

"Não, como assim os pés? O amor você tem que falar o amor"

"Olha só tá vendo, você queria se apaixonar por mim menina delivery" - ele faz uma cara de convencido e parece que estamos conversando sem atuar.

"Não, Não, não eu não a Julieta está apaixonada por você...A única coisa que eu quero que você siga o texto que escolhemos, ok?" - digo e ele cede.

"Ta, tá bom, tudo bem"

"Ta bom" - digo e tiro os fios de cabelo do meu rosto.

"o amor me disse onde você vivia, ele me aconselhou e guiou os meus olhos até esse banco" - bufo.

"Balcão" - o corrijo.

"É um banco!" - ele aponta e o ignoro.

"Bom , se me ama diga com sinceridade, de verdade tem que ser sincero. Te amo muito montéquio antes que pense que eu sou fraca, serei firme e constante diferente daquelas que são egocêntricas por causa da sua astúcia. AÍ esse texto é bem difícil" - digo e encaro o texto.

"Eu acredito, Julieta" -ele sobe no banco e me encara, me desequilíbrio e ele me dá apoio - "Ei ei cuidado, não quero que caia minha menina delivery"

"Não era pro Romeu subir no balcão" - digo.

"O professor disse para fazermos uma interpretação livre, livre é fazer o que der na telha, e eu pensei em subir neste banco. Vamos lá" - sorrio.

"Ta bom"

"Eu te juro minha amada... pelos raios de sol que há nesta Praça aqui..." - o interrompo tossindo.

"É tem que seguir o texto" - digo baixo apontando pro roteiro e em seguida pra ele.

"Que os seus olhos são azuis como o céu..."

"Matteo, são verdes" - o corrijo e ele enrola o roteiro.

"É uma metáfora -diz batendo com o roteiro em minha cabeça, sorrio e o abraço.

Ta bom, continua"

"Ta, continuando..." - ele diz e sorri do seu jeito Ruggero...

Assim que terminamos Ruggero vem até mim.

Um amor quase Impossível (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora