Capitulo quatro

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A gravação acabou, o primeiro episódio estava concluído, o pessoal se reuniu na lancheria e fui junto.

"Eai, o que achou?" - Ruggero pergunta ao meu lado.

"Eu ainda não acredito que estou aqui, fui escolhida com tantas garotas para o papel de Luna Valiente, eu não poderia dizer outra coisa a não ser que amei, que repetiria tudo de novo pra sentir o friozinho na barriga" - sorrio.

"Mas você sabe por que ele te escolheu, né?"

"Ah?" - falo confusa e ele sorri- "nunca saberemos o real motivo" - dou de ombros e dou uma mordida no meu hambúrguer.

"Acho que foi pelo seu jeitinho, é atrapalhada, alegre, esse jeito que só a Sevilla tem!" - rio de boca cheia e lhe dou um tapinha.

"Obrigada Ruggero, fico feliz por atuar ao seu lado!

"E eu acho um privilégio ter você de companheira" - sorrio - "e por favor, me chame de Rugge" - concordo e ficamos em silêncio, ele não conversa com o restante da mesa e nem eu com as meninas, ficamos ouvindo o assunto alheio, o pessoal estava cansado então nos levantamos pra ir embora, Rugge toca meu braço, sinto um leve arrepio e o encaro imediatamente.

"Karol, ah... topa um sorvete mais tarde?"

"Sorvete?" - sorrio, assim iria ficar diabética.

"Sim, ah sabe... pra comemorarmos o primeiro dia da série" - ele sorri timidamente e concordo.

"Ótimo, pode ser as 18h, queria passar em casa" - ele concorda, encaro o relógio e era 17:30.

"Ta bom, se me passar seu endereço, te pego em casa" - concordo, levantamos e ele se aproxima de mim me dando um beijo na bochecha, coro imediatamente e ele começa a rir.

"Tchau, idiota" - digo e apresso o passo.

Assim que cheguei em casa fui direto pro banho, passo seus cremes e me perfumo, saio do closet vestindo um short rosa, blusa branca com bolinhas rosa e sapatilha preta, acho um bom look pra um passeio na sorveteria.

"Mamãe e papai" - digo descendo as escadas, ela descia o olhar da tv pra mim e sorri em aprovação - "irei sair daqui a pouco com um colega, teria problema?"

"Claro por mim tudo bem, juízo em mocinha" - meu pai diz sorrindo e mamãe concorda.

"Claro, filha, é bom pra você se enturmar" - concordo sorrindo, mamãe sabia que eu era tímida pra fazer amizade no primeiro momento, espero perder isso agora como Luna.

"Obrigada gente! Amo vocês" - digo e olho pro relógio, 17:50, sento com meus pais pra assistir um pouco de tv, começo a batucar meu dedo no meu braço, olho de novo no relógio 18:10 ele desistiu? Escuto uma batida na porta e dei um pulo do sofá - "vocês dois fiquem aí!" - digo rindo e lhes dou um forte abraços seguidos de beijos.

Abro a porta e passo apressada, ele estava sorrindo.

"Oi, Luna furacão" - pisco lentamente os olhos fazendo careta.

"Que engraçadinho!" - ele sorri do seu jeito tímido olhando para baixo - "aqui não é a Série!"

"Eu sei mais é que... é um apelido particularmente meu" - ele piscou pra mim e me sinto corar levemente.

"Ah tá, desculpa. Vamos?" - digo, não aguento mais ficar em frente a casa dos meus pais, já imaginei minha mãe abrindo a porta e o convidando pra entrar e meu pai o espantando com um cabo de vassoura.

"Sim. Desculpa o atraso eu passei em um lugar pra compra uma coisinha" - concordo e vamos na sorveteria.

Ele abre a porta pra mim, ligo o rádio pra criar um ambiente melhor que o silêncio.
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Um amor quase Impossível (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora