"Ela vai vir me ver hoje a noite"

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  "Meu nome é Mary tenho 16 anos, gosto de escrever, resolvi escrever este diário para souberem meu dia a dia e.."

- Mary! Vamos logo querida, o horário de visita acaba as 15:00! - disse minha mãe.
- Já estou indo mãe! - Gritei.

"..são 13:27 estou indo visitar minha avó, ela está em um sanatório em Kentucky vamos ir visita-lá, hoje é dia de visita."

  Desci as escadas com meu celular e deixei meu diário acima de minha cama e entrei no carro. Meu pai já estava furioso pois não gosta de esperar.
- Poxa Mary! Você demora demais, você já é uma moça, tem que se apressar e saber que não pode atrasar seus compromissos.- Disse Jhon meu pai.
- Ta pai ja entendi, agora quem está atrasando e não está dirigindo é você. Vamos logo então.- Peguei meu fone de ouvido e coloquei música até chegarmos no sanatório.

*Marilyn Manson - Sweet Dreams*

  Por fim chegamos ao sanatório já era 14:00 meu pai estava irritado pois eu demorei e assim teriamos pouco tempo de visita. Quando se entra no sanatório.. é uma sensação tanto meia que estranha, cheiro estranho e o pior são as pessoas, elas parecem como crianças em cadeiras de rodas brincando, falando sozinhas.. chega dar medo.

  Meu pai chegou e se dirigiu á recepção aonde havia um balcão enorme com algumas enfermeiras sentadas lá, ah elas não servem pra nada, ficam paradas sem cuidar dos pacientes mexendo em seus celulares ou conversando entre si. Meu pai foi falar com uma delas dizendo que iria visitar a mãe dele, passou os dados como sempre faz e entramos.. na entrada do corredor para nós vermos a minha avó, era muito sujo, havia sangue pelo chão, alguns cacos bem pequenos de vidros e uma moça que me parecia jovem tentando limpar aquele corredor imundo, oque parecia meio impossivel limpar para depois virem sujar.

  Chegando na sala lá estava a minha avó, ela sempre estava sentada virada de costas para a porta e olhando sempre a parede, sempre que íamos lá ela estava naquele estado. As vezes ela lembrava quem era a gente, as vezes ficava quieta, eu tinha medo dela, mas não deveria ter porque sei que ela é só uma pessoa sem noção do que faz ou já fez e que tem perda de memória. Meus pais tentavam conversar com ela, mas naquele dia ela estava muito agitada, ela andava para todos os cantos do quarto sem parar e falava "Ela vai vir me ver hoje a noite. Ela vai vir me ver hoje a noite." várias vezes repetidamente. Deu 15:00 a gente teve que ir embora e sempre quando da 15:00 eu dou graças por ter saído viva de lá aquele sanatório me da medo. Ao meio do caminho pra casa paramos em um restaurante para comer algo, pois não haviamos almoçado, acordamos depois das 13:00 e eu atrasei pra me arrumar ai a gente resolveu parar para comer algo naquele dia. Paramos e comemos e ficamos conversando por um bom tempo na mesa sobre a vovó saímos de lá por volta das 16:30, 17:00.

  Na volta para a casa após o restaurante eu não parava de pensar na vovó e sobre oque ela havia dito, aquilo me dava medo, aflição, uma coisa que me arrepiava só de pensar, eu tinha medo de que a vovó morresse lá por isso eu fiquei tão nervosa pelo oque ela havia dito.  

  Chegando em casa meus pais subiram para seu quarto e ficaram lá, eu fiquei no andar de baixo na sala mesmo e acabei dormindo ali vendo TV naquele dia. Acordei pela madrugada era exatamente 3:09 isso me assustou porque eu era uma menina que tinha medo de tudo e naquela época sabia que acordar entre 3:00 e 4:00 não é coisa boa e vocês também sabem hoje, resolvi subir para o quarto, no meio das escadas eu ouvi um barulho na maçaneta da porta de casa, olhei para trás e eu vi.. a maçaneta girou mas não abriu por estar trancada, terminei de subir as escadas correndo, fui para o quarto de meus pais e os acordei gritando muito desesperada.

- Mãe, pai, mãe, pai! Tem alguém na porta querendo entrar.- disse eu balançando eles para eles acordarem.
- Oque esta acontecendo filha?! - disse meu pai apavorado.
- Eu vi pai, tem alguém tentando entrar, levanta, vamos correr pai!
- Filha acalme-se não tem ninguém lá em baixo seu pai vai ver, calma..- disse minha mãe me abraçando e passando a mão em meu cabelo.

  Logo em seguida meu pai levantou foi ver se havia alguém enquanto eu estava com minha mãe na cama dela com muito medo naquela hora.. ele voltou para o quarto em seguida e disse:

- Viu só filha? Eu disse que não era ninguém, pai abriu a porta e não havia ninguém lá fora não tem com oque se preocupar.
- Mas pai.. eu vi que alguém tentou abr..
- Calma filha, você só deve estar com medo de alguma coisa que deve ter visto.. deita aqui comigo e sua mãe.

  Voltei a dormir e no meio da noite comecei a pensar na minha avó.. eu não parava de pensar nela, a porta do quarto se abriu e... a minha avó estava de pé na porta dizendo "Ela me trouxe aqui. Olhe oque ela fez, olhe oque ela fez!" . Eu estsva desesperada, gritei, meu pai acendeu a luz e viu que minha vó estava com uma faca em suas costas e sangrando muito.. minha mãe me tirou dali me levou para meu quarto e ficou lá comigo. Depois daquele dia eu não parava de pensar naquilo, eu estava ficando louca pelo oque havia acontecido e já estava se passando muito tempo, meses.. e eu não conseguia esquecer aquilo de modo algum.

O Sanatório de Waverly HillsOnde histórias criam vida. Descubra agora