Capitulo dez

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As férias chegaram. E não me trouxeram nenhuma disposição. Estava deitada na cama lamentando minha paixão não mútua, quando Carol me manda mensagem, estava a ensinando a patinar aos poucos, ela já queria adiantar pra não dar tanto trabalho ao real treinador. Sorrio e deixo o desânimo de lado, me levanto e assim que termino minhas higienes vou até o parque.

Por ser sempre certinha no horário, já me esperava sorrindo no banco, com os patins calçados e com todas as proteções possíveis, ri assim que a vi.

"Por que não veio enrolada a um plástico bolha?" - debocho rindo, sento ao seu lado e a envolvo em um caloroso abraço.

"Boa ideia, deveria ter me dito antes" - ela sorri - "e então?" - me olha com um ar debochado, rolo os olhos e nego.

"Nananinanão, nem comece com essa carinha, sei exatamente o que quer me perguntar" - coloco a mão sobre os olhos - "meu único foco agora é você, depois podemos tomar um sorvete e te conto tudo" - ela sorri e concorda se levantando, a aplaudo sorrindo - "você fez um avanço!"

"Ando me esforçando bastante" - ela sorri e concordo.

Patinamos por longas horas, estávamos exaustas. Carol reclamou de dor nos pés, então fui sozinha buscar o sorvete.


CAROL

Pisco os olhos diversas vezes para ver se é ele mesmo vindo em minha direção. Sim, era. Eu conhecia aquele jeito tímido de andar com as mãos no bolso, era Agustín. Puxo rapidamente meu celular e finjo estar em uma ligação, assim que ele se aproxima o suficiente para ouvir começo a atuar.

"Oi mamãe, aram já vou para casa! Sim, a caminho. Amo-te" - digo e desligo o celular, ele estava parado em minha frente com um sorriso tímido.

"Está de saída? Quer que eu te acompanhe?" - coro e baixo o olhar.

"Na-não precisa, eu preciso buscar um negócio para minha mãe no mercado. Não quero tomar seu tempo" - sorrio e coloco uma mexa de cabelo atrás da orelha.

"Não me importo" - ele sorri tímido - "ei" - diz apontando para trás de mim - "aquela é a Sevilla?" - fecho os olhos com força e viro de costas a ele.

"É...estávamos juntas" - viro pra ele - "já que já estou indo" - disse rápido.

"Seu sorvete!" - Karol diz me entregando a embalagem - "Oi, Agus. Veio patinar?" - os dois se cumprimentam, ele sorri e concorda.

"Estou esperando o Rugge, mas sabe como ele é. Sempre atrasado" - ambos riem, Karol apoia seu ombro sobre mim e me puxa para sentar ao banco em seu lado.

"É... você não vai se atrasar?" - Agus diz me encarando, concordo e antes de eu levantar, Karol forca seu braço para baixo.

"Atrasar?" - a encaro, suas sobrancelhas arqueadas entrega que não acreditará em nada do que eu dizer.

"Preciso buscar algo pra minha mãe" - digo.

"Ah não, não. Já falei com ela, seu pai buscou, então Agus? Quer se juntar a nós?" - ela estende um picolé fechado a ele, havia trazido a mais, ele sorri e o pega, sentando ao meu lado. Encaro Karol que me da um sorriso vitorioso, enquanto Agus tenta vencer a luta contra a embalagem ela se aproxima de mim e sussurra - "ele é uma PESSOA!"

Suspiro e dou de ombros envergonhada, mentir só para evitá-lo, que idiota! Ele sorri e coloca o picolé entre os lábios, aponta para frente e avistamos Ruggero. Sinto a agitação de Karol ao meu lado e dou um sorriso ladino silabando suas mesmas palavras: uma PESSOA!

Um amor quase Impossível (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora