Ele não responde... Ops!

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Dormiu. Algumas horas depois acordou, e logo em seguida pegou seu celular para ver se havia recebido alguma mensagem. Sim! Ela feliz, respondeu. De 5 em 5 minutos olhava para o visor para ver se um sorriso aparecia em seu rosto. Ela não se importava da demora. Ter acordado e visto a mensagem, já era o suficiente para um dia inteiro de felicidade. Ele fazia ela esquecer todos os seus problemas. Quando conversavam a única coisa que ela pensava era na próxima mensagem e na próxima e na próxima, ela não queria que acabasse nunca. Ele sabia de todos os seus problemas e ela dos dele. Isso era ótimo, ela confiava nele. Ela nunca havia contado sobre essas coisas para ninguém, mas para ele, ela comentou e ele jurou segredo. Isso a deixou muito feliz.

Muitas horas já haviam se passado. Ela decidiu olhar para o celular mais uma vez, e lá estava o tal do visualizado. Ela sempre ingênua, pensou que ele havia aberto a mensagem, mas não prestou atenção. Ela esperou e nada. Olhou mais uma vez e o visto por último havia mudado. Mais uma vez, nada.

Ela estava feliz. Ia sair com seus amigos. Decidiu esquecer e esperar. Ele sempre respondia. Porque de repente ele não responderia? Conversamos todos os dias, a madrugada inteira, até a hora que um tenha que ir dormir. Exatamente, conversamos todos os dias. Será que ele estava cansado de mim? Eu enchi o saco dele? Falei alguma coisa errado? O que eu fiz? Essa eram as perguntas que latejavam em sua cabeça, ela não pensava nelas. Mas seu coração sim. Enquanto curtia o passeio com os amigos, indiretamente é involuntariamente seu coração a fazia pensar.

Chegou em casa. Abriu rapidamente o celular e mais uma vez, nada. Ela entrou em desespero. Decidiu não chamar ele, vai que ele estava se sentindo preso e ele não queria nada. Ela decidiu ficar na dela. Continuou esperando. Nesse tempo que sua cabeça metralhava mil e uma coisas sobre possíveis coisas que ela poderia ter feito para ele não responder, teve mais mil e uma coisas acontecendo em sua vida. Briga que a culparam, mesmo ela não tido feito nada. Briga dentro de casa. Brigas dentro de casa são a pior coisa que se pode acontecer. A raiva dessa briga se juntou com os pensamentos e ela não conseguia mais pensar, não sabia o que fazer. Sua vida não havia acabado por que um menino não havia respondido, mas isso ajudou ela a pensar que sim. Os pensamentos eram o gatilho e a briga... a briga puxou.

Ficou deitada em sua cama por horas, por um minuto até esqueceu de tudo por conta da música, mas não parava de sair lagrimas de seus olhos que não aguentavam mais. Ela tinha que falar com alguém. Mandava indiretas nas redes sociais. O tal menino via e não comentava. Nem chamava. Nem respondia.

Decidiu ligar para um amigo, conversar, pensar em outras coisas. Mandou mensagem avisando que ela estava ligando e em poucos minutos ele respondeu "estou jantando com minha família, me liga mais tarde". "...com minha família...". Tudo havia voltado, os pensamentos, tudo! Lembrou que estava em um grupo com o tal menino, e como ia sair no dia seguinte com uma amiga, decidiu chamar todos. " Querem sair comigo e com a Ju amanhã". Não havia passado 10 minutos e o celular vibrou. " Com a Ju? Acho que vou! Estou com saudades".

Seu mundo desmoronou. Seu rosto vermelho. Seus olhos não viam mais nada, estavam embaçados de lagrimas. A única coisa que a comandava agora eram seus pensamentos e ele os guiou até o objeto cortante mais próximo perto dela. Sem ver nada, ela passou em seu pulso. Ela chorava cada vez mais, mas seus olhos já estavam voltando ao normal. Olhou para o lado e se assustou com o reflexo que viu no espelho " O que eu fiz? " Ela sussurrava querendo gritar, mas não podia. Tinha gente na casa, e eles não podiam ouvir. Eles não sabiam de nada. E ela queria poupar isso deles, mesmo depois de tudo. Ela estava desesperada, abaixou a cabeça e correu para o banheiro. Lavou o rosto e olhou para seus pulsos, que por sorte não haviam sangrados, mas um pouco mais fundo, seria um estrago, estavam apenas marcados e vermelhos. Se acalmou dentro do banheiro. Seu braço ardia, será que ela havia voltado a ser como era antes? Ela já não praticava isso a um bom tempo. Bom...só o tempo vai dizer. Voltou para o quarto e a tela de seu celular estava ligada. Ele havia respondido. Mas era tarde. Ela já havia feito algo para se aliviar.

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